Destaque

Feira do Convivência retoma atividades no sábado

O artista plástico Alexandre Melo aproveitou a quarentena para preparar 16 novos quadros                                                                      

 

O artista plástico Alexandre Melo finaliza obras em casa: “As vendas foram bem impactadas” (Foto: selfie fornecida por ele)

Gabrielle Corrêa

Os expositores da feira de artes e artesanato do Centro de Convivência Cultural de Campinas se preparam para retornar as atividades no próximo sábado, 20 de junho. Depois de mais de dois meses sem poder vender seus produtos no tradicional espaço da popularmente conhecida “feira hippie” devido à quarentena, muitos enfrentam dificuldades financeiras, mas aproveitaram o tempo para produzir um estoque que agora colocarão em suas barraquinhas.

“As vendas foram bem impactadas nesse período sem feira, estou procurando produzir muito. Realmente está tudo parado, não tô vendendo nada”, afirma Alexandre Melo, artista plástico que vende seus quadros há exatos 20 anos no local. Além de artista, Melo leciona artes plásticas na rede estadual de ensino. Mesmo assim, afirma que a diminuição das vendas dos quadros teve grande impacto na sua renda mensal.

“Estou tentando agora vender pelos meios online, em redes sociais e plataformas. Mas existe também o nosso lado de familiarização com isso. Tem toda a parte de logística que, para a gente, é nova. Tem uma série de fatores que vem junto quando você se propõe a entrar em uma plataforma. Mas não é problema, é normal, a gente tem que procurar se adaptar, acho que é a tendência”, explica o artista.

O expositor Alexandre Melo veio se preparando, pelo menos em relação aos quadros, durante os dois meses em que esteve em casa. Além de ministrar aulas online, ele produziu 16 novos quadros, pintados com tinta oléo sobre tela, que serão comercializados na feira.

Outros que vieram tendo dificuldades com as vendas online foi o casal José Alberto Dini e Martha Reis Dini, que produzem peças em resina de poliéster e comercializam seus trabalhos há 25 anos na feira. Apesar de alguns clientes os procurarem por mensagens, o volume de negócios realizados não é o suficiente para se manterem.

Nesses dois meses, os preparativos foram intensos na medida em que possuíam matéria prima, foram capazes de produzir o que tinham dificuldade em situações normais. Mas Alberto Dini prevê um retorno lento. “Eu acho que vai ser um recomeço, as pessoas se afastaram. Faz dois meses que estamos afastados do nosso cotidiano, muitos expositores vão estar com medo, porque fazem parte do grupo de risco”.

Devido à dificuldade financeira que muitos artesãos e suas famílias estão passando, Carlos Percy, expositor na feira há 32 anos, coletou doações para a distribuição de cestas básicas entre os expositores mais afetados.

“A feira é o sustento de mais de 350 famílias, gera rendas pra cidade. Nós somos o único ponto turístico de sábado e domingo em Campinas. Os turistas geralmente vêm de ônibus de Minas Gerais ou do Rio de Janeiro, passam pelas barracas e movimentamos a cidade”, pondera Percy ao acentuar a importância do trabalho dos artesãos.

Vendedor de joias em prata produzidas artesanalmente por ele, Percy aproveitou o período de isolamento social para produzir novas peças. Distante da feira, fez parte da linha de frente de diálogo com a Prefeitura para combinar a data de retorno das atividades.

A Feira de Artes do Centro de Convivência acontece aos sábados e domingos, das 9h às 14h. Está sem funcionar desde março, devido ao isolamento social imposto como recomendação ao combate ao novo coronavírus na cidade. No retorno, deverá adotar medidas de segurança, como maior distância entre as barracas, e uso de máscaras e álcool em gel.

 

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Laryssa Holanda


Veja mais matéria sobre Destaque

Provão Paulista incentiva estudantes da rede pública


Desde 2023, a prova seriada se tornou porta de entrada para as melhores universidades do Estado de São Paulo


Sistema de Educação ainda requer ajustes para incluir alunos PcD na educação física


Apesar dos avanços na educação, alguns profissionais ainda se sentem despreparados para lidar com esse público nas aulas


Revolução na luta contra Alzheimer: Unicamp lidera avanços com IA na inovação farmacêutica


Pesquisas inovadoras unem tecnologia e biociência na busca de tratamentos eficazes para doença neurodegenerativa


Projeto social promove atividades pedagógicas em escolas de Campinas


São pelo menos 280 jovens mobilizados nos encontros e quatro escolas que abraçam as atividades propostas


Valinhos é eleita a cidade mais segura do Brasil em 2024


Uso de tecnologia e aumento de 30% no efetivo da Guarda Civil Municipal aumentam a segurança e a qualidade de vida na cidade


Novembro Azul destaca o papel da hereditariedade no avanço do câncer de próstata


Especialista explica como o fator genético pode acelerar o câncer masculino



Pesquise no digitais

Siga – nos

Leia nossas últimas notícias em qualquer uma dessas redes sociais!

Campinas e Região


Facebook

Expediente

Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes / Daniel Ribeiro dos Santos / Gabriela Fernandes Cardoso Lamas / Gabriela Moda Battaglini / Giovana Sottero / Isabela Ribeiro de Meletti / Marina de Andrade Favaro / Melyssa Kell Sousa Barbosa / Murilo Araujo Sacardi / Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.