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Febre maculosa representa risco para moradores de Americana

Município tem 14 áreas em alerta sobre a transmissão da doença, que já levou 16 pessoas à morte em São Paulo

Por: Diogo Mosna

Americana, município localizado no estado de São Paulo, está enfrentando a recorrente questão da febre maculosa, porque a Região Metropolitana de Campinas, em que Americana está inserida, é considerada endêmica para a doença infecciosa, informa a bióloga Andreza Mattoso, graduada pela Unesp Rio Claro. Ela expõe que a febre maculosa, transmitida pelos carrapatos infectados pela bactéria Rickettsia, tem registrado um aumento de casos na região. Somente em 2023, foram registradas pelo menos 16 mortes causadas pela febre maculosa no estado de São Paulo.

Segundo Leon Botão, secretário da Comunicação e Tecnologia da Informação de Americana, de janeiro até o dia 14 de novembro de 2023, o município realizou 397 notificações de casos suspeitos de febre maculosa, sendo 284 de pessoas residentes e 113 de outros municípios. Dos casos residentes, 205 foram descartados, 77 aguardam resultado de exame e dois foram confirmados.

A pesquisadora Elba Lemos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) afirma que a febre maculosa se apresenta geralmente em casos isolados, mas também pode ocorrer em pequenos surtos entre indivíduos da mesma família ou que frequentaram o mesmo local onde há risco de infecção. Os principais locais que são considerados propícios para a transmissão são áreas rurais, terrenos de vegetação densa, matas e pastagens, como relata Andreza Mattoso.

A assessoria de imprensa da prefeitura de Americana ainda diz que, para combater a disseminação da doença, foram identificadas pelo menos 14 áreas com risco de infecção. Entre os locais de maior risco identificados pela prefeitura estão a mata ciliar adjacente ao Ribeirão Quilombo, a região da represa do Salto Grande, pesqueiros, como o do Rio Piracicaba, a área da Praia dos Namorados e a mata ciliar do córrego Bertini.

Placa de alerta sobre a presença de carrapatos-estrela na mata ciliar adjacente ao Ribeirão Quilombo (Foto: Diogo Mosna)

Antônio Jorge da Silva Gomes, coordenador da Vigilância Ambiental em Saúde de Americana há 26 anos, comunicou que, como medida preventiva, a prefeitura está instalando placas de alerta nos espaços de risco e promovendo a disseminação de informações através das mídias digitais pela parceria entre a Secretaria de Educação e a Uvisa (Unidade de Vigilância em Saúde), além de ressaltar o papel da saúde municipal em atender a crescente população com sintomas da febre maculosa em Americana.

Antônio relata que o mapeamento das áreas de provável infecção é feito desde 2006, após a contaminação de pessoas pela doença em áreas da região, como na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). Ele conclui que os profissionais realizam pesquisas do carrapato-estrela em pontos estratégicos que apresentam risco de infecção, para identificar os casos confirmados da doença e seus respectivos locais de transmissão e para controlar e reduzir a população de carrapatos-estrela por meio da aplicação de um agente de controle biológico nessas áreas.

Orientação: Profa. Rose Bars

Edição: Murilo Sacardi


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