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Campinas lança meta para reduzir gases do efeito estufa

A cidade será a décima a ter um plano e visa reduzir seis milhões de toneladas

Por: Caique Amorim

Gráfico de emissões de gases de efeito estufa em Campinas por ano e setor. (Fonte: Prefeitura de Campinas)

Na última quinta-feira (9), uma audiência pública foi realizada em Campinas para debater o novo plano local de ação climática da cidade (PLAC). O evento contou com autoridades locais especialistas do meio ambiente e membros da comunidade, com foco nos métodos para reduzir a emissão de gases do efeito estufa e suavizar os impactos das mudanças climáticas.

Mapa de risco de onda de calor, elaborado pela Prefeitura de Campinas. (Fonte: Prefeitura de Campinas)

Segundo os estudos do Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE), Campinas saltou cerca de 2,7 milhões de toneladas de carbono em 2016 para 3,5 milhões em 2021. Campinas, assim como a maioria das cidades, tem como principal atividade emissora de gases de efeito estufa o uso de energia para transporte. Além disso, a cidade enfrenta uma série de riscos climáticos cada vez mais urgente. Inundações, estiagens, alagamentos, epidemias, deslizamentos e ondas de calor são ameaças que podem causar danos. As medidas propostas serão analisadas tanto com ações de amenização quanto adaptação. Segundo a bióloga e assessora do Gabinete da Secretaria Municipal do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade de Campinas, Ângela Cruz Guirao, o plano inclui cinco eixos estratégicos com objetivos e ações definidas. São eles: energia renovável, confiável e edificações resilientes, saneamento básico resiliente, mobilidade urbana com sistemas sustentáveis de transporte, desenvolvimento urbano e rural inteligente em relação ao clima e educação, resiliência e integração climática.

Ângela Cruz Guirao, bióloga, assessora da Secretaria Municipal do Clima (foto: acervo pessoal)

Ângela também destacou como será feito o monitoramento do progresso ao longo do tempo. “Será realizado por meio de reuniões periódicas de acompanhamento no âmbito do Comitê de Mudanças Climáticas, Relatórios periódicos disponibilizados no Portal de Ações Climáticas Revisões anuais do Inventário de Emissão de GEE e Revisão Geral do PLAC a cada três anos”.

O objetivo é reduzir seis milhões de toneladas de rastro de carbono da cidade e aumentar sua capacidade de superação a eventos climáticos até o ano de 2050. Ao adotar uma abordagem proativa e abrangente, Campinas está se posicionando como um líder na luta contra suas mudanças climáticas e demonstrando seu compromisso com um futuro sustentável e resiliente para todos os seus cidadãos. Rogério Menezes, Secretário Municipal do Verde ressaltou a importância da participação de todos os setores da sociedade nesse desafio global. Em suas palavras, o secretário enfatizou: “A redução dos gases do efeito estufa não é somente uma responsabilidade do governo ou das empresas, mas sim de um compromisso que deve envolver todos os segmentos da sociedade’’.

Mapa de risco de inundação, elaborado pela Prefeitura de Campinas. (Fonte: Prefeitura de Campinas)

A tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul também foi um tópico recorrente ao longo da audiência, lembrando a todos da urgência de agir contra as mudanças climáticas. As chuvas intensas e as inundações decorrentes causaram danos expressivos a comunidades inteiras, levando perdas humanas e econômicas. O chefe da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, presente na audiência, apontou o compromisso em combater as mudanças climáticas e apoiou a ideia de que a tragédia no estado gaúcho serve como alerta para todas as cidades brasileiras. “Não podemos esperar que esses desastres nos atinjam para agirmos“, disse o chefe da Defesa Civil.

Orientação: Prof. Gilberto Roldão

Edição: Giovanna Sottero


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