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25,6% das crianças de até 11 anos são vacinadas contra Covid

Baixa adesão de vacina entre crianças preocupa especialistas; Conselho Municipal faz campanha para estimular vacinação

Por: Anna Luiza Scudeller

Nesta quarta-feira, 23, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Campinas (CMDCA) de Campinas realizou uma live na Escola Técnica Salesiana para incentivar e sanar dúvidas quanto à vacinação infantil, assim como reforçar a necessidade da dose de reforço pelos adultos. Participaram do evento a presidente do CMDCA, Maria Angélica Bossolane Batista, a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Campinas (Devisa), Andrea Von Zuben e a articuladora do Programa Municipal de Imunização, Chaúla Vizelli.

Para Andrea Von Zuben, a covid pode deixar sequelas nas crianças e até levar a óbito (Foto: Anna Luiza Scudeller)

A diretora da Devisa afirmou ser compreensível a insegurança que alguns pais e responsáveis tenham pela aplicação da vacina nas crianças e acredita que o excesso de informações sobre o assunto colabora para os medos. Segundo ela, as crianças também estão sujeitas à covid-19 e, por mais que haja casos leves, pode ocorrer a incidência de casos moderados e graves. Além de causarem sequelas nas crianças para toda a vida, a doença pode evoluir para óbito, explicou. “É muito triste perdermos uma criança ou termos uma criança sequelada através de uma doença prevenível por uma vacina. É uma derrota para todos nós,” declarou.

Dados do o último boletim de imunização do governo municipal mostram que a cobertura da vacinação infantil está longe do ideal: apenas 25,6% das mais de 112 mil crianças do município estão com o esquema vacinal completo e 49,3% tomaram a primeira dose.

Segundo a articuladora do Programa Municipal de Imunização, Chaúla Vizelli, é importante vacinar as crianças contra a covid. “A vacinação em massa protege a população que, por algum motivo, não pode tomar a vacina no momento, como as crianças menores de 5 anos,” explicou. Para ela, outros motivos para os pais aderirem à vacinação infantil é a presença de alguns fatores de risco para as crianças, como a obesidade e a diabete.

Para Chaúla Vizelli, a procura por vacinas para crianças está aquém da meta da cobertura vacinal do município (Foto: Anna Luiza Scudeller)

Na opinião de Chaúla Vizelli, a letalidade é um fator relevante quando se discute a aplicação da vacina, uma vez que 4,9% das crianças que tiveram coronavírus no Brasil faleceram. “Agora, com a vacina, a responsabilidade é dos pais e responsáveis para que as crianças tenham o direito garantido de serem vacinadas,” acrescentou.

Máscaras

A decisão pela flexibilização do uso da máscara de proteção em ambientes fechados, anunciada pela Câmara Municipal de Campinas na última terça-feira, 22, foi bem recebida pela diretora da Devisa. “Temos 96,2% da população adulta do município com o ciclo vacinal completo e 58% já tomou a dose adicional”, explicou. Estes índices, segundo ela, são maiores que os registrados no cenário estadual e nacional. Apesar disso, Andrea recomenda que nas escolas o uso de máscara deve continuar em função do número de crianças vacinadas ainda não ser o ideal.

“A gente baixa uma medida, flexibiliza o uso das máscaras e tem que otimizar todas as outras. Precisamos otimizar a vacinação para aumentarmos a cobertura e para que tenhamos a segurança ainda maior para liberar as máscaras entre as crianças”, analisa Chaúla.

Vacina

A campanha de vacinação em Campinas acontece em 63 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município. Não é preciso fazer agendamento e os postos de saúde começam a atender a partir das 8 horas e é necessário chegar meia hora antes do fechamento da unidade. A criança deve ser acompanhada pelos pais ou um responsável.

Orientação: Profa. Cecília Toledo

Edição: Oscar Nucci


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