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Dados do INPE mostram que houve um salto de 34% na destruição da floresta
Por: Bárbara Marques
Para a professora e socióloga ambiental Leila da Costa Ferreira, a sociologia tem um papel fundamental para compreender as mudanças climáticas. Segundo ela, o Brasil apresenta um retrocesso nessa discussão desde 2017, especialmente em relação ao desmatamento na Amazônia.
O programa Prosa Sociológica, promovido pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, aconteceu nesta quinta-feira (13) no canal IFCH no Youtube e contou com a participação dos professores Sávio Cavalcante e Mariana Chaguri. O tema da discussão foi “Sociologia Ambiental e Mudanças Climáticas: Desafios do Presente e do Futuro”
Os dados do INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, apontam que de agosto de 2019 a julho de 2020 houve um salto de 34% na destruição florestal em relação ao período anterior.
Entretanto, em uma reunião com líderes da América Latina realizada na última terça feira (11) para discutir a preservação do meio ambiente, o presidente Jair Bolsonaro disse que “essa história de que a Amazônia arde em fogo é uma mentira.”
Segundo a professora, os dados do INPE são absolutamente confiáveis. “O que nós estamos fazendo com a maior floresta tropical do mundo é inacreditável. A floresta em pé tem muito mais valor econômico do que a floresta queimada e devastada”.
Para a professora Leila Ferreira; “nós, cientistas sociais, temos muito o que dizer nas perspectivas das mudanças climáticas. Não só em termos de mitigação, adaptação e resolução de problemas, mas principalmente para o entendimento da complexidade dessas mudanças”.
Ela ainda destaca que, para tratar a questão ambiental, é preciso ter uma perspectiva de análise multinível. O governo e os agentes governamentais devem atuar em conjunto com os movimentos sociais e locais. “É importante que eu entenda o acordo de Paris, que eu saiba que está acontecendo na China, na África, mas também é extremamente importante que eu saiba o que está acontecendo num nível local”, disse.
Para que isso aconteça, o incentivo à pesquisa é essencial. No Brasil, em meio aos cortes de bolsas, destaca-se o Programa de Mudanças Globais da FAPESP, do qual a professora Leila Ferreira faz parte. “Não existe boa ciência sem bons financiamentos. A ciência tem que estar na frente dos processos fundamentais e políticos”, concluiu.
Orientação: Profa. Rose Bars
Edição: Yasmim Temer
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