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Em Campinas, flexibilização na proibição das atividades não descarta rigor nas medidas de proteção
Por Anna Luiza Scudeller e Renata Germano
Com mais de 1.4 milhão de vacinas aplicadas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, a volta presencial de atividades culturais já é realidade em vários locais da cidade. Porém, a tão aguardada retomada plena ainda está cercada de incertezas.
Douglas Nascimento, diretor de produção e planejamento de pautas do Teatro GT, conhecido como Teatro Oficina do Estudante Iguatemi, diz que com o avanço da vacinação e a diminuição de internações por Covid, o teatro se prepara para a organização de uma programação extensa, incluindo temáticas para o público infantil. Além disso, o diretor destaca que o local terá utilização de 65% da capacidade, com distanciamento e as regras seguidas serão do Governo do Estado de São Paulo. “Nós, da Teatro GT, estamos nos preparando para receber eventos maiores, quando abrirmos o teatro nós focamos em apenas stand-ups”, relata.
Em relação aos cuidados e medidas de proteção, Nascimento diz que utiliza álcool em gel nas cadeiras, distanciamento entre as poltronas, higienização entre as sessões, distanciamento nas filas, que a saída do teatro é feita fileira a fileira e avisos e obrigatoriedade da máscara. Por enquanto, o teatro não está exigindo a apresentação do comprovante de vacina, pois a lei não foi regulamentada até o momento. “Estaremos seguindo todos os protocolos”, afirma o diretor.
A segurança dos eventos será a maior possível quando 80% da população tiver tomado as duas doses da vacina, segundo a infectologista da Unicamp Raquel Stucchi. Para os eventos funcionarem com capacidade total, além da taxa de vacinação, Stucchi afirma que é preciso levar em conta a queda do número de novos casos, a baixa ocupação de leitos hospitalares e diminuição da mortalidade do vírus, e, para isso, esses dados devem se manter estáveis durante um intervalo de quatro semanas.
Stucchi acredita que o comprovante de vacinação é essencial para a retomada e realização de eventos, porém destaca que o “passaporte” não é garantia de proteção completa, uma vez que não existem vacinas com proteção absoluta. Por hora, as recomendações permanecem: continuar com o distanciamento, uso de álcool em gel e máscaras com maior poder de filtração (em especial do tipo N-95) são medidas sugeridas pela médica, que também aconselha manter os ambientes ventilados quando viável.
De acordo com a Secretaria de Cultura de Campinas, os eventos que são realizados ou apoiados pelo órgão público são divulgados nos canais oficiais e não há agenda devido a pandemia. A assessoria da Secretaria respondeu que ainda não há uma programação das apresentações culturais presenciais.
Orientação: Prof. Gilberto Roldão
Edição: Luiz Oliveira
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