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Simone van Oene foi uma das especialistas que acolheram diversos turistas nas fazendas de flores
Por Pedro Valota
Durante o evento “Estufas Abertas”, realizado neste final de semana em Holambra, produtores e turistas se encontraram ao longo da visitação guiada de cinco fazendas de flores do município. O evento acontece uma vez ao ano e é a única oportunidade de as pessoas entrarem nas estufas. Cerca de 500 pessoas estiveram no local.
Um dos focos do evento é mostrar para o público como funcionam as estufas das fazendas. A produtora de cúrcuma Maritha Domhof participou dos encontros e pontuou que muitos turistas têm essa curiosidade e acabam se surpreendendo.
“As pessoas não imaginam o que encontram aqui. Todo mundo acaba se espantando um pouco, pois acham que é só colocar a planta no chão e está tudo certo, mas sabemos que não é bem assim que funciona”, disse a produtora.
A cúrcuma, planta originária do sudeste da Ásia, é conhecida principalmente por seu papel como corante culinário de cor amarela e exige muitos cuidados. “Para produzir uma cúrcuma bonita, precisamos de uma estufa totalmente especializada. A estufa da nossa fazenda é formada por uma armação de metal, coberta por plástico e com vários panos de escurecimento e iluminação. Tudo é controlado rigidamente. Por ser uma flor tropical, na época do frio, nós temos um cuidado especial para ela não entrar no estado de latência”, explicou Maritha.
Já a produtora de kalanchoes Simone van Oene ressaltou que as estufas das fazendas de Holambra também são chamadas de “ambientes de cultivo protegido”, pois são estruturas com equipamentos específicos e que funcionam automaticamente durante o ano inteiro.
“O acionamento dos equipamentos da nossa fazenda é feito por meio de sensores que estão por toda a estrutura das estufas. Os dados dos sensores são definidos pelo gerente de produção”, explicou a produtora. A kalanchoe, gênero de plantas suculentas com origem africana, é conhecida no Brasil também como coerana, erva-da-costa, folha-da-fortuna, folha-de-costa ou saião.
Equipamentos como ventiladores e pad são utilizados para controlar o clima das estufas, onde temperatura e umidade variam entre 24º e 28°C. A umidade relativa do ar, entre 65% e 85%. Segundo a produtora de kalanchoes, telas de sombreamento, que controlam a quantidade de luz que entra dentro das estufas, também são usadas.
“As telas são importadas de Israel, que é um país referência em tecnologia de cultivo protegido, e isso nos ajuda muito”, explicou Simone.
Além disso, uma curiosidade da produção de kalanchoes nas estufas de Holambra é a questão da logística interna. Simone disse que “esse papel é feito por esteiras e esse sistema logístico permitiu flexibilizar e otimizar a gestão das plantas e, consequentemente, entregar melhorias ergonômicas para os colaboradores”. O tempo de produção das kalanchoes é de no mínimo três meses.
Mesmo com toda especificidade das estufas, Simone pontuou que as kalanchoes são ideais para qualquer pessoa que queira se aventurar no cultivo. “Essa planta é muito fácil de cuidar e esse é um dos principais fatores que a tornaram popular no Brasil inteiro. Elas precisam de luz, que pode ser indireta ou direta. A irrigação também é muito simples e, por serem suculentas, gostam de bastante água, porém com pouca frequência”, destacou a produtora.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Melyssa Kell
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