Ciência
Substância pesquisada na Unicamp revelou propriedades antitumorais consideradas promissoras
Por Fred Vieira
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Um estudo realizado pelo Instituto de Biologia da Unicamp, financiado pela Fapesp, está buscando alternativas para o tratamento do glioblastoma (tumor maligno que afeta o cérebro). A pesquisa, feita no Laboratório de Terapias Avançadas (Latera), da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, consiste na aplicação de uma molécula do veneno da aranha armadeira em células tumorais. “Esse estudo teve uma abordagem bem inovadora para o tratamento do glioblastoma, com potencial para aplicação em outros tumores sólidos”, afirmou a doutora em Biologia Celular da Unicamp, Amanda Pires Bonfanti.
Segundo a cientista, o estudo começou após a orientadora dela, Catarina Rapôso Dias Carneiro, fazer uma pesquisa buscando entender porque as pessoas convulsionam quando são picadas pela armadeira, concluindo que o veneno age nos astrócitos (células com formato de estrela presentes no Sistema Nervoso). O grupo de pesquisa decidiu focar o estudo no glioblastoma.
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Primeiro, foram realizados testes in vitro, e foi visto que houve alteração na viabilidade, proliferação e ciclo celular das células tumorais. Depois, houve o teste in vivo, sendo primeiro aplicado em camundongos, conseguindo reduzir a massa tumoral e aumentar o número de macrófagos e Natural Killer (células de defesa do sistema imune), além de causar necrose, aniquilando o tumor.
Para realização de testes em outros tumores, os procedimentos deverão ser repetidos para saber dos resultados. Apesar da a origem do estudo ser com o glioblastoma, outros pesquisadores também fizeram testes em células de câncer de mama, obtendo resultados positivos. Mais pesquisas serão necessárias antes do surgimento de remédios e terapias.
Orientação: Prof. Artur Araújo
Edição: Mariana Neves
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