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Festa do Peão Boiadeiro gera mais de 17 mil empregos e ajuda a aquecer economia da cidade
Por Lara Santana e Livia Nonata
Mais que uma diversão, a Festa do Peão de Americana, que está em sua 36ª edição, é um negócio milionário que ajuda a esquentar a economia da cidade no frio mês de junho. Este ano, o evento, segundo a organização, gerou cerca de 17 mil empregos diretos e indiretos durante os seis dias de rodeio. “É mais gente consumindo, e isso estimula a cidade e a região. O comércio sentiu os bons efeitos, superando a projeção da Associação Comercial e Industrial de Americana [Acia] de 10% no aumento das vendas”, disse Marcelo Fernandes, presidente da Acia.
A Festa do Peão de Americana conta com seis dias de festa, tendo as provas de montaria e shows. Na área musical, este ano participaram os artistas Sami Rico, Victor e Léo, Zé Neto e Cristiano, Chitãozinho e Xororó, Luan Santana, Maiara & Maraisa, Luan Pereira, Zezé Di Camargo e Luciano, Simone Mendes, João Bosco e Vinícius, Gusttavo Lima, Ana Castela, Jorge e Mateus, Gustavo Mioto, Luana Prado, Daniel e Roupa Nova.
O preenchimento dos empregos diretos está relacionado à equipe de montagem do evento, staff, além de funcionários do entorno e trabalhadores do estacionamento, lojas e pontos de alimentação do Parque de Eventos CCA, local onde ocorrem os eventos esportivos e os shows. No caso dos empregos indiretos, são aqueles que afetam toda a economia do município, como os serviços de hotéis, transportes e restaurantes.
Enrique Rizzo é uma das pessoas que trabalhou indiretamente no rodeio, fazendo o transporte de pessoas da cidade de Limeira até o local do evento: “todas as vans que conhecia de Limeira estavam esgotadas e vi nisso uma oportunidade para fazer um dinheiro extra. Então me ofereci para levar e buscar as pessoas do evento, fazendo o trajeto Limeira e Americana e tive muita procura com isso. Consegui fazer um lucro não esperado na minha renda”, declarou.
Pela segunda vez, André Galassi, morador de Campinas, vai ao rodeio de Americana junto de sua irmã, Daniele Galassi. Ele comenta que é um ambiente muito bom, que une a cultura do interior em volta da música sertaneja e gera um investimento muito grande na cidade. “Nos arredores da Arena é possível ver diversos trabalhadores, seja ambulantes, seja comerciantes do segmento de alimentos, além de muitos trabalhadores de transporte. É algo que aquece o comércio”. Daniele ressalta que os dois fizeram um bate-volta de ônibus e, mesmo não gastando com hotel e restaurantes, consumiram na Arena da festa.
O setor de hotelaria também ficou aquecido, tendo sua capacidade esgotada durante os fins
de semana de festa. “A rede hoteleira está completamente tomada, a rede imobiliária, pois muitas pessoas alugam lugares para ficar, postos de gasolina, a parte de vestuário, entre outros setores que sofrem essa injeção direta na economia”, afirmou Biancca Ceará, assessora da Festa do Peão.
Orientação: Prof. Artur Araújo
Edição: Mariana Neves
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