Destaque

Escravidão ainda persiste, avalia historiador

Nos 131 anos da Lei Áurea, Artur Vitorino diz que Brasil não superou questões étnicas e de classe social                                                                                                                                       

Por: Bianca Mariano

Vitorino: o racismo está enraizado na cultura brasileira (Foto: Mariana Laurindo)

Ao avaliar os efeitos da promulgação da Lei Áurea, que comemora 131 anos neste dia 13 de maio, o historiador Artur Vitorino diz que o Brasil ainda não resolveu sua dívida com a escravidão, seja por etnia ou por classe social. “Os dados mostram que 1% da população concentra 50% da renda nacional”, disse em entrevista ao Digitais. Embora reconheça a importância da lei que extinguiu a escravidão no país, ele afirma que o preconceito racial “continua e é forte na sociedade brasileira”.

Autor do livro “Escravidão e Modernização do Século XX”, Vitorino disse que o projeto de libertação dos escravos não foi bem elaborado e que, até os dias de hoje, os erros cometidos no passado persistem na sociedade brasileira. “A lei foi igualmente muito importante, mas os efeitos da escravidão, como um todo, ainda não conseguimos resolver”, ressaltou.

Uma das heranças daquele período –segundo afirmou– é a persistência do preconceito racial. Para tentar mudar esse cenário seria preciso a sociedade se mobilizar. “No ápice da sociedade, há poucos negros. Isso se identifica até pelo salário, os negros recebem menos”, afirmou. Segundo Vitorino, a educação e o convívio são os principais mecanismos para combater o racismo, devendo o Brasil investir em ensino para que as novas gerações deixem de considerar normal descriminar pessoas pelo tom da pele. Para, ele o racismo está enraizado na cultura brasileira, e isso precisa ser combatido.

Aqui, acesso à entrevista completa :

 

Entrevistador: Rafael Martins
Produtora: Mariana Laurindo
Edição: Elton Mateus
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

 

 

 


Veja mais matéria sobre Destaque

Provão Paulista incentiva estudantes da rede pública


Desde 2023, a prova seriada se tornou porta de entrada para as melhores universidades do Estado de São Paulo


Sistema de Educação ainda requer ajustes para incluir alunos PcD na educação física


Apesar dos avanços na educação, alguns profissionais ainda se sentem despreparados para lidar com esse público nas aulas


Revolução na luta contra Alzheimer: Unicamp lidera avanços com IA na inovação farmacêutica


Pesquisas inovadoras unem tecnologia e biociência na busca de tratamentos eficazes para doença neurodegenerativa


Projeto social promove atividades pedagógicas em escolas de Campinas


São pelo menos 280 jovens mobilizados nos encontros e quatro escolas que abraçam as atividades propostas


Valinhos é eleita a cidade mais segura do Brasil em 2024


Uso de tecnologia e aumento de 30% no efetivo da Guarda Civil Municipal aumentam a segurança e a qualidade de vida na cidade


Novembro Azul destaca o papel da hereditariedade no avanço do câncer de próstata


Especialista explica como o fator genético pode acelerar o câncer masculino



Pesquise no digitais

Siga – nos

Leia nossas últimas notícias em qualquer uma dessas redes sociais!

Campinas e Região


Facebook

Expediente

Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes / Daniel Ribeiro dos Santos / Gabriela Fernandes Cardoso Lamas / Gabriela Moda Battaglini / Giovana Sottero / Isabela Ribeiro de Meletti / Marina de Andrade Favaro / Melyssa Kell Sousa Barbosa / Murilo Araujo Sacardi / Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.