Cláudio Ribeiro conquistou vaga no maior evento de MMA com nocaute de 25 segundos 

Por: Luísa Viana e Natália Rodriguez

Conhecido por seus nocautes, Cláudio Ribeiro, de 30 anos, entrou para o esquadrão brasileiro no UFC (Ultimate Fighting Championship) após vencer com o quarto nocaute mais rápido no “Dana White’s Contender Series”, um programa dirigido pelo próprio presidente do Ultimate que busca por novos talentos para o UFC. A elite do UFC conta com nomes como Anderson Silva, José Aldo e Amanda Nunes. O novo integrante jundiaiense precisou de apenas 25 segundos em sua primeira luta pelo evento, no dia 16 de agosto, para garantir sua vaga UFC. Ainda sem data definida para próxima luta. 

Cláudio foi convidado pelo próprio UFC para disputar sua primeira luta no evento, depois de conquistar a marca de 10 vitórias em 12 lutas. Nessa somatória de vitórias, o atleta reúne nove finalizações participando da categoria de peso médio (até 84kg). Ribeiro ganhou seu primeiro cinturão na categoria do MMA (mixed martial arts, em português artes marciais mistas), em 2019, onde também nocauteou seu adversário, Thiago “Pará”, no primeiro round, no Batalha MMA. 

Ribeiro começou a carreira lutando boxe e depois seguiu para o muay thai. Ele participa há 8 anos de lutas profissionais e há 7 treina na academia BBT (Brazilian Black Thai), em Jundiaí, com os treinadores Jean e Kris Pelou.  

Em entrevista com o atleta, ele afirma que disciplina e foco foram muito importantes para poder ganhar sua primeira luta no UFC. “Tenho uma rotina regrada de 8 a 9 refeições e de 3 a 4 treinos por dia”, disse.  O lutador ressalta que também sentiu dificuldade em ficar longe da família. “No dia da luta eu só pensava em terminar logo para poder comemorar com eles”, conta.   

Ao relembrar como lutou fora dos ringues para se manter no esporte o lutador conta que precisou trabalhar e treinar no início da carreira, fazendo vários trabalhos temporários, como segurança e garçom e com a ajuda da esposa, no quesito financeiro, pôde focar apenas nas lutas. “Tive muito apoio e incentivo da minha mulher, que foi importante para seguir meu sonho”, disse.   

O atleta comentou sobre como a falta de investimento do governo no esporte desmotiva os atletas. “O que falta para os jovens é um incentivo por parte do governo para seguirem o esporte que gostam”, conta. Além disso, disse que tenta estimular os jovens a não desistirem de seus sonhos. “Procuro sempre incentivar os jovens do meu bairro a correr atrás dos seus sonhos, assim como eu fiz.  Se você tiver um sonho foque nele, não deixe que os obstáculos te impeçam e tenha como inspiração aqueles que tem uma história parecida com a sua”, aconselhou.

Veja a luta pelo link: https://www.youtube.com/watchv=ZkiGa376HCc 

Orientação: Profa. Amanda Artioli

Edição: Henrick Borba