Destaque
Para membros, atividades são uma maneira de retribuir à sociedade o conteúdo absorvido em aula
Por: Ana Beatriz Barbosa, Júlia Felix e Vitoria Nunes
Conhecidas pela prática de esportes, recepções de calouros e principalmente pela realização de festas e eventos, as atléticas universitárias são órgãos fundamentais na formação acadêmica e profissional dos alunos. Além disso, uma outra característica pouco conhecida da associação é a promoção de ações voluntárias que visam prestar serviço à comunidade que está inserida.
Partindo do seu setor social, área dentro das atléticas destinada a trabalhos voluntários e ações sociais cotidianas, os integrantes se organizam para promover atividades gerais ou para um grupo específico, cuidando do início ao fim de todo planejamento. “Os trabalhos voluntários ou projetos que a gente geralmente apoia são projetos que chegam até a gente ou propostas criadas pelas pessoas dentro da atlética. Quando alguém ou alguma entidade entra em contato conosco pedindo ajuda, geralmente com questão de arrecadação ou compartilhar para ajudar na visibilidade das ações, a gente sempre topa e sempre é apto a ajudar”, conta Luiza Oliveira (20), aluna de Relações Públicas e diretora social da Morsa (Atlética dos cursos de comunicação da PUC-Campinas).
As ações sociais extrapolam o âmbito do trabalho voltado a entidades carentes. Em eventos e festas universitárias há o exercício de uma comissão acolhedora que visa apoiar e interferir casos de vulnerabilidade, discriminação, assédio, agressão ou quaisquer outras situações de risco. “É uma parte muito importante para a gente. É um ponto de apoio não só em festa como também nas arquibancadas porque a gente repudia qualquer ato de discriminação e propagação de ódio. Eles são os pontos de apoio para, caso aconteça algo, a pessoa tenha alguém para reportar, tem a gente lá para ajudar.”, completa Luiza.
Além das ações esporádicas que chegam como propostas de entidades externas, as atléticas realizam também as de agenda que acontecem em datas comemorativas e feriados. A forma mais comum é promover uma ação de arrecadação e, com o dinheiro ou produtos levantados, destinar a escolas ou instituições carentes como verba para funcionamento das suas atividades, como relata a diretora social Letícia Furlan (22) da AAFFEQ (Atlética de Engenharia Química da UNICAMP): “Quando começamos a fazer projetos sociais eram rifas pra arrecadar dinheiro, então a gente sorteava alguns prêmios e com esse dinheiro a gente comprava alimentos, produtos de higiene e levava em algum lugar. Depois, a gente aproveitava para fazer uma visita, por exemplo, em creches, levando o que conseguimos arrecadar de dinheiro e geralmente ficávamos o dia brincando com as crianças”, conta.
Um dos maiores projeto da AAFFEQ nesse sentido, foi o “Seja Um Amigo do HC”, no qual foram arrecadados 5.620 reais para o Hospital das Clínicas Unicamp durante a pandemia. “Foi tudo por divulgação, as pessoas doavam por livre e espontânea vontade, não tinha nenhum tipo de prêmio ou retorno. Nós da atlética realizamos essa ação em conjunto com todas as entidades do curso de Engenharia Química”, descreve a universitária.
Para Murilo Langoni, presidente da AAALMED (Atlética de Medicina da UNICAMP), as ações são uma forma de retribuir à sociedade aquilo que se é absorvido em sala de aula. Um dos projetos realizados pela atlética, visa ensinar em escolas sobre manobras médicas emergenciais de socorro, como reanimação cardiorrespiratória e manobra de Heimlich, por exemplo. “A importância que vemos é em retornar através da nossa instituição o investimento que a sociedade faz em nosso aprendizado enquanto faculdade pública e também para ampliarmos o propósito de nossa instituição como promotora não apenas do esporte e da integração, mas também do bem coletivo e da solidariedade”, conclui o presidente.
Orientação: Amanda Artioli
Edição: Lucas Ardito
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