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Emprego entre jovens cresce em Campinas

CAGED mostra superioridade no saldo de emprego na faixa etária de 18 a 24 anos

Por: Vinícius Zaia Ferreira

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apresentado em março, mostra que o saldo de emprego em Campinas é maior entre os trabalhadores de 18 a 24 anos. O levantamento aponta que a diferença entre os admitidos e os desligados nesta faixa etária chega a 1.809 pessoas. Dados da assessoria de imprensa da Secretaria Municipal do Trabalho e Renda também apontam a preferência por trabalhadores com ensino médio completo, com 1.379 pessoas empregadas, seguida dos quem possuem ensino superior completo com 356 contratações.

Gráfico com dados do CAGED mostram a diferença entre o saldo de emprego por faixa etária

Para a economista e professora da PUC-Campinas Eliane Navarro Rosandiski, há dois movimentos na economia que explicam o porquê de os jovens estarem sendo contratados. Segundo ela, o jovem é mão de obra mais barata. “Ainda que ele seja formado e esteja no início de carreira, o padrão de contratação é mais baixo do que de uma pessoa com mais experiência, afirma.

Eliane Navarro é professora extensionista no Observatório PUC-Campinas, na área de trabalho e renda (Foto: Vinícius Zaia Ferreira)

A economista afirma que no cenário de ajuste de 2020 (causado pela pandemia), houve uma redução de empregados, em uma faixa etária mais elevada. “Isso abriu a possibilidade de que a retomada ocorra com o padrão de custos relacionados à contratação de mão de obra mais baixa”, disse. Na avaliação da economista, foram dispensadas pessoas com um salário mais alto e chegando a outras com um salário mais baixo, refletindo uma necessidade de as empresas ainda estarem com incertezas e dificuldades financeiras, tendo que rebaixar os custos.

“Um fator que traz mais incerteza para a economia, é a guerra entre Rússia e Ucrânia. O aumento na inflação causado pelo conflito, somado com a diminuição do poder compra da sociedade pode ser muito prejudicial ao trabalhador jovem, que já está sendo menos remunerado”, explicou a economista.

Amália trabalhou em uma clínica veterinária por oito meses antes de ser desligada (Foto: Arquivo Pessoal)

Amália Pafaro (24), estudante de medicina veterinária, trabalhava como auxiliar em uma clínica veterinária. Com a volta das aulas presenciais, ela teve que pedir o desligamento porque não teria como trabalhar em uma cidade e se deslocar até a faculdade  todos os dias.

Por outro lado, Isabella Fernandes (23) foi contratada pelo Itaú Unibanco S.A. para trabalhar na área de riscos e controles internos da empresa. Cursando economia na Universidade do Estado de São Paulo (UNESP), ela conseguiu a vaga através de um processo seletivo.

Depois de seis meses de procura por emprego, Isabella conseguiu ser contratada para trabalhar de forma remota no Itaú (Foto: Vinícius Zaia Ferreira)

“Eu fiz uma entrevista de emprego no Itaú e não fui selecionava para uma vaga na área corporativa de análise de microcrédito que eu almejava. Havia uma exigência por conhecimento técnico e uma linguagem de programação que eu não tinha. Porém, meu currículo agradou o entrevistador e surgiu uma oportunidade de trabalho em outra função”, disse ela.

Comparando o início deste ano com o começo de 2021, o saldo de emprego do ano passado foi maior. Enquanto janeiro e fevereiro de 2022 tiveram um saldo positivo de emprego de 3.549 vagas, 2021 teve quase o dobro com 6.161 contratações. Em 2020, houve o aumento no número de desempregados, por conta da pandemia, enquanto em 2021 houve a retomada tímida do emprego que se adaptava ao e-commerce e trabalho em casa. Portanto, de acordo com o que a professora Eliane disse, pode-se concluir que 2022 representa um crescimento, já que as regras sanitárias foram minimizadas.

Orientação: Profa. Rose Bars

Edição: Marina Fávaro


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