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Cientista político Vitor Barletta diz que propaganda na TV pode mudar até 3% dos votos
Por: Larissa Fortunato
A propaganda eleitoral começou nesta sexta-feira (26) no rádio e televisão, devendo permanecer no ar até o dia 29 de setembro, divulgando chapas e candidaturas para presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, deputados estaduais e distrital. O período reservado para as campanhas eleitorais totaliza um custo de R$ 737 milhões em renúncia fiscal para veículos de comunicação aberta.
“O horário eleitoral dificilmente muda um porcentual muito grande de votos. A margem de mudança costuma ser historicamente na casa de 1% a 3%”, disse o cientista político Vitor Barletta, professor da Faculdade de Ciências Sociais da PUC-Campinas.
Segundo Barletta, o voto está hoje mais consolidado do que em outros tempos, o que indica que aqueles que já escolheram em quem votar nem assistirão ao horário eleitoral. A tendência dos que já decidiram seria apenas se informar mais sobre seus candidatos. “Se o eleitor já está certo de que é aquilo, o período de escolha já acabou para ele”, observou.
O professor pontuou que a polarização mantida até agora entre o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), e o candidato Luís Inácio Lula da Silva (PT) não apresenta nenhum sinal de mudança, tendendo a continuar até o final das eleições.
Técnica de suporte em informática, Paola Coelho Santos, 24 anos, disse que não assiste ao horário eleitoral. “Sinceramente, eu acho que tudo o que dizem é pura mentira. Os candidatos ficam ali mentindo, falando sempre as mesmas propostas, e você sabe que no final não vai dar em nada”, avaliou.
A técnica de suporte contou que já escolheu em quem vai votar nestas eleições e o que espera do próximo presidente. Ela disse querer a diminuição dos preços, alegando que “está muito difícil para o pobre pagar as contas do dia a dia”.
Eleitor e residente em Hortolândia (SP), o taxista Wilson Santana, 58 anos, disse que em sua visão há uma necessidade de melhoria nos setores de educação, saúde, segurança e empregos. Wilson afirmou que já possui seu candidato, e que dificilmente mudará seu voto em função da propaganda no rádio e televisão.
O estoquista Paulo José, 35 anos, informou que não assiste ao horário eleitoral, mas acredita ser importante para que a população conheça as propostas de cada candidato e, assim, tenha condições de desenvolver suas próprias opiniões. Paulo mencionou também que já decidiu em quem votar e que espera melhorias no país. “Mais oportunidades para todo mundo”, pontuou.
Neste ano, 12 chapas (veja quadro) estão registradas para as eleições que ocorrerão, em primeiro turno, no dia 2 de outubro. Para os cargos ao executivo federal e governadores, o segundo turno ocorrerá dia 30 de outubro. No total, 156,5 milhões de brasileiros estão aptos a exercer seu direito ao voto.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Bruno Brighenti Perez
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