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Bactéria auxilia plantações em meio a mudanças climáticas

Embrapa comercializa produto que assegura às raízes das plantas passarem por secas severas  

Por: Júlia Sabatin   

A seca é um dos maiores problemas na agricultura e, sem a água, o desenvolvimento das plantas é limitado. Para resolver esse problema, a Embrapa desenvolveu o bioinsumo, chamado Auras, capaz de combater o estresse hídrico das plantas. Foram 12 anos de pesquisas, com o objetivo de melhorar a qualidade das plantações, principalmente durante as secas. 

Cristiano Menezes afirma existir apenas o registro do Auras no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Foto: Júlia Sabatin)

O produto foi apresentado em março deste ano, na Feira TecnoShow, realizada em Rio Verde (GO), já disponibilizado para o mercado agrícola. A bactéria Auras, quando tratado nas sementes, é capaz de estimular o crescimento das raízes, além de colonizar os sistemas radiculares produzindo exopolissacarídeos, substâncias que hidratam as raízes. “É importante a raiz ser mais profunda porque é na profundidade do solo que tem mais umidade e assim elas conseguem absorver mais água”, afirma o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Cristiano Menezes.

O pesquisador ainda reforça que a promoção de ações metabólicas, produzidas pela bactéria, tornam as plantas mais resistentes ao calor.  O bioinsumo passou por pesquisas conjuntas, envolvendo a Embrapa Meio Ambiente, a de Jaguariúna, e da NOAA Ciência e Tecnologia Agrícola (MG). Sua recomendação é a que o Auras seja usado nas lavouras de milho, mas reforça que há testes sendo realizados nas plantações de soja e feijão.    

Segundo o agrônomo José Vitor Schincaglia, fundador do ProjeAgro em Tanabi, no interior do estado de São Paulo, a semente tratada com o Auras recebe um estímulo nos estômatos. “A bactéria auxilia no regulamento dos estômatos, faz com que alguns deles se fechem para conseguir controlar a saída de água e manter a planta mais sadia”, explica. 

O Auras é o primeiro solúvel comercializado capaz de auxiliar as plantas a passarem pelas secas (Foto: Júlia Sabatin)

José Vitor conta que, quanto maior for a utilização da bactéria maior, será a produção de grãos. O impacto positivo poderá ser sentido pelos produtores rurais, já que, com as lavouras mais sadias, vão ter maior produtividade nas colheitas e poderão usufruir ainda mais de suas plantações.  

A Embrapa encontrou a auras nas raízes do mandacaru, uma planta típica da região da caatinga e, durante os 12 anos de pesquisa, coletaram amostras da Bahia, Ceará, Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Orientação: Profa. Rose Bars

Edição: Théo Miranda


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