Diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, explicou como é abordagem municipal do tema

O diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, explicou na tarde de sábado, dia 21/5, na PUC-Campinas, a forma pela qual o município e a Região Administrativa de Campinas trabalham para enfrentar situações de risco sistêmico. A palestra foi ministrada na classe do professor Artur Araujo no curso de Prática de Formação em Gerenciamento de Crises da universidade, formada por alunos de diversas faculdades.

Furtado, que também exerce a função de Coordenador da Defesa Civil da Região de Campinas, contextualizou as origens da Defesa Civil no mundo, assim como abordou temas contemporâneos como o enfrentamento das arboviroses e da Covid-19. “A realidade atual sinaliza muitos desafios que exigem planejamento e preparação, então o gerenciamento de crises é um tema rico e multidisciplinar que exige a formação de mais profissionais especializados”, destacou.

Na exposição, o diretor da Defesa Civil explicou também conceitos técnicos como Situação de Emergência e Estado de Calamidade Pública, assim como citou casos famosos ocorridos em Campinas e região, como a microexplosão de 2016, que atingiu a região da Rodovia Dom Pedro, a enxurrada de 2003, que causou seis vítimas fatais no município, entre outros eventos relevantes.

Sidnei Furtado dissertou ainda como Campinas conquistou, em 2019, o Prêmio Sasakawa das Nações Unidas para a Redução de Desastres.Na ocasião, o município concorreu com 61 candidaturas de 31 países e o Departamento da Defesa Civil de Campinas foi o escolhido por sua abordagem única de comunidade sustentável e pelo compromisso pela inclusão de todos os grupos vulneráveis no mapeamento para mitigação de riscos. 

Segundo o professor Artur Araujo a apresentação foi extremamente produtiva para a classe, pois evidenciou a amplitude, a contemporaneidade e a complexidade do tema da gestão de crises. “A abordagem multidisciplinar do assunto é a chave para a eficiência e destaca uma frase que é quase um clichê no enfrentamento de crises: ‘quando uma ameaça pode ser antecipada, ela pode ser evitada’”, comentou.