Educação
Ensino público de Holambra tem hoje 33 crianças com TEA; estudantes precisam de atenção especial
Por: Gleysiane Clemente e Gabriela Magalhães
Um dos grandes desafios da educação brasileira é incluir as crianças com espectro autista nas salas de aula. Em Holambra, há 33 alunos diagnosticados com autismo matriculados nas escolas municipais. Todos são acompanhados desde o ensino maternal. Para a orientadora educacional do município, Lucila Belonci, isso possibilita o conhecimento das necessidades de cada um por parte dos profissionais que estão em contato com a criança diariamente.
Lucila conta que as escolas municipais possuem uma sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE), que fornece recursos para auxiliar os profissionais e crianças. “Assim como uma criança não é igual a outra, um autista não é igual ao outro, então nós chamamos de sala de recursos, porque é onde trabalhamos as necessidades e características de cada aluno”, diz a orientadora.
A professora de Educação Especial da Escola Municipal Professora Maria José Moreira Van Han, Adriana Tavares, diz que é preciso sempre respeitar o processo de aprendizagem do aluno e cada escola elabora um Plano de Ensino Individualizado e realiza ações específicas, como jogos e atividades, baseadas nas metas lançadas.
Durante o atendimento na AEE, que ocorre no contraturno da aula, a criança não precisa ser acompanhada por uma cuidadora, mas segundo a professora, em alguns casos, a família precisa estar presente até a formação do vínculo. Para ela, esse é o principal desafio. “Primeiro é a formação do vínculo, depois avaliar os conhecimentos já adquiridos, para assim elaborar um Plano de Ensino Individual”, explica. “Cada aluno aprende de uma maneira, acredito que o maior desafio é encontrar esse caminho para acessar o aluno”, conclui Adriana.
A funcionária pública Carla Batista tem um filho autista de 11 anos, que atualmente está matriculado no 6° ano e faz acompanhamento semanalmente por uma psicóloga do Centro de Referência do Autismo de Jaguariúna (CAJ). Ela não teve dificuldade em matricular o menino na escola, mas relata que teve diversos problemas envolvendo a equipe escolar. Segundo Carla, a adaptação do filho foi difícil, devido à sensibilidade que ele tem ao barulho.
A falta de informação e capacitação dos profissionais é, segundo Adriana Tavares, outro ponto que atrapalha o desenvolvimento do estudante com TEA. Ela afirma que a equipe diretiva da escola em que trabalha tem muito cuidado e atenção com esses alunos, mas acredita que todos os profissionais deveriam ser capacitados.
Orientação e edição: Prof. Artur Araujo
Veja mais matéria sobre Educação
Associação atende famílias em vulnerabilidade em Campinas
Cerca de 500 crianças são atendidas e auxiliadas
Sesi Campinas é referência no ensino de jovens na cidade
Campinas conta com duas unidades da instituição no município
Feira do livro chama atenção de crianças e adultos
Em Campinas, projeto gratuito tem acervo que vai de Harry Potter a clássicos mais antigos
Pedagogias Alternativas geram polêmicas na educação
Homeschooling, Kumon e Pedagogia Waldorf são alguns dos métodos que fogem do convencional
Educação como chave para conscientização climática
Para Estefano Gobbi, ações individuais são mais eficientes que medidas públicas
Pouco conhecida, emissora transmite até futebol entre escolas
Corujinha azul é mascote do canal que pretende se diferenciar das demais TVs educativas