Destaque
Ação do SOS Rua continuará em atividade até dia 30 de setembro
Por Larissa Biondi e Mariana de Castro
No mês de julho, a cidade de Campinas registrou recordes em quedas de temperaturas. Com registros chegando a 3,5°C, o município contou com diversas iniciativas visando a proteção dos indivíduos em situação de vulnerabilidade. A Operação Inverno, do projeto SOS Rua, se destacou oferecendo cobertores e fornecendo acolhimento aos moradores em situação de rua, ultrapassando a marca de 10 mil cobertores distribuídos até o final de agosto.
Com a sensação térmica atingindo 0°C, Campinas não registrava temperaturas tão baixas desde 1994, quando apresentou índices entre 1,8 e 3°C, de acordo com o Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp. Para garantir a segurança da população vulnerável, a equipe do SOS Rua, Serviço de Orientação Social a Pessoas em Situação de Rua, realizado pela parceria entre a Associação Cornélia Vlieg e a Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, foi a responsável pela realização da Operação Inverno.
“A Operação Inverno é sempre do dia primeiro de maio a 30 de setembro, é uma data fixa no ano” conta Ana Maria Cândido, gestora do SOS Rua. De acordo com ela, neste ano, o projeto superou o número de atendimentos dos anos anteriores. “Esse ano fez um frio atípico. A gente nunca pegou um inverno tão rigoroso, uma temperatura tão baixa. Normalmente, nós distribuímos até setembro uma média de 9 mil cobertores”, conta.
Durante as abordagens, o SOS Rua oferece tanto os cobertores quanto o acolhimento no Samim, albergue municipal. Mesmo em casos de pessoas inconscientes, a equipe não deixa de agir: “se tem alguém dormindo na rua por estar alcoolizado, por exemplo, nós cobrimos a pessoa. É preciso proteger de todas as formas, isso é uma forma preventiva do trabalho”, acrescenta Ana.
O projeto SOS Rua tem como alguns de seus objetivos a reinserção social e o acolhimento através da escuta, o estímulo à capacitação profissional e, ainda, a implantação de programas de geração de renda para os usuários atendidos.
Carolina Calegari, assistente social do projeto, conta que a escuta é a peça chave para o atendimento de pessoas em situação de rua: “Entrei com a expectativa de fazer a diferença e aprendi outras coisas durante minha história no SOS Rua que, resumindo, parte do cuidado da escuta. Escuta atenta. Ela é a primeira forma de fazer a diferença e de compreender os anseios do outro”, finaliza.
Orientação: Prof. Gilberto Roldão
Edição: Gabriela Tiburcio
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