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Condição da saúde mental é grave, afirmam psicólogas

Profissionais apontam dados ainda mais preocupantes que os mostrados em pesquisas                                                                                                                                                                           

Por Felipe Eduardo Costa

Conforme andemia. O Brasil é o quinto dessa pesquisa, ficando atrás apenas a Itália (54%), Hungria (56%), Chile (56%) e Turquia (61%). Também um estudo feito pela Fiocruz mostrou que a ansiedade e o nervosismo afetam 50% dos adultos no Brasil.

Para a psicóloga Fernanda Ferracini o medo tem feito pacientes desenvolverem quadros patológicos (Foto: Arquivo pessoal)

Camila afirma que antes do começo da pandemia pacientes em crise de ansiedade representavam cerca de 50% da sua clientela e agora, 80%. A situação não é diferente com Fernanda Ferracini que é psicóloga em consultório particular de Jundiaí e clínica escolar na rede municipal de Campo Limpo Paulista. Ela relatou que nesse mesmo período recebeu um aumento na procura de 60% em relação ao período pré-pandemia de casos também relacionados com a ansiedade e seus pacientes jovens relatam falta de concentração.

Fernanda Oliveira se mostrou preocupada com exposição dos jovens e crianças por horas às telas de aparelhos (Foto: Arquivo pessoal)

Segundo Fernanda Oliveira, a ansiedade representa atualmente 49% dos casos atendidos por ela. Além disso, a psicóloga que atua no Núcleo de Apoio à Aprendizagem da Prefeitura de Jundiaí destacou que o sono, a má alimentação e a falta de concentração são outros transtornos frequentes.

Outras causas apontadas por Fernanda Ferracini são o medo da morte, de perda de entes queridos, do emprego e do contágio. “O medo nunca é positivo, embora seja necessário, porém em certo ponto passa a ser patológico” afirma.

A psicóloga Camila diz que a organização do tempo é essencial para evitarmos crises de ansiedade nesse momento (Foto: Arquivo pessoal)

Dentro de casa também há a confusão do ambiente familiar com de trabalho, o que segundo a Camila contribui para a perda de concentração, perda de produtividade e consequente ansiedade. Essa visão também é partilhada por Fernanda Oliveira. “Nós não temos mais uma rotina regrada com horários e nós podemos acordar e ir trabalhar ou para a aula e fazermos tudo no mesmo cômodo muitas vezes atrapalhando o sono. A razão desse transtorno está no fato que o cérebro interpretava o quarto, por exemplo, como local de descanso”, alerta.

Outra fonte de preocupação para as psicólogas é falta de socialização e interação que os jovens estão tendo nesse contexto de isolamento, pois é na adolescência que se dá a formação de grupos e identidades. Diante desse cenário esses adolescentes muitas vezes perdem o contato com o seu círculo de amizades ou se focam em relações virtuais o que pode trazer um prejuízo no futuro na capacidade de construir seus relacionamentos.

 

Orientação: Prof. Gilberto Roldão

Edição: Luiz Oliveira


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