Destaque
Primeiro filme da trilogia baseada nos livros de Tolkien venceu quatro óscares da Academia
Por Lucca Panzarini e Vinícius Zaia Ferreira
Em 19 de dezembro de 2001, “Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel” chegava aos cinemas americanos. O diretor Peter Jackson contou com um orçamento de $90 milhões para fazer a adaptação do homônimo primeiro livro da trilogia de J.R.R Tolkien. O filme arrecadou mais de $887 milhões na bilheteria mundial, sendo a segunda maior receita do ano e a 62º de todos os tempos. Além do excelente rendimento financeiro, “A Sociedade do Anel” também foi reconhecida pela crítica ao receber indicações em diversas premiações, sendo 13 nomeações ao Oscar. Venceu o Bafta de melhor filme e quatro Óscares de melhor maquiagem, trilha sonora, efeitos visuais e fotografia.
O enredo narra a história do hobbit Frodo Bolseiro (Elijah Wood), que vive em um pequeno vilarejo, o Condado. Ele herda o Um Anel que estava em posse do seu tio, Bilbo. O anel é procurado por Sauron, O Senhor da Escuridão. Frodo é encarregado de destruir o Um Anel na Montanha da Perdição, mesmo lugar onde foi forjado. Em sua jornada, ele conta com a ajuda da Sociedade do Anel, grupo formado por representantes dos povos da Terra-Média. A companhia é formada pelos hobbits Frodo, Sam, Merry e Pippin, o anão Gimli, o elfo Legolas, o mago Gandalf e os humanos Boromir e Aragorn.
O filme teve duas sequências lançadas nos anos seguintes, e mais tarde foi feita mais uma trilogia, desta vez prequelas baseadas em “O Hobbit”. Atualmente, a Amazon está produzindo uma serie ambientada no universo de “O Senhor dos Anéis”, que está com o lançamento previsto para 2 de setembro de 2022 no Prime Video.
Victor Kraide, professor e diretor do curso de design digital na PUC-Campinas, avalia que a adaptação da obra literária foi muito boa, sendo uma das melhores já feita na história do cinema. Para ele, a maior dificuldade das adaptações cinematográficas em geral, são retratar o que se passa na cabeça dos personagens, as ideias, os dramas e as angústias que são descritas nos livros. Ele destaca a maneira como foram representados os momentos em que Frodo está com o anel, onde os outros personagens não conseguem vê-lo e é colocado um cenário fantasmagórico, como se fosse uma realidade paralela.
Heitor Calvi Nallin (24) é estudante de veterinária na UniFAJ (Centro Universitário de Jaguariúna). Ele conheceu O Senhor do Anéis aos cinco anos de idade vendo cartazes em uma locadora de fitas VHS. Heitor explica que cada filme da trilogia era dividido em duas fitas por causa da longa duração, mas que quando era criança, achava que essa divisão se dava porque a história era tão legal que não cabia em só uma fita. Apesar de seus amigos e familiares mais velhos falarem dos filmes, ele não pôde ver porque não teve permissão da mãe.
O que mais encanta Heitor é maneira como a magia da história é descrita de forma fantástica e ao mesmo tempo sutil e realista. Ele exemplifica isso com uma frase do mago Gandalf: “Saruman acredita que apenas um grande poder pode manter o mal sobre controle, mas não é o que descobri. Descobri que são as pequenas coisas, as tarefas diárias de pessoas comuns que mantém o mal afastado, simples ações de bondade e amor”, disse. O estudante explica que “O Senhor dos Anéis” construiu e o constrói até hoje como pessoa. “Cada vez que revejo, entendo algo diferente que traça um paralelo com minha vida. Parece, de fato, mágico”. Heitor complementa dizendo como o autor é um exemplo para ele “J.R.R. Tolkien, é mesmo um grande mestre pra mim, sempre orientando desde minha conduta profissional até meus posicionamentos políticos. Tenho certeza de que ele está em Valfenda, comendo um bom pão lembas e tomando uma boa cerveja com Bilbo”.
Orientação: Prof. Gilberto Roldão
Edição: Gabriela Tiburcio
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