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Idealizador do Projeto “Margem Cultural” conta suas experiências com projetos sociais voltados ao universo musical
Por: Lívia Nonata
O músico e produtor cultural Hellio Zulu conversou com os alunos da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, na noite de ontem, quarta-feira (31). O objetivo da palestra foi apresentar o tema arte e cultura por meio de projetos sociais. A temática vai ao encontro da proposta do componente curricular Projeto Integrador IV, no qual os alunos irão produzir documentários.

No início da palestra, Zulu contou sobre a jornada dele no mundo da música, desde o primeiro contato através da Fanfarra Municipal de Campinas, passando pelo seu período como estudante de música na Universidade Estadual de Campinas e chegando até os dias de hoje, em que acumula trabalhos como produtor para nomes renomados da música Brasileira como Emicida, Ivete Sangalo e grandes eventos, entre eles o Rock in Rio.
Vindo da periferia, desde cedo as causas sociais já estavam presente na vida de Helio. Segundo ele, sua realidade unida aos estudos e cursos que fez durante a adolescência o levaram a inquietação. “Esses cursos me deram uma visão bilateral das coisas, ao mesmo tempo que fui me tornando músico, eu fui questionado o mundo a minha volta.” O que foi intensificado durante seus anos de estudo na Unicamp. “Fui muito inserido no grupo de consciência negra, consciência trans e comecei a me deparar com questões políticas dentro daquele espaço.”
Toda essa bagagem contribuiu para a criação do “Margem Cultural”, projeto idealizado por Hellio e que foi posto em prática durante a pandemia. Inicialmente, o Margem surgiu como uma página do Instagram que atuava como uma unidade de apoio aos artistas da periferia de Campinas com a missão de dar voz à arte e cultura desses espaços. “Um projeto que resume um pouco da minha história, arte, cultura, estrutura e difusão, mas dentro da quebrada”, complementa Hellio.

Toda essa bagagem contribuiu para a criação do “Margem Cultural”, projeto idealizado por Hellio e que foi posto em prática durante a pandemia. Inicialmente, o Margem surgiu como uma página do Instagram que atuava como uma unidade de apoio aos artistas da periferia de Campinas com a missão de dar voz à arte e cultura desses espaços. “Um projeto que resume um pouco da minha história, arte, cultura, estrutura e difusão, mas dentro da quebrada”, complementa Hellio. (imagem 2) Atualmente, o “Margem Cultural”, está à frente de dois projetos culturais em Campinas. A Virada Afrocultural – “Construindo um quilombo na cidade de Campinas”, que terá a 2° edição nos dias 26 e 27 de novembro, subsidiada via PROAC (Programação de Ação Cultural) e Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Campinas. O segundo projeto será voltado para as batalhas de rima, subsidiado por uma emenda parlamentar destinada à cultura, com foco na região do Oziel, maior invasão urbana da América Latina.
Orientação: Profa. Amanda Artiolli
Edição: Luís Felipe Buzzetti
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