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“É importante retomar o auxílio”, afirma Pacheco

Presidente do Senado afirma que auxílio emergencial e políticas públicas são prioridades no Congresso

Rodrigo Pacheco, no Roda Viva: “Fiocruz e Butantan vão salvar os brasileiros através da imunização” (Imagem: YouTube)

 

 

Por Camila de Paula

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira, 01, o presidente do Senado Federal do Brasil e do Congresso Nacional do Brasil, Rodrigo Pacheco, afirmou que a retomada do auxílio emergencial está sendo trabalhada de maneira prioritária pelo Senado. Pacheco disse que planejam retornar com o auxílio nos meses de março, abril, maio e junho, com o valor ainda a ser definido, mas adverte que a possível quantia seja de R$ 250,00. “Como a pandemia ainda não acabou é importante retomar o auxílio”.

Para o presidente, que foi eleito como Senador da República por Minas Gerais pelo do partido Democratas, sua obrigação não é ser base do governo nem da oposição, e que foi eleito com o apoio da sociedade mineira e dos prefeitos municipais, sem o apoio do presidente Jair Bolsonaro ou da esquerda. “Não permito nenhum teste de coragem sobre minha presidência, e sim teste de responsabilidade”, disse Pacheco. O presidente afirma que sua obrigação é com a independência do Senado Federal e com as garantias de prerrogativas dos senadores. 

Evitando citar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro, Pacheco diz que não concorda com o negacionismo do presidente da república perante a situação da pandemia, e que é a favor do uso de máscaras, higienização das mãos e das políticas contra aglomerações, e que também é obediente à ciência e à medicina. 

Segundo o presidente, o senado em conjunto com o Ministério da Saúde procura soluções para vacinar todos os brasileiros em 2021. Pacheco defende que os poderes devem deixar o passionalismo de lado para começar a trabalhar com as políticas públicas de vacinação. “Eu tenho que ser colaborativo para que o Governo Federal consiga implementar o plano de vacinação no Brasil”, diz o presidente.

Ainda sobre a questão das vacinações, Pacheco admite que houve um retardamento na solução da vacina e que o erro do Governo Federal foi não ter sido ágil em iniciar os projetos de vacinação. Mas, o presidente afirma que o problema está sendo resolvido e que confia nas falas do ministro da saúde, Eduardo Pazuello, que garante a vacinação de 25 milhões de doses no mês de março e 45 milhões de doses no mês de abril, apenas pelos institutos Fiocruz e Butantan. Pacheco ressalta que os problemas de atraso em iniciar as vacinações não são um caso único do Brasil, e que outros países tiveram o mesmo problema.

“Fiocruz e Butantan vão salvar os brasileiros através da imunização”, afirma o presidente. Pacheco, que é formado em advocacia e já foi conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), garante que esses dois institutos possuem escala de vacinação para suprir as necessidades do povo brasileiro, o que não aconteceria se esperassem as empresas privadas e suas aquisições. O presidente disse que busca acalmar os ânimos e o consenso entre os governadores e o presidente Jair Bolsonaro, para que seja possível resolver os problemas de imunização e criar um ambiente que seja propício para vacinar toda a população.

Ao ser questionado sobre as tensões políticas do presidente Bolsonaro com o sistema de votações, que depois das últimas eleições presidenciais dos Estados únicos passou a defender a retomado do voto impresso, Pacheco garante que no Brasil temos uma democracia forte, sólida, com instituições que funcionam, e que possui respeito pelo estado democrático de direito, pela liberdade de imprensa e o livre pensamento.

O presidente do Senado disse que não vê riscos no sistema eleitoral com possíveis fraudes e que tem total confiança no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas, permite o debate entre pontos de vista para eliminar quaisquer dúvidas, e que concede ao presidente Jair Bolsonaro defender seu ponto de vista em relação ao voto impresso, apesar de não haver dados concretos que confirmem possíveis fraudes cometidas pelo TSE que são apontadas por Bolsonaro.

 

Orientação: Amanda Artioli

Edição: Patrícia Neves


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