Destaque
Com sistemas de criptografia e testes públicos de segurança, urnas garantem transparência, sigilo e proteção contra fraudes nas eleições
Por Anielly Ferreira, Amanda Poiati, Gabriela Moda, Júlia Domingues e Thaís Ramalho
As urnas eletrônicas são utilizadas no Brasil há 28 anos e têm capacidade tecnológica para garantir transparência e segurança nas eleições. As urnas garantem uma série de benefícios para o período eleitoral, como a proteção contra possíveis fraudes nos resultados das eleições e a rapidez no processo de contabilização dos votos. Através desse sistema de votação que a Justiça Eleitoral garante uma eleição segura e democrática.
Desenvolvidas com sistemas de segurança, como a utilização do hardware e criptografia de ponta a ponta, esses sistemas protegem os dados armazenados contra acessos não autorizados. Além disso, conta com assinaturas digitais próprias do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), auxiliando de maneira segura na totalização dos votos. Como elemento de segurança, as urnas não se conectam à internet e, assim, eliminam o risco de ataques cibernéticos durante a votação. Juntamente com o embaralhamento interno e anônimo dos dados, as urnas garantem o sigilo do voto, conforme estabelecido pela Constituição Federal.
Sistema complexo
Marcos Simplicio é pesquisador da LARC-USP (Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores) e destaca a complexidade do sistema: “As urnas eletrônicas são projetadas de forma que não executam nenhum hardware que não seja assinado pelo TSE”, disse.
Ele explica também que, ao final das eleições, os resultados são gravados em um pen drive de mídia de resultados, assinado digitalmente pela urna. “Os sistemas posteriores que totalizam os votos, verificam se tem a assinatura gerada. Nós, eleitores, podemos verificar o boletim de urna, uma via de verificação que fica disponível no Portal do Tribunal Superior Eleitoral”, acrescenta.
Além disso, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) permite que a cada dois anos sejam feitos testes públicos de segurança, ou seja, as pessoas podem realizar testes nas urnas para garantir que elas sejam seguras para as eleições. Qualquer brasileiro que tenha acima de 18 anos e que preencha os requisitos do formulário de pré-inscrição pode participar. Todas as informações para inscrever e participar dos testes públicos de segurança da urna podem ser encontradas no site do TSE.
Atualmente, 46 países também utilizam o modelo de voto eletrônico e entre eles, pelo menos 16 usam a máquina de gravação direta, ou seja, os votos são registrados eletronicamente e não emitem um comprovante de papel.
Orientação: Prof. Amanda Artioli
Edição: Giovanni Feltrin
Veja mais matéria sobre Destaque
Cidades da região estão abaixo da média no cadastro de biometria
Eleitores que não têm a identificação digital poderão votar normalmente; reconhecimento biométrico garante mais segurança e transparência
Notícias falsas geram preocupação nas eleições municipais de 2024
Brasil está entre os países que mais acreditam em fake news e especialistas falam sobre como combatê-las nas eleições municipais
Curso de Jornalismo lança “Se é Fake, Não é News”
A iniciativa visa combater a desinformação durante o período eleitoral e reforçar a importância da imprensa profissional
Patrícia Lauretti encerra Jornada de Jornalismo da PUC Campinas
Convidada compartilhou sua trajetória e destacou a importância da escuta atenta e do diálogo, na última noite do evento
Experiências profissionais são destaque no terceiro dia da Jornada de Jornalismo
Os ex-alunos da PUC-Campinas Bianca Rosa, Oscar Herculano e Paula Mariane compartilharam suas experiências no
Jornada de Jornalismo da PUC-Campinas explora variadas possibilidades no mercado
Debates sobre resiliência, postura e equilíbrio profissional marcam as palestras na segunda noite do evento