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Projeto social promove atividades pedagógicas em escolas de Campinas

Por Gabriela Lamas

Projeto social oferecido pelo Centro Comunitário do Jardim Santa Lúcia em Campinas atende em média 280 alunos e já atua há quase um ano. A proposta é integrar os estudantes, colocar em prática os desejos, vontades e trabalhar com as frustrações de agora e do futuro, por meio de atividades pedagógicas imersas no mundo digital. 

O projeto chamado ‘Borá Lá’, tem parceria com a Fundação Feac e o CCJ Santa Lúcia. Ele é desenvolvido em três escolas estaduais e uma municipal, localizadas próximo ao centro comunitário do Jardim Santa Lúcia, localizado na região sudoeste da cidade. Através de atividades pedagógicas aplicadas aos jovens de 14 a 18 anos. Os encontros têm duração em média de uma aula, cerca de 50 minutos, e ocorrem duas vezes por semana.

As atividades buscam proporcionar a prática de desejos, vontades e frustrações dos jovens (Foto: Arquivo pessoal/Bora Lá – CCJ Santa Lúcia)

As escolas que participam do projeto são E.E. Escritora Rachel de Queiroz, E.E. Profa. Laís Bertoni Pereira, E.E. Padre José dos Santos e EMEF Padre Emílio Miotti. São pelo menos 280 jovens mobilizados nas atividades do projeto Borá Lá. Ainda existem 24 adolescentes que atuam junto aos educadores nas atividades, são conhecidos como “mobilizadores” que vão para escolas divulgar as atividades para os estudantes que são os “interlocutores”. 

Simone Rita Zanelato, coordenadora do projeto, explica sobre os encontros que promovem diálogos entre os jovens, com temas ligados à adolescência e às questões sociais. Diante de novas habilidades e avanços, são aplicados desafios aos estudantes, sempre com o uso da tecnologia como apoio. “A fim de desconstruir percepções equivocadas e singulares sobre essa fase, potencializamos o conhecimento e o uso das tecnologias digitais, seus dispositivos e da mesma forma aproveitamos das ferramentas de mídia para ampliação de debates, bem como para divulgação das produções”, explica Simone.

Waldyr Cagliari, educador social, explica sobre o primeiro objetivo das atividades propostas nos encontros, que é a criação de um espaço ‘acolhedor’ e ‘inclusivo’, onde os jovens possam se sentir à vontade para expressar, desenvolver vínculos, e um ambiente de criação coletiva. “Sem deixar de lado a instrumentalização, onde buscamos disponibilizar informações e instigar a curiosidade e o pensamento crítico, para que eles possam trilhar seus próprios caminhos de conhecimento e desenvolver novas metodologias de troca de saberes”, explica Waldyr. 

A tecnologia é o principal material de apoio para educar os jovens que fazem parte do projeto (Foto: Arquivo pessoal/Bora Lá – CCJ Santa Lúcia)

Felipe Gabriel Nunes Silva, de 15 anos, está desde agosto no projeto e atualmente é um dos “interlocutores”. O jovem conta que ajuda na criação de atividades, sendo muitas delas ligadas ao Estatuto da Criança e do Adolescente. “No começo eu só entrei porque me pediram, mas ao decorrer do tempo fui percebendo que é um projeto muito bacana mesmo. Aprendi muito com os educadores e mobilizadores não só sobre os temas do projeto, mas também sobre o dia a dia”, explica Felipe. 

Simone Zanelato quando questionada sobre o futuro do projeto, é bem resistente e acredita que possa durar por mais tempo diante da disposição dos alunos. “A minha expectativa é que esses jovens ressignifiquem as possibilidades de vivenciar a adolescência, tornando-se sujeitos empoderados dos seus direitos, capazes de promover e contribuir para a transformação social. Também espero que expandam as suas habilidades no uso das tecnologias da informação e comunicação, aplicando-as de forma significativa para aprimorar as atividades do quotidiano, bem como para uma inserção social consciente e mobilizadora”, explica Simone Zanelato.

Larissa Ansanelo, educadora social do Bora Lá, relata a importância de espaços que acolhem e compartilham experiências aos jovens, para que eles possam reconhecer seu espaço na sociedade e enquanto pessoa de direitos. “Como educadora social, acredito em um mundo mais justo e com pessoas críticas, que conheçam e lutem pelos seus direitos”, disse Larissa. 

Daniella Iles Lopes, tem 14 anos e está há quatro meses no projeto.

São pelo menos 280 pessoas que já passaram e estão envolvidas no projeto (Foto: Arquivo pessoal/Bora Lá – CCJ Santa Lúcia)

Ela ajuda no planejamento de jogos, atividades e vídeos com um tema específico e que são aplicados nos encontros dentro das escolas. “Acho as atividades muito boas e pensativas, eu sempre saio com algo novo na cabeça, coisas boas, e sempre aprendo algo bom e novo”, conta Daniella. 

CCJ Santa Lúcia

O Centro Comunitário do Jardim Santa Lúcia, completou 39 anos no mês de outubro de 2024. É uma organização da sociedade civil, na região sudoeste de Campinas. Eles atuam na defesa, promoção e atendimento direto de crianças, adolescentes, adultos, idosos e famílias em situação de vulnerabilidade. 

Orientação: Profa. Karla Ehrenberg

Edição: Mariana Dadamo


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Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes / Daniel Ribeiro dos Santos / Gabriela Fernandes Cardoso Lamas / Gabriela Moda Battaglini / Giovana Sottero / Isabela Ribeiro de Meletti / Marina de Andrade Favaro / Melyssa Kell Sousa Barbosa / Murilo Araujo Sacardi / Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.