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Vestuário confortável é a nova tendência entre consumidores

Estilo comfy ganha cada vez mais reconhecimento e adaptação para o cotidiano.

Por: Ariane de Lacerda

Com a adesão das atividades no modo home office, em função da pandeia, o conceito de moda mudou e trouxe um estilo de vestimenta mais confortável para usar em casa. 

Segundo o relatório publicado pelo site Pinterest Predicts, em 2021 houve um aumento de três vezes na busca por roupas Oversized (roupas mais largas, soltas e confortáveis) na plataforma Pinterest, 185% por roupas macias, 155% por cardigãs e 55% por meias.

De acordo com o site Google Trends, de 2020 até 2021, os roupões e pijamas estiveram entre os 10 itens mais buscados no Brasil, batendo um aumento de procura de mais de 500% em pijamas, e de 800% em pantufas e chinelos.

“Houve uma mudança no perfil de compra de vestuário, nossos clientes começaram a comprar roupas muito mais confortáveis, como moletons e conjuntos mais soltos, e acabamos recebendo uma diminuição na venda de peças mais arrumadas”, relata Paula Marques, dona da loja de roupas “Maria Zapa” de Campinas.

Larissa Bonin – “Procuramos trazer peças de tamanho único como vestidos, macacões saruel e botas” explica a dona da loja (Foto: Arquivo pessoal)

Outra loja que recebeu esse mesmo impacto foi a “Dona Madame” da empreendedora Larissa Bonin. “A partir do momento que a pandemia começou, houve uma procura de peças e números maiores”, explica. “Antes a gente só procurava trazer tamanhos P, M, G, GG e plus size, agora nós pesquisamos mais peças de tamanho único que vestem de 38 ao 48.

Nesse tempo, quem teve que inovar as novas tendências de moda foram os próprios brasileiros, principalmente com a pandemia, em que muitos tiveram que romper com os estilos de vestuário para se adaptar a outros.

O morador de Campinas Felipe do Santos diz que acabou mudando alguns conceitos de estilo no seu cotidiano por conta do home office. “Utilizava bastante calça jeans, mas apertava muito as pernas, então troquei para roupas mais largas que me trouxeram muito mais conforto e mobilidade para poder andar ou ficar em casa mesmo”.

Thereza Daian fala sobre a mudança de vestuário das pessoas durante o home office (Foto: Arquivo pessoal)

A consultora de moda Thereza Daian fala que o aumento de uso de vestuário confortável se deu pelo consumo reprimido. “As pessoas ficaram presas em casa e estavam com ansiedade para comprar, não podiam sair para se divertir, mas queriam se arrumar pra se sentir bem, então focaram nas roupas confortáveis com estilo e glamour para assistir lives e eventos online”.

Thereza explica que as pessoas que já eram acostumadas com estilos mais formais, demoraram para se encaixar ao confortável. “Quem estava adepto com o estilo uniformizado, teve um pouco mais de resistência, mas as pessoas conseguiram ressignificar seus conceitos, e agora elas não usam os moletons só para esportes ou pijamas, mas sim como um ritmo de eventos importantes”.

Nessa quarentena só comprei uma calça jeans, o resto foi tudo roupa confortável” relata kellen Aniceto (Foto: Arquivo Pessoal)

Já a jovem Kellen Aniceto de 19 anos conseguiu inovar a roupa confortável para fora de casa. “Antes usava muita calça jeans e roupas coladas, e agora sempre procuro ser mais confortável, não que eu tenha excluído esses modelos do meu guarda-roupa, porém por ter passado a maior parte do tempo em casa na quarentena, aprendi a gostar cada vez mais dos pijamas, blusão e pantufas, explica. “A minha primeira escolha de roupa para sair era sempre as mais apertadas, agora pego uma legging e um blusão para usar e fica super estiloso”.

A personal Stylist Ana Munoz confirma, que o modelo Comfy além ser um estilo adotado em casa, também está no ambiente corporativo. “Muito das empresas deixaram o salto de lado, as mulheres aderiram aos tênis para poder trabalhar, pois o ambiente ficou mais flexível. E ainda fala sobre a grande demanda das pessoas que a procuraram para aprender como se vestir com os modelos confortáveis, “As pessoas estão me chamando muito para poder saber como usar as roupas que elas já têm em casa, que compraram ao longo da pandemia, para descobrir como usar e fazer compras assertivas nesse modelo”.

Orientação: Profª Amanda Artiolli

Edição; Bruno Leoni


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