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Cobertura política é desafio para a imprensa

Avaliação é dos profissionais que participaram da primeira mesa de debates da Jornada de Jornalismo

Por: Bruno Costa e Vinicius Vilas Boas

A Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas abriu as mesas de debates da Jornada de Jornalismo na segunda-feira (12), que teve como tema “O jornalismo em ano de eleições”. O evento contou com a presença dos jornalistas Fábio Zanini, da Folha de S.Paulo; Felipe Souza, da BBC News Brasil e Luiz Guilherme Fabrini, que é secretário de Comunicação da Prefeitura Municipal de Campinas. Com a participação de alunos, os jornalistas discutiram e refletiram sobre a cobertura política feita pelos veículos de comunicação e na instituição pública, às vésperas das eleições 2022. O evento reuniu alunos da Faculdade de Jornalismo e de Mídias Digitais do Centro de Linguagem e Comunicação (CLC), da PUC-Campinas.

Fábio Zanini: “Campanha eleitoral é uma guerra” (Foto: Isabela Reis)

Fábio Zanini, editor da coluna Painel da Folha de S. Paulo, abordou a importância do jornalista cobrir temas que vão além do interesse individual. Para ele, esta atitude permite com que o profissional adquira e enriqueça o próprio conhecimento. Autor do blog “Saída Pela Direita”, que tece análises e críticas sobre assuntos relacionados à direita, como o liberalismo econômico, Zanini vê como um desafio para os jornalistas fazerem a cobertura das eleições “de maneira equilibrada, crítica e apartidária”. Para ele, o jornalista precisa manter a “sanidade mental” para lidar com as agressões físicas e morais enfrentadas no dia a dia da profissão. “Campanha eleitoral é uma guerra”, declarou.

Felipe Souza: “A população não tem ideia do esforço diário que é publicar matérias” (Foto: Isabela Reis)

Para o repórter da BBC News Brasil, Felipe Souza, que carrega experiências no jornalismo da EPTV Campinas e Folha de S. Paulo, é por meio da entrevista com diversas fontes – inclusive com pontos de vista divergentes – que o profissional deve construir o seu texto noticioso, objetivando apenas o relato dos fatos. “O jornalista não se posiciona; quem se posiciona é o leitor”, disse o jornalista.
Felipe afirmou que “eles [a população] não têm ideia do que é apurar e do esforço coletivo para a publicação de qualquer matéria”, quando questionado sobre o descrédito da população em relação à imprensa tradicional. Para o jornalista, “descrença é a falta de conhecimento da população sobre o jornalismo, e ela [a população] não aceita que falem ‘mal’ do seu candidato”.

Já o secretário de Comunicação da Prefeitura Municipal de Campinas, Luiz Guilherme Fabrini, afirmou que a experiência profissional acumulada em sua carreira na cobertura política contribuiu para que ele adquirisse habilidades fundamentais para a função desempenhada. 

A experiência em redações e assessorias políticas são essenciais no dia a dia de Luiz Guilherme Fabrini (Foto: Isabela Reis)

Para Fabrini, a experiência em veículos de comunicação e assessoria política – desde 2013 ele está no comando da gestão pública da Prefeitura de Campinas; antes disso, o jornalista trabalhou longos períodos em redações de jornais e televisão – foram fundamentais para administrar situações de crise vivenciadas no poder público, como a pandemia de covid-19. Ele contou que muitas vezes no comando da comunicação da Prefeitura, consegue prever o que será publicado na imprensa apenas com a abordagem feita pelo jornalista, antecipando assim cada passo dado, como assessor.

Orientação: Profa. Cecília Toledo

Edição: Marina Fávaro


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